O Santo do Dia.

 

21 de Maio.

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Santo Eugênio de Mazemod
1782-1861

 

Fundou a congregação dos Oblatos de Maria Imaculada

 

Carlos José Eugênio de Mazemod, esse era seu nome de batismo. Ele nasceu na bela cidade Aix-en-Provance, sul da França, em dia 1º de agosto de 1782. Seu pai era um nobre e presidia a Corte dos Condes da Provença. Sua mãe pertencia a uma família burguesa muito rica. Teve duas irmãs: Antonieta e Elisabete, que morreu aos cinco anos de idade.
 

Sua infância foi tranqüila até 1790, quando a família teve de fugir da Revolução Francesa, deixando todos os bens e indo para a Itália, onde permaneceram durante onze anos, vivendo de cidade em cidade.

 

Nesse período, seus pais também se separam. A mãe deixou Eugênio com o pai na Itália e foi para a França, tentar reaver os bens confiscados.
 

Tudo isso influenciou a personalidade do menino, de maneira tanto positiva como negativa, cujo reflexo foi uma séria crise de identidade na adolescência.

 

Embora Eugênio, antes do exílio, tivesse dado mostras de sua vocação religiosa, ela foi sufocada por esses problemas e pela lacuna existente na sua formação intelectual, devido à falta de uma moradia fixa. Mas seu caráter forte permaneceu por toda a vida, sendo sua marca pessoal.
 

Foi por meio do padre Bartolo Zinelli, durante o período que morou em Veneza, entre 1794 e 1797, que Eugênio teve contato concreto com a vida de fé.

 

Retornando para a França, em 1802, então com vinte anos de idade, amadureceu a idéia de ingressar na vida religiosa, seguindo sua vocação primeira. Em 1808, entrou no Seminário de São Sulpício, em Paris, recebendo a ordenação em Amiens três anos depois.
 

Retornou para sua cidade natal, dedicando seu apostolado à pregação. Levou a Palavra de Cristo aos camponeses pobres, aos prisioneiros e aos doentes abandonados, a todos dando os sacramentos como único meio de recompor os valores cristãos, num momento novo para o país tão desgastado e sem rumo. Outros padres se juntaram a ele nessa missão, por isso decidiu, em 1816, fundar a Sociedade dos Missionários da Provença, que depois mudou o nome para Oblatos de Maria Imaculada, recebendo todas as aprovações da Igreja.
 

Eugênio foi, então, nomeado vigário-geral da diocese de Marselha, da qual, depois, foi nomeado bispo, cargo que exerceu durante trinta e sete anos. Foram muitos os problemas com as autoridades que governaram Paris, com a elite social e até com alguns membros eclesiásticos que não concordavam com as regras de vida em comum estabelecidas por ele.
 

Mas o povo pobre o queria, amava e respeitava. Assim, continuou governando a diocese e os oblatos, que se desenvolveram e foram pregar a Palavra de Cristo fora dos domínios da Europa, nos Estados Unidos, Canadá e México, depois também na África e na Ásia, levando o carisma missionário da congregação.
 

Eugênio de Mazemod morreu no dia 21 de maio de 1861, na sua querida Marselha. Muitas foram as graças atribuídas à sua intercessão.

 

O papa João Paulo II declarou-o santo em 1995.

 

A solenidade contou com a presença de representantes dos sessenta e oito paises onde os oblatos já estavam fixados.

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Manuel G. Gonzáles e Adílio Daronch
Bem-aventurados

1877-1924

 

Padre Manuel Gomes Gonzalez nasceu em 29 de maio de 1877, em São José de Riberteme, Província de Fontevedra - Espanha. Foi ordenado sacerdote em 24 de maio de 1902 em Tuy.
 

Em 1913, com grande espírito missionário e abertura de coração veio ao Brasil. Foi nomeado pároco da Igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai, no Rio Grande do Sul.

 

A 23 de janeiro de 1914, recebia a paróquia de Nossa Senhora da Soledade. Em 7 de dezembro de 1915, o bispo de Santa Maria - RS, Dom Miguel de Lima Valverde, nomeou Padre Manuel primeiro pároco da igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai.

 

Iniciando assim seu trabalho pastoral: organizou o Apostolado da Oração, a Catequese paroquial, o combate ao analfabetismo. Lutando com muitas dificuldades econômicas, reformou a igreja matriz.
 

Na páscoa de 1924, Padre Manuel recebeu carta do Bispo de Santa Maria, pedindo que fosse ao Regimento do Alto Uruguai, fazer a páscoa dos Militares e depois fosse até a colônia Três Passos, para atender aos colonos de origem alemã, que estavam esperando missa, batizados e a bênção do cemitério. Padre Manuel convidou o seu coroinha Adílio Daronch que o acompanhasse num longo itinerário pastoral, a serviço da Paróquia de Palmeira das Missões.
 

