O Santo do Dia.

 

18 de Dezembro.

 

Novena de Natal - 3° Dia.

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SÃO GACIANO, BISPO E CONFESSOR

(+ séc. IV)

 

Entre os sete missionários cristãos enviados pela Santa Sé, para evangelizar na região da Gália futura França estava Graciano. Segundo os registros da diocese de Tours, Graciano foi o seu primeiro bispo.

 

No ano 249, quando Graciano chegou a Tours, local que o papa Fabiano, lhe determinou para exercer o cargo de bispo, cidade não possuía igreja, os pobres eram maltratados e os enfermos, marginalizados; era dominada, completamente, pelos pagãos. Assim no início, como expoente do catolicismo, passou a ser perseguido pelos inimigos, que não queriam deixar a adoração dos falsos deuses.

 

Em alguns períodos, a perseguição era tão forte que Graciano precisava esconder-se em lugares solitários. Lá, reunia os cristãos e os interessados em converter-se para poder celebrar os sacramentos, a Santa Missa e pregar a palavra de Deus.

 

Com o bispo perseverante o grupo de cristãos foi crescendo. Os necessitados da cidade, pela primeira vez, começaram a receber atenção e ajuda comunitária. Ele fundou, até, um hospital para os doentes abandonados, que antes não existia para atendê-los. Esse árduo e fecundo apostolado se estendeu por cinqüenta anos.

 

A tradição diz que, o próprio Jesus teria aparecido ali para avisar o bispo Graciano que a sua morte se aproximava. De fato, logo depois ele faleceu, numa data não muito certa, mas no ano 301. Seu corpo foi sepultado no cemitério cristão que ele mesmo construíra nos arredores da cidade.

 

Muitos anos depois, São Martinho de Tours, seu sucessor na mesma diocese, recebeu de Deus a reve­lação do local exato em que fora sepultado São Gaciano, e passou a venerá-lo convenientemente.

 

Suas relíquias foram transferidas para a antiga Catedral de Tours, que era dedicada a são Martinho e, na atualidade, é dedicada a são Gaciano.

 

A festa do primeiro bispo de Tours foi fixada pela Igreja no dia 18 de dezembro.

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Nossa Senhora do Ó

 

Quando lemos nas escrituras que: “Maria guardava todas as coisas em seu coração” entendemos que a palavra de Deus encontrou eco, desde sempre, no Imaculado Coração de Maria.


O sim de Maria encheu o Céu de Júbilo, o coração de Deus transbordou de alegria, pois a criação teria uma nova e definitiva oportunidade e conforme Santo Agostinho: “Eva chorou, Maria exultou. A mãe de nossa raça nos trouxe a tristeza; a mãe de Deus a alegria.”


O cotidiano de Maria em nada mudou com a encarnação do verbo, seus dias foram marcados pelo trabalho silencioso, os afazeres domésticos enchiam o tempo de Nossa Senhora.


Nos momentos de folga, tecia as mantas do enxoval, bordava os modestos cueiros e em cada ponto divagava em seus pensamentos e exclamava conforme nos relata Pe. Antônio Vieira “os desejos da Virgem Santíssima, que todos eram Oh! Quando chegará aquele dia! Oh! Quando chegará aquela ditosa hora, em que veja com meus olhos e em meus braços ao filho de Deus e meu! Oh! Quando... Estes desejos da senhora começaram na concepção e acabaram no parto.”


Segundo alguns autores, a denominação de Nossa Senhora do Ó deriva de ser a letra “O” símbolo de imortalidade e, portanto de Deus, de quem Maria é mãe.


A festa da Expectação do parto da Ssma. Virgem foi instituída por Santo Ildefonso, Bispo de Toledo, e tinha como objetivo lembrar as alegrias de Maria, em sua doce espera.


“As antífonas do Ó”

Desde o dia 17 de dezembro até o dia 23 do mesmo mês, antes e depois da recitação do Magnificat na oração das vésperas, são cantadas sete antífonas, uma por dia.


