O Santo do Dia.

 

9 de Novembro.

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São Teodoro Mártir

(Ásia Menor, séc. III)

 

Era militar e foi decapitado por ter confessado corajosamente a fé cristã. Seu túmulo, em Achaita, atual Turquia, foi grande foco de peregrinações. Juntamente com São Jorge e São Demétrio constitui uma tríade de Santos militares orientais.

 

A Tradição católica afirma que São Teodoro nasceu na cidade de Eucaita, na região chamada Ponto, ao Norte da Ásia Menor. Hoje, o local se chama vila de Beyozu, na província de Corum, na Turquia. Teodoro foi soldado do exército romano e ficou bastante conhecido nas legiões romanas por sua bravura. Entre os cristãos, ficou conhecido por sua grande caridade para com os pobres e entre o povo, ficou conhecido por sua beleza.

 

Por causa de sua bravura, coragem, lealdade e forte liderança no ambiente do exército, Teodoro recebeu um título de comandante militar. A palavra exata que designa seu posto no exército era stratelates, que significa general, um posto de alto comando. Isso aconteceu quando ele estava em Heracleia Pôntica, sob o comando do imperador Licínio, entre os anos 307 e 324 d.C.

 

No reinado do imperador Licínio, Teodoro já era cristão. Não se sabe se foi um convertido ou se nasceu numa família cristã. O fato é que o general do exército romano era cristão. E, nesse tempo, iniciou-se uma terrível perseguição contra os cristãos. Estes eram vistos como subversivos e ameaça contra o império, pois recusavam-se a adorar os deuses oficiais romanos e não reconheciam o imperador como um deus. E o general Teodoro resolveu enfrentar a fúria romana.

 

Conta-se que São Teodoro convidou pessoalmente o imperador para que este fosse à cidade de Heracleia. A visita de um imperador era ocasião de festas religiosas e sacrifícios aos deuses. São Teodoro, porém, querendo mostrar a Licínio que os deuses não passavam de estátuas sem vida, mandou que todas as estátuas de deuses pagãos de ouro ou prata fossem levadas para a sua casa. Lá, diante do imperador, ele destruiu uma por uma e distribuiu os cacos aos pobres, afirmando que assim, teriam mais utilidade para o povo.

 

O imperador ficou furioso com a atitude de São Teodoro e mandou que ele fosse preso. Na prisão, sofreu torturas cruéis e, depois, foi crucificado. Passou uma noite na cruz. Na manhã seguinte, os soldados o encontraram vivo, fora da cruz e sem ferimentos. Alguns se converteram por isso. São Teodoro, porém, fez questão de ir até o imperador na esperança de que este, sabendo de tão grande milagre, desistisse da perseguição contra os cristãos. Mas o imperador, ao contrário, mandou que ele fosse decapitado. Sabe-se que sua morte aconteceu num dia 8 de fevereiro do ano 319 d.C. Por volta do meio dia. Desde então, São Teodoro passou a ser invocado como Padroeiro dos militares.

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Santo Orestes
Século IV

 

Orestes é um nome de origem rude, de trágica lembrança, e muito divulgado entre os cristãos porque é o nome de um mártir da fé.

 

No livro dos santos da Igreja, só encontramos um com este nome. Este monge era do Mosteiro da Capadócia, onde as relíquias mortais do mártir Orestes estavam guardadas. Como a sepultura se localizava sob a construção, os dados de santo Orestes nunca foram encontrados e ninguém soube precisar a sua origem.

 

A história relata sua vida começando pelo ponto culminante: a morte pelo testemunho da fé. A fé cristã sempre foi marcada, ao longo dos séculos, pelos sacrifícios de seus seguidores, iniciados com a crucificação pela Paixão de Jesus Cristo. Orestes foi mais um desses mártires, provavelmente morrendo na última perseguição aos cristãos decretada pelos romanos.

 

Uma narração secular vinda da Capadócia que revela Orestes como um médico acusado de incitar o povo contra a idolatria.

 

Durante o julgamento público, ele clamou que o céu lhe concedesse um prodígio capaz de cair sobre o povo, que queria trair a verdade do cristianismo. Imediatamente, foi atendido. Orestes, apenas com um sopro, fez as estátuas dos ídolos voarem como folhas mortas e as colunas do templo caírem, como se fossem de fios de palha. Foi condenado à morte.

 

Mas antes foi torturado com pregos e arrastado por um cavalo. No final, com o cadáver desfigurado, foi atirado num rio, que devolveu seu corpo refeito e coberto com uma magnífica túnica.

 

Foi assim que as relíquias do mártir chegaram naquele antigo local, onde existiu o famoso mosteiro de santo Orestes, na Capadócia, atual Turquia.