Adílio Daronch nasceu em Dona Francisca (RS), em 1908, filho de Pedro Daroch e Judite Segabinazzi, imigrantes italianos vindo da Itália em 1883, com a família. Adílio era o terceiro filho do casal.

 

Em 1912 a família foi morar em Passo Fundo, onde o pai aprendeu o ofício de fotógrafo. Alguns meses depois a família retorna para Nonoai onde exerce o ofício de fotógrafo e tinha uma pequena farmácia de homeopatia. A família de Pedro era muito religiosa. Eram grandes colaboradores do Padre Manuel. Adílio era coroinha e auxiliar nos serviços do altar e da paróquia.
 

Nesta época o Rio Grande do Sul vivia momentos conturbados. O estado acabava de passar pela revolução entre chimangos e maragatos (Revolução de 1923), em que houve muita violência e derramamento de sangue.
 

Padre Manuel e o coroinha Adílio Daronch dirigiram-se a cavalo, para o Alto Uruguai até a Colônia Militar, no Alto Uruguai, onde a 20 de maio, Adílio ainda ajudou na Páscoa de militares.
 

A caminho de Três Passos, ao chegar em "Feijão Miúdo" o coroinha Adílio e o padre Manuel foram surpreendidos por anti-clericais e inimigos da religião. Foram levados para o mato, amarrados em árvores e fuzilados. Era o dia 21 de maio de 1924.
 

Os próprios colonos que encontraram os corpos amarrados em uma árvore os enterraram. Em cima da cruz da sepultura, escreveram: «mártires da fé, verdadeiros santos da Igreja, assassinados a 21 de maio de 1924».
 

Quarenta anos depois, em 1964, os restos mortais foram desenterrados e os ossos foram levados para Nonoai, numa caravana, pela Diocese. Em 1997, a Diocese encaminhou o processo de beatificação. Foram escritos vários livros sobre estes mártires.
 

Em 2002: Na Visita Ad Limina, ao receber um abaixo-assinado dos bispos do Rio Grande do Sul, o Cardeal português, José Saraiva Martins, responsável pelas beatificações, nos disse:

 

"Vocês precisam divulgar mais esta causa dos mártires. A Igreja não pode beatificar uns mártires que apenas são conhecidos no Alto Uruguai. Alto Uruguai, parece ser de outro país, é preciso que esta causa venha a interessar a todo o Rio Grande e todo o Brasil, além disso, Espanha (onde padre Manuel nasceu e foi ordenado padre) e Portugal (onde trabalhou por mais de 10 anos na Arquidiocese de Braga) precisam conhecer esta causa".
 

Começou-se então um grande trabalho de divulgação. Falou-se diversas vezes a todos os Bispos do Brasil, em Itaici. Foram escritas cartas e e-mails aos bispos de Vigo (na Espanha) e Braga (em Portugal).
 

Dia 21 de outubro de 2007, foram beatificados, em Frederico Westphalen - RS, os chamados mártires de Nonoai: o padre Manuel e o coroinha Adílio. A cerimônia foi presidida pelo cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos que veio diretamente de Roma. Cerca de 40 mil fiéis estavam presentes à cerimônia.
 

Em sua homilia, o cardeal Martins destacou: "santo é aquele que está de tal modo fascinado pela beleza de Deus e pela sua perfeita verdade que é por elas progressivamente transformado".
 

Foi o que fizeram os dois novos bem-aventurados disse o cardeal. "Pela beleza e verdade de Cristo e do seu Evangelho, os dois novos bem-aventurados renunciaram a tudo, também a si próprios, também à sua própria vida, que é o maior tesouro que Deus nos deu".
 

Hoje, a Igreja reconhece a vitória do padre Manuel e do coroinha Adílio, prestando-lhes a homenagem da glória e reconhecendo a sua poderosa intercessão.

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São Cristóbal Magallanes Jara e companheiros Mártires.

Sacerdote Mártir.
1869-1927

 

Cristóbal nasceu em um pequeno rancho do município de Totaltiche, Jalisco, arquidiocese de Guadalajara, México, em 30 de julho de 1869. Até os dezenove anos de idade ali permaneceu, estudando e trabalhando nos mais diversos serviços.

 

Em 1888, matriculou-se no seminário em Guadalajara, realizando o seu sonho de ser sacerdote ao ser designado para a paróquia de sua cidade natal.
 