Todas começam por uma invocação a Jesus, que, no entanto nunca é chamado pelo nome, e todas incluem o apelo Vinde.


Todas estas antífonas são inspiradas pelos textos do Antigo Testamento que anunciam o Messias e tem suas origens por volta do ano 600.


Desde a primeira até a última, Jesus é invocado como Sabedoria, Senhor, Raiz, Chave, Estrela, Rei e Emanuel.

 

Ex: 17 de dezembro. Ó sabedoria que procede da boca do altíssimo, vós estendei-vos até os confins da terra e tudo dispondes com a fortaleza e benignidade. -Vinde ensinar-nos o caminho da sabedoria.


O culto e a devoção a Nossa Senhora da Expectação ou do Ó, veio para o Brasil com os portugueses e aqui a devoção popularizou-se com a freguesia de Nossa Senhora Do Ó em São Paulo.


Geralmente a imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó, representa a Virgem Maria com seu ventre sagrado desenvolvido, tendo as mãos sobre o peito, e no ventre encontramos as inscrições J.H.S.


O mais importante, para nós, é lembrar que os Ós de Maria estavam carregados da certeza de estar trazendo em seu ventre, a esperança de um povo.


Ó! Doce certeza, em um mundo de tantas incertezas.


Ó! Feliz, sempre Virgem Maria.

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Nossa Senhora do Bom Parto

 

Os títulos de Nossa Senhora, "do Bom Parto" e do "Bom Sucesso" nasceram aos pés da imagem da Virgem Negra de Paris, venerada na antiga igreja Saint-Etienne-des-Grès, capital francesa. Invocar a proteção da Mãe durante a gestação e parto é o que toda família cristã sempre fez ao longo dos séculos. 


O culto à Virgem do Bom Parto é uma das mais tradicionais devoções da França, Espanha e Portugal, que se espalhou por muitas outras nações. No mundo cristão, esse culto aparece com títulos semelhantes, como Nossa Senhora do Divino Parto, entre outros, porém as imagens representam a Virgem com a pele clara. 


Nos registros das primeiras igrejas cristãs, encontramos muitas indicações sobre estátuas e pinturas da Virgem Maria com a pele morena. Na Antiguidade, a cor preta em símbolos religiosos, era sinal de fertilidade. Um sinal que a primitiva arte cristã manteve, para invocar a fertilidade física e espiritual de Maria, Mãe de Deus e nossa. 


A imagem de Maria da igreja de Paris foi esculpida em pedra negra e data do século XI. Considerada milagrosa, é diante dela que acorrem constantes peregrinações de devotos. Nossa Senhora do Bom Parto é especialmente invocada nas ocasiões de tragédias pessoais e públicas. Aos seus pés, o Padre Cláudio Poullart dês Places, junto com doze companheiros pobres, fundou a Congregação do Espírito Santo e do Imaculado Coração de Maria, em 1703. A Congregação dos padres espiritanos cresceu rapidamente e, orar diante da Virgem Negra de Paris, era sinal da primeira consagração. 

Outras personalidades importantes foram rezar aos pés de Nossa Senhora do Bom Parto, em Paris. Dentre os quais: Domingos de Gusmão; Tomás de Aquino; Francisco de Sales, hoje Doutor da Igreja; Sofia Barrat; Vicente de Paulo, que colocou sob a proteção da Virgem Negra de Paris a sua grande Obra de caridade e os seus Institutos; e mais recentemente João Bosco.


Durante a Revolução Francesa, a igreja de Saint-Etienne-des-Grès foi saqueada e destruída. Mas a escultura da Virgem Negra foi vendida à uma piedosa cristã, que a escondeu muito bem. Mais tarde, ela doou a sagrada imagem às Irmãs Enfermeiras da Congregação de São Tomas de Vilanova, que construíram uma capela nova para a veneração de Nossa Senhora do Bom Parto, em Neuilly. Desse modo, asseguraram o culto e as constantes peregrinações dos fiéis e devotos. 


