O Santo do Dia

 

18 de Novembro.

 

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São Romão

(+ Antioquia, 303)

 

São Romão de Antioquia ou São Romão de Cesareia foi um diácono e mártir cristão da Síria que sofreu o martírio em 303, durante as perseguições contra os cristãos do imperador Galério por ter incentivado os cristãos perseguidos a permanecerem firmes e constantes em sua fé..

 

Segundo a narrativa de Aurélio Prudêncio, durante as torturas que padeceu nas mãos de Asclepíades, que tinha tentado arrasar a sua igreja na Síria, foi-lhe cortada a língua para que não continuasse a exortar à conversão dos pagãos. A tradição cristã atribui o facto milagroso a São Romão de ter continuado a falar sem língua. Um menino que o presenciava, chamado Várula (ou Várulas), pôs-se a proclamar a divindade de Cristo, o que fez com que fosse igualmente torturado e decapitado frente à sua própria mãe.

 

O processo do martírio é conhecido em pormenor graças a um longo hino de Aurélio Prudêncio, com quase mil versos compostos em fins do século IV. Outros historiadores eclesiásticos relataram o martírio depois. O milagre de ter conseguido falar já depois de amputada a língua foi um lugar comum do martirológico cristão e até anterior, já que a língua era considerada como instrumento ideal para louvar a divindade.

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Santo Frediano
Século VI

 

Os registros mais antigos indicam seu nome como Frigianu ou Frigdianus.

 

Nasceu na Irlanda. Cristão e monge, teria saído de sua terra natal como peregrino e estudante, com destino a Roma. Encontra-se os registros de sua permanência nos arredores da cidade de Luca, na Toscana – Itália; vivendo como ermitão.

 

A presença do monge foi reconhecida pela população tipicamente rural, sempre castigada pelas enchentes do rio Serchio que passa ao lado da cidade. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e cultura, se tornaram evidentes. Também sobressaia sua energia e liderança.

 

O clero e o povo da localidade reconheceram que Frediano era o cidadão mais indicado para ser seu bispo. Possuía seus dons naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Assim foi eleito e consagrado bispo de Luca em 560. Um fato inusitado.

 

Utilizou toda o conhecimento que possuía sobre matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população. As suas ações logo ganhavam fama de prodígio. O mais divulgado, e que se notabilizou, foi o que cita o desvio do curso do rio Serchio e do conseqüente beneficio causado a toda a zona rural de Luca.

 

Segundo a tradição, Frediano traçou com um restelo o novo curso do rio, no qual, por meio de um prodígio, as águas se canalizaram logo em seguida. Conduziu o rebanho de sua diocese com muita dedicação e caridade. Sempre cuidando dos desamparados, era incansável, na busca de doações para construir asilos, orfanatos, hospitais, igrejas e mosteiros.

O bispo Frediano veio a falecer no dia 18 de março de 588.

 

Daquele momento em diante, a fama de santidade de Frediano e o célebre episódio do rio Serchio alastraram-se e a sua devoção se fez ainda mais intensa. Foi até citada no livro "Diálogos", escrito pelo papa São Gregório Magno. Também as congregações que se estabeleciam na sua basílica, em Luca, difundiram-lhe o culto.

 

Sua obra cresceu na bem antiga e pequena comunidade monástica, os conhecidos "Cônegos de São Frediano", os quais o bispo Anselmo de Baggio, se tornou papa Alexandre II.

 

A sua festa acontece no dia 18 de novembro, data que recorda o traslado das suas relíquias, no século XI, para a atual Basílica de São Frediano, em Luca.

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Bem-Aventurada Carolina Közka

Virgem e Mártir.

1898 - 1914

 

Carolina nasceu na aldeia de Wal-Ruda, próximo de Tárnow, Polônia, no dia 2 de agosto de 1898. Era uma dos onze filhos de Jan e Maria Borzecka Közka. De 1904 a 1912 Carolina frequentou a escola local, tendo feito apenas o curso elementar, pois seus pais eram muito pobres.

