O Santo do Dia.

 

21 de Novembro.

 

> 4° dia da Novena a Nossa Senhora das Graças.

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Festa da Apresentação de Nossa Senhora

 

A memória da apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria tem importância, não só porque é nela que é comemorado um dos mistérios da vida daquela que Deus escolheu como Mãe do seu Filho e como Mãe da Igreja, nem só porque nesta apresentação de Maria lembra-se a apresentação de Cristo ao Pai celeste ou melhor de todos os cristãos, mas também porque ela constitui um gesto concreto de ecumenismo, de diálogo com os nossos irmãos do Oriente. Isto salta à vista seja pela nota de comentário dos redatores do novo calendário, seja pela nota da Liturgia das Horas, que diz: “Neste dia da dedicação (543) da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebremos juntamente com os cristãos do Oriente aquela dedicação que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça tinha sido repleta na sua Imaculada Conceição”.

 

Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou total e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente quanto no Ocidente, observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso essa festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isso fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:

 

“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.

 

O fato da apresentação de Maria no Templo, como se sabe, não foi contado por nenhum livro sagrado, enquanto vem proposto com fartura de detalhes pelos apócrifos, isto é, por aqueles escritos muito antigos e por muitos aspectos parecidos com os livros da Bíblia, que todavia a igreja sempre deixou de considerar como inspirados por Deus e, portanto, como Sagrada Escritura.

 

Ora, segundo esses apócrifos, a apresentação de Maria no templo não foi sem solenidade: tanto no momento da sua oferta como durante o tempo de sua permanência no Templo verificaram-se alguns fatos prodigiosos: Maria, conforme a promessa feita pelos seus pais, foi conduzida ao Templo aos três anos, acompanhada por grande número de meninas judias que seguravam tochas acesas, com a presença das autoridades de Jerusalém e entre cantos angélicos.

 

Para subir ao Templo havia 15 degraus, que Maria subiu sozinha, embora fosse tão pequena. Os apócrifos dizem ainda que Maria no Templo se alimentava com uma comida extraordinária trazida diretamente pelos anjos e que ela não residia com as outras meninas.

 

Na realidade a apresentação de Maria deve ter sido muito modesta e ao mesmo tempo mais gloriosa. Foi de fato através deste serviço ao Senhor no Templo que Maria preparou o seu corpo, mas sobretudo a sua alma, para receber o Filho de Deus, realizando em si mesma a palavra de Cristo: “Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.

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São Gelásio I
Papa
Século V

  

Segundo o testemunho de Dionísio, o Menor, narrado pelo Martirológio Romano- Monástico, “ procurou mais servir do que exercer a sua autoridade, associou a castidade aos méritos da doutrina, e morreu pobre, após ter enriquecido os indigentes”.

 

Gelásio nasceu em Roma, de origem africana, culto, inteligente e dotado de personalidade forte. Cristão praticante foi conselheiro do papa Félix III, que vinha tentando conciliar as igrejas do Oriente e do Ocidente. No ano de 492, com a morte do papa, foi eleito sucessor para dar continuidade a essa missão, o que não conseguiu por causa da oposição do imperador Anastácio I.

 

Papa Gelásio I se empenhou para manter a doutrina recebida dos apóstolos, combatendo e tentando eliminar as heresias dos sacerdotes Mane e Pelágio. Foi o primeiro pontífice a expressar a máxima autoridade do bispo de Roma sobre toda a Igreja.

 

Desenvolveu um grande trabalho de renovação litúrgica. Organizou e presidiu o sínodo de 494, no qual saiu aprovada a grande renovação litúrgica da Igreja. Assim, ele instituiu o Sacramentário Gelasiano, para uniformizar as funções e ritos das várias igrejas. Trata-se do decreto que, contém cerca de cinqüenta prefácios litúrgicos, uma coletânea de orações para recitar durante a missa. No momento, esse e os outros decretos que assinou fazem parte do acervo do Museu Britânico.

 

Papa Gelásio I viveu em oração e insistia que seus clérigos fizessem o mesmo. Segundo Dionísio, o Pequeno, ele procurou mais servir do que dominar e morreu pobre, depois de servir os necessitados. Por sua caridade, foi chamado "papa dos pobres".

Morreu em 21 de novembro no ano de 496, em Roma.