O Santo do Dia.

 

14 de janeiro.

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São Félix de Nola,

Confessor.

(+ 260)

 

De origem síria, era sacerdote. Aprisionado por ocasião das perseguições de Décio e Valeriano, sofreu com inquebrantável firmeza diversos suplícios, até que foi libertado do cárcere por um Anjo. Mais tarde, recusou por humildade o Bispado de Nola. Embora não tenha sido morto por ódio à fé, é chamado de mártir pelo muito que sofreu por amor a Jesus Cristo.

 

O pouco que se conhece deste santo é a partir de biografia elaborada no final do século IV pelo Bispo de Nola, São Paulino, que o teve como seu santo protetor. Também escreveram sobre ele Beda, Santo Agostinho e Gregório Turonense.

 

A partir desta informação, sabe-se que nasceu em Nola (hoje território da Itália), no século III, e foi filho de um nobre sírio. Abraçou o serviço apostólico desde muito jovem, distribuiu sua herança entre os pobres quando seu pai morreu e, em seguida, foi ordenado sacerdote pelo Bispo de Nola na época, São Máximo.

 

Durante as perseguições de cristãos, foi preso e, segundo contam, libertado por um anjo.

 

Tendo escapado da fúria desencadeada pelo imperador Décio, Félix se viu novamente ameaçado, junto com toda sua comunidade, pelas disposições que o imperador Valeriano ditou contra os cristãos, entre os anos 256 e 257.

 

Quando o Bispo Máximo morreu, quiseram forçar Félix a ocupar a cadeira episcopal, mas ele recusou, preferindo continuar como presbítero sua missão evangelizadora.

 

Morreu em 14 de janeiro, acredita-se que no ano 260. Foi enterrado em Nola e seu sepulcro se tornou lugar de peregrinação. Em Roma, uma basílica lhe foi consagrada.

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Pedro Donders
Bem aventurado

1809-1887

 

Pedro Donders nasceu em 27 de outubro de 1809, no sul da Holanda.

 

Tinha seis anos de idade, quando ficou órfão de mãe e diante dessa situação precisou deixar os estudos para ajudar seu pai, já muito idoso, na sobrevivência familiar. Também por causa de sua saúde frágil não foi aceito no serviço militar, mas sua vocação era o sacerdócio. Também devido a sua condição física, escassa capacidade intelectual e pobreza material, não permitiam que seguisse o seu chamado. Entretanto Pedro insistia com seu pároco que o ajudava, até que conseguiu que o recebessem no seminário, mais como empregado do que como noviço.

 

Pedro se interessava pelas missões e depois de ser rejeitado pelos Jesuítas, Redentoristas e Franciscanos, acabou ingressando no Seminário diocesano. No ano de 1839 o Seminário foi visitado pelo Prefeito Apostólico do Suriname, Guiana Holandesa, buscando ajuda para seu território de missão que estava numa situação muito crítica. Dos seminaristas que se apresentaram, apenas Pedro Donders se ofereceu.

 

Em 5 de junho de 1841 foi ordenado sacerdote. Um ano após chegou em Paramaribo, uma região selvagem quatro vezes maior que a Holanda. Era seu campo de missão.

 

Os primeiros catorze anos foram dedicados à formação dos catequistas, das crianças e às visitas pastorais entre os escravos das fazendas holandesas. Era enorme a distância religiosa e moral, tanto entre os brancos como entre os negros. A rotina de padre Pedro iniciava nas primeiras horas da madrugada quando rezava a Santa Missa e se entregava às orações, depois saia para visitar as famílias.

 

Em 1856 recebeu o encargo da pastoral dos enfermos, dedicando-se especialmente aos leprosos de Batávia, local oficial para os leprosos, onde existiam mais de quatrocentos enfermos de ambos os sexos e com todos os tipos de lepra. Nesta atividade, nenhum capelão resistia mais do que um ano. Ele ficou quase trinta, sempre à inteira disposição dos miseráveis. Não se contentava somente com palavras piedosas. Fazia de tudo. Principalmente aos pacientes terminais. Levantava os doentes para dar-lhes de beber e lavava com zelo aquilo que nenhum ser humano gostaria de ver: um corpo humano quase decomposto, mas, vivo!

 

Em 1865 chegaram os Missionários Redentoristas no Suriname, com a missão de continuar os trabalhos de evangelização. Os quatro holandeses sacerdotes diocesanos poderiam optar em voltar para a Holanda. Dois sacerdotes regressaram. Padre Pedro decidiu ficar e pediu seu ingresso na Congregação do Santíssimo Redentor, professando os votos em 1867.

 

No final do ano 1886, pela última vez, padre Pedro visitou todos os seus enfermos. Atendeu as confissões de todos e lhes deu a Santa Comunhão. Um ano depois no dia 14 de janeiro de 1887, morreu de uma grave enfermidade renal. Santamente terminou sua vida e apostolado de oração e trabalho contínuo e de muitos sofrimentos.

 

O Papa João Paulo II proclamou Beato Pedro Donders em 1982, designando o dia de sua morte para as honras litúrgicas.