 

A piedade e a devoção ela recebeu em casa, onde o Rosário era rezado diariamente e a Missa dominical era a forma da família agradecer a Deus os dons que dEle recebia. Com frequência Carolina reunia vizinhos e parentes, especialmente as crianças, e liam as Sagradas Escrituras sob uma pereira próximo de sua casa. Ela gostava de rezar o Rosário usando o terço que sua mãe lhe dera. Devido às suas orações, ela geralmente dormia menos do que precisava. “Durante o dia ela sempre sussurrava as palavras ‘Ave Maria’, pois, como ela mesma dizia, estas palavras faziam-na ‘sentir uma grande alegria no coração’”.

 

Ela rezava o Rosário constantemente e mesmo no seu trajeto para ir a igreja assistir à Missa; além da Missa dominical, ela a assistia também durante a semana. O tio de Carolina, Franciszek Borzecki, era uma inspiração para sua fé. Ela o auxiliava na biblioteca e na organização de outras coisas na paróquia; também ensinava catecismo para seus irmãozinhos e para as crianças da vizinhança. Desde a adolescência ela era dirigida pelo Padre Ladislao Mendrala, que a acompanhava na sua ativa vida no núcleo paroquial da aldeia.

 

Com o início da 1ª. Guerra Mundial (1914-1918) a Polônia foi invadida pelo exército soviético. A situação em Tárnow era cada dia mais difícil devido aos abusos e a brutalidade dos soldados. Em novembro de 1914 eles controlaram Wal-Ruda. Seis meses antes, no mês de maio de 1914, Carolina recebera o sacramento da Crisma.

 

Na noite de 18 de novembro de 1914, um soldado bêbado irrompeu na casa da família Közka exigindo alimento. Como não ficou satisfeito, obrigou o pai e Carolina a acompanhá-lo para reportar a conduta da família às autoridades.

 

Nas proximidades da floresta, o soldado obrigou o pai, sob as ameaças de matá-lo e à sua família, a voltar para casa, ficando em poder de Carolina. Dois rapazes que voltavam para casa foram testemunhas do que aconteceu em seguida. O soldado tentou violentá-la, mas ela defendeu-se lutando com ele. Enfurecido, o homem feriu-a várias vezes com sua baioneta. Carolina correu em direção ao pântano, que a salvou de mais ataques, pois a caça ali era difícil para o soldado. Mas era tarde demais para Carolina: as feridas que ele fizera causaram muita perda de sangue. Ela morreu no pântano, mas com sua pureza intacta. Ela tinha somente 16 anos.

 

Dezesseis dias depois, no dia 4 de dezembro, o seu corpo foi encontrado. Ele estava mutilado apresentando feridas de baioneta na cabeça, pernas, costas e peito. Suas mãos ensanguentadas demonstravam a resistência que opôs.

 

Toda a aldeia compareceu ao seu enterro; Carolina foi sepultada no cemitério da paróquia. Ela passou a ser conhecida como “a Estrela de Tárnow”. Após o seu sepultamento, os habitantes da região vinham rezar no seu túmulo e no local de sua morte. Seu martírio causara muita comoção nos habitantes da região e, no dia 18 de junho de 1916, um monumento em sua memória foi construído próximo à igreja de Zabawa, e no local do delito foi erguida uma cruz.

 

Em fevereiro de 1965, o Bispo Jerzy Ablewicz submeteu à apreciação a causa de sua beatificação e canonização (também de seu martírio). Em 10 de junho de 1987, ela foi beatificada em Tárnow. Ao beatificá-la, João Paulo II disse: “A morte de Carolina nos diz que o corpo humano tem um valor e uma dignidade imensa que não se pode baratear. Carolina Közka tinha consciência desta dignidade. Consciente desta vocação, ela entregou sua jovem vida, quando foi necessário entregá-la, para defender sua dignidade de mulher”.

 

Conhecida como a “Maria Goretti da Polônia”, a Beata Carolina é vista como um grande exemplo de pureza para os jovens do 3º milênio, devido à sua humildade, coragem e fé em Deus. Ela é patrona da juventude e dos agricultores.