Foram os missionários espiritanos que divulgaram o culto à Senhora do Bom Parto no mundo. 


No Brasil eles aportaram em dezembro de 1885, e encontram essa devoção já estabelecida no país. Os registros indicam que os cristãos brasileiros começaram a invocar Senhora do Bom Parto, diante da imagem da Virgem do Ó, na igreja erguida no Rio de Janeiro em 1650. 


Isso porque, anexada à ela, os padres fundaram o Recanto do Bom Parto, para acolher as mulheres grávidas rejeitadas pela sociedade.

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São Vunibaldo

701-761

 

Vunibaldo dedicou sua vida à oração contemplativa e ao apostolado. Preferia ficar retirado na solidão, mas colocava-se sempre disponível para difundir o Evangelho. Era um príncipe da realeza dos Kents, nascido em 701. Antes dessa importância e riqueza material, porém, teve o privilégio de descender de uma família de santos, pois era filho de são Ricardo, rei da Inglaterra meridional, irmão de são Vilibaldo e de santa Valburga.

Em 720, partiu com o pai e o irmão em peregrinação para a Terra Santa, passando, antes, por Roma. Mas seu pai adoeceu durante a viagem e morreu na cidade italiana de Luca. Os dois irmãos ficaram juntos em Roma, por dois anos. Depois se separaram, Vilibaldo partiu para a Palestina e ele ficou ali, estudando, por mais dezesseis anos.

Seu tio Bonifácio era, então, o bispo da Alemanha, e estava empenhado na evangelização da região, para o que solicitou sua ajuda. Em 738, Vunibaldo foi ordenado sacerdote e foi auxiliar a missão do tio no interior das terras germânicas. Cinco anos depois, foi chamado para a Corte, por solicitação do duque Odilon.

Por mais algum tempo, ficou acompanhando o tio na sua obra apostólica. Porém, cada vez mais, ansiava pela vida monástica e pela contemplação na solidão. Resolveu construir um mosteiro. Comprou o terreno em Heidenheim, para onde se retirou com alguns companheiros, para cultivarem, enquanto também construíam o mosteiro. Na época, seu irmão e futuro santo, Vilibaldo, era bispo de Eichestat, e o ajudou a estabelecer-se.

Contudo o tempo para os estudos e a contemplação foi curto, porque logo foi nomeado abade. Nesse cargo, dedicava-se ao apostolado para reforçar a fé da população, que recaía, sempre, no paganismo. Os habitantes eram supersticiosos, e viviam nos prazeres mundanos. Vunibaldo combateu com muita firmeza tais vícios, comprometendo a integridade física dos monges e do próprio mosteiro, pois sofriam constantes ameaças de morte e de incêndio.

Sonhando, ainda, com a paz do retiro, decidiu acabar os seus dias no Mosteiro de Monte Cassino. Escreveu ao abade e aos monges de lá pedindo para ser acolhido pela comunidade. A resposta veio através de um caloroso convite. Mas Vunibaldo estava muito doente e teve de desistir do projeto. Quando já não conseguia mais caminhar até a igreja, pediu para colocarem um pequeno altar em sua cela, ficando, na quietude da oração, a contemplar o Santíssimo Sacramento. Pouco tempo depois morreu, em 18 de dezembro de 761.

A sua veneração só fez aumentar, pois já tinha fama de santidade em vida. Seu culto difundiu-se, principalmente, entre os povos germânicos, que o festejam neste dia. A biografia de são Vunibaldo foi escrita por sua irmã, santa Valburga, que relatou com detalhes os prodígios que aconteciam com sua simples presença, prodígios também confirmados por outros registros, e pela tradição oral, divulgada entre os cristãos através dos tempos.