De temperamento sereno, tranqüilo e persistente, Cristóbal se tornou um sacerdote de fé ardente, prudente diretor de seus irmãos sacerdotes e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Missionário entre os indígenas huicholes e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria.
 

Mas os acontecimentos políticos de 1917 alteraram o destino do país. Nesse ano foi promulgada a constituição anti-clerical do México, assinada pelo então presidente Venusiano Carranza, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.
 

Apesar da Igreja, por seu episcopado, expressar seu desagravo às novas leis, nada pôde fazer, ao contrário, foi vitimada pelo endurecimento nas perseguições. Isso gerou a reação da sociedade e os leigos se organizaram formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa, entrando em confronto, até mesmo armado, com os integrantes do governo.
 

Dez anos depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente, Plutarco Elias Calles, tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas e obras assistenciais de organizações religiosas. Os integrantes da Liga reagiram com vigor.
 

Como esse movimento da Liga não foi coordenado pela Igreja, muitos sacerdotes preferiam não aderir, deixando o país ou mesmo abandonando suas atividades por um tempo. Porém, outros decidiram ficar firmes em seus postos, para atender os fiéis, mesmo arriscando as próprias vidas.
 

E assim fez Cristóbal, que tinha para as vocações sacerdotais um cuidado extremado e um lugar especial no seu ministério. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, ele se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.

 

Magalhães sempre escreveu e pregou contra a rebelião armada, mas foi falsamente acusado de promover a rebelião Cristeira na sua região. Preso em 21 de Maio de 1927 enquanto se dirigia para celebrar a Missa numa fazenda, deu aos seus assassinos seus bens, e sem julgamento, foi martirizado quatro dias depois com outros católicos em Colotlán, Jalisco.

Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. Antes, ainda confortou seu companheiro de martírio, padre Agustín Caloca, que tremia diante do carrasco, dizendo-lhe: "Fique tranqüilo filho, é apenas um momento e depois virá o céu". À sua hora, dirigindo-se a tropa, exclamou: "Eu morro inocente, e peço a Deus que meu sangue sirva para a união de meus irmãos mexicanos".

 

O papa João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles são Cristóbal Magallanes Jara, que é celebrado neste dia.

 

Os outros 25 Santos Mártires Mexicanos (São Cristóvão Magalhães e 24 Companheiros), por vontade do Santo Padre São João Paulo II, foram imediatamente incluídos no Calendário Romano no dia 21 de maio como “memória facultativa”. O Martyrologium Romanum comemora também os diferentes Santos e Beatos separadamente, cada um no dia do seu aniversário de martírio. 

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1. Cristobal Magallanes Jara, presbítero, 25 de maio.

2. Roman Adame Rosales, presbítero, 21 de abril.

3. Rodrigo Aguilar Aleman, presbítero, 28 de outubro.

4. Julio Alvarez Mendoza, presbítero, 30 de março.

5. Luis Batis Sainz, presbítero, 15 de agosto

6. Agustin Caloca Cortes, presbítero, 25 de maio.

7. Mateo Correa Magallanes, presbítero, 06 de fevereiro.

8. Atilano Cruz Alvarado, presbítero, 01 de julho.

9. Miguel De La Mora De La Mora, presbítero, 07 de agosto.

10. Pedro Esqueda Ramirez, presbítero, 22 de novembro.

11. Margarito Flores Garcia, presbítero, 12 de novembro

12. Jose Isabel Flores Varela, presbítero, 21 de junho.

13. David Galvan Bermudez, presbítero, 30 de janeiro.

14. Salvador Lara Puente, Leigo, 15 de agosto.

15. Pedro de Jesus Maldonado Lucero, presbítero, 11 de fevereiro.

16. Jesus Mendez Montoya, presbítero, 5 de fevereiro.

17. Manuel Morales, leigo, 15 de agosto.

18. Justino Orona Madrigal, presbítero, 01 de julho.

19. Sabas Reyes Salazar, presbítero, 13 de abril.

20. Jose Maria Robles Hurtado, presbítero, 26 de junho.

21. David Roldan Lara, leigo, 15 de agosto.

22. Toribio Romo Gonzalez, presbítero, 25 de fevereiro.

23. Jenaro Sanchez Delgadillo, presbítero, 17 de janeiro.

24. David Uribe Velasco, presbítero, 12 de abril.

25. Tranquilino Ubiarco Robles, presbítero, 05 de outubro.

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Santo Hospício, Confessor

(+ França, séc. VI)

 

Viveu na região de Nice, no sul da França, numa velha torre, praticando jejuns e penitências. Recebeu de Deus o dom dos milagres e o de profetizar. Segundo o Martirológio Romano, predisse a invasão dos lombardos e, depois de esta se ter realizado, esforçou-se para converter os invasores.