O Santo do Dia.

 

19 de janeiro.

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Santo Canuto IV

(+ Dinamarca, 1086)

 

Rei da Dinamarca e grande devoto de Nossa Senhora. Depois de ter levado uma vida exemplar, foi assassinado por súditos revoltados porque instituíra um imposto em proveito de obras de caridade.

 

Canuto nasceu no ano 1040. Era o primeiro filho do rei Estevão II, da Dinamarca, portanto, o sucessor direto e legal ao trono. Mas, quando seu pai morreu, Canuto foi traído por um irmão ambicioso, que lhe tirou o reino.

 

Criado e educado com sabedoria e nobreza, o santo desde pequeno mostrou dotes de piedade e caridade. Encontrou desde cedo paz e serenidade na oração e na fé. Casou-se com uma cristã, princesa de Flandres, e com ela teve um filho, Carlos, que também se tornaria santo. Com toda essa formação, Canuto não reagiu com violência à traição do irmão, aventureiro e ingrato. Confiou e esperou.

 

Quatro anos mais tarde o usurpador morreu. Se tornou então o rei, Canuto IV, assumindo a coroa que lhe pertencia. Nesta ocasião a Dinamarca assistiu a um dos reinados mais enérgicos, piedosos e corretos de toda sua História. Canuto foi, segundo todos os registros, sem nenhuma voz discordante, um rei que deixou em todos os seus atos a marca da justiça e da caridade, com uma política inteiramente voltada em benefício dos necessitados. Além disso, favoreceu grandemente o cristianismo, fazendo construir dezenas de igrejas, conventos, escolas e hospitais.

 

Mas seu reinado de favorecimento aos humildes desagradou a nobreza. Esta se articulou contra ele de forma que fosse mal sucedido em uma guerra contra a Inglaterra, em 1075. Novamente atraiçoado e mais uma vez por um irmão, Canuto foi perseguido, procurando refugiou na Igreja de Santo Albano em Odense, onde foi assassinado. Morreu neste dia 19 de janeiro de 1086, ajoelhado defronte ao altar. Tinha apenas quarenta e seis anos.

 

Sua morte foi considerada como martírio, vário prodígios foram registrados em seu túmulo e ele passou a ser venerado como santo pelo povo.

 

Em 1100, os emissários do rei Eric III entregaram o processo de canonização ao papa Pascoal II.

 

No ano seguinte, seu culto foi autorizado e o rei São Canuto IV, declarado o padroeiro da Dinamarca.

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São Mário

Século III

 

São Mário foi um cristão do século III, que partiu com a sua família da Pérsia para visitar os túmulos de São Pedro e São Paulo, em Roma. Já em Roma, encontraram o sacerdote Valentim, que trabalhava perto da estrada, dando sepultura aos restos mortais de 270 mártires, que jaziam decapitados à beira da estrada. 

 

A família de Mário era formada por Marta, sua esposa, e seus filhos Audífax e Ábaco. Flagrados pelas autoridades enquanto ajudavam Valentim, os quatro foram presos junto com ele. Enquanto os quatro homens morreram decapitados na Via Cornélia - primeiro Mário e seus filhos, e Valentim um mês depois - Marta, que tinha ainda sido batizada, foi afogada num poço.

 

Todos eles resistiram a renegar a própria fé e prestar um culto de adoração ao imperador romano. Por essa razão foram martirizados. A esses dois motivos, no caso de Valentim, se acrescenta o fato de ter persistido no seu hábito de celebrar o matrimônio dos casais cristãos, o que era proibido pelas leis de Roma.

 

Os corpos dos mártires foram recolhidos por uma cristã devota, que lhes deu santa sepultura em um cemitério da sua família. Nesse local, até os dias de hoje, podem encontrar-se as ruínas de um antigo templo cristão. Por volta do ano 1590, foram feitas escavações no local e foram encontrados os restos mortais dos mártires, que foram levados para diversas igrejas da Itália e da Alemanha, para serem venerados como relíquias.

 

A devoção a São Mário e aos seus companheiros mártires se espalhou rapidamente durante o século III, o que foi favorecido também pela realização de um Concílio entre os anos 268 e 270, durante o governo do Imperador Cláudio, no qual houve uma sensível diminuição das perseguições aos cristãos.