O Santo do Dia.

 

20 de Dezembro.

 

Novena de Natal - 5° Dia.

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SÃO DOMINGOS DE SILOS

(+ Castela 1073)

 

Domingos nasceu no reino Navarra, Espanha, no seio de uma família pobre e cristã. Quando menino, foi pastor de ovelhas. Já desse período se conta que era muito bondoso, oferecia leite de ovelha para alimentar os caminhantes pobres. Ao mesmo tempo, gostava muito dos estudos, motivo que levou seus pais a entregá-lo ao padre da paróquia onde pertenciam. Ele criara uma escola ao lado da igreja.

 

Saiu-se tão bem nos estudos que o padre queria ordená-lo sacerdote. Antes disso, Domingos experimentou a vida de eremita para depois, enfim, entrar no convento beneditino, onde descobriu a sua verdadeira vocação, logo tornando-se exemplo para os demais monges.

 

Aos trinta anos de idade, foi encarregado de restaurar e reabrir o Mosteiro de Santa Maria, pois estava fechado há muito tempo. Para esse fim tornou-se esmoleiro, trabalhou como operário, fez de tudo o possível para conseguir recursos e poder receber os candidatos à vida monástica. A maior surpresa aconteceu, quando viu que, entre eles, estava seu próprio pai, como alguns de seus parentes.

 

Terminada essa etapa da obra, foi designado a ser o abade do Mosteiro de São William de La Cogola. Foi assim perseguido, pelo príncipe de Navarra, que alimentava a intenção de apoderar-se dos bens do convento. Teve que refugiar-se em Castela. Neste local, recebeu a missão de reabilitar a velha abadia, o Mosteiro de São Sebastião de Silos, em Burgos, quase desabitado e em franca decadência e moribunda.

 

Domingos foi abade do mosteiro por um período de mais de trinta anos, sendo considerado seu novo fundador. Não ape­nas a restaurou física e espiritu­almente, mas a deu uma atividade intensa e fecunda, tornando-o um centro de cultura e cenáculo de evangelização. Trabalhou para a libertação de católicos prisio­neiros dos muçulmanos e morreu com fama de santidade eminen­te.

 

Ao final da vida, era chamado de "apóstolo de Castela". Previu a data da própria morte, que ocorreu em 20 de dezembro de 1073.

Festejado nesse dia pela Igreja como são Domingos de Silos, a sua popularidade é muito vasta. Depois de sua morte, o nome do abade foi impresso, na história da Espanha.

 

Costuma ser invocado pelas parturientes. Quando uma rainha da Espanha estava para dar à luz, era costume o abade de Silos le­var para o Palácio Real o báculo milagroso de São Domingos, e só depois do bom parto o ia buscar de volta.

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São Zeferino – Papa

 

Zeferino é um dos papas que teve longo pontificado: segundo Eusébio de Cesareia foi papa de 202 a 219, e segundo o Catálogo liberiano, de 198 a 217. Precisamente o longo pontificado é uma das poucas coisas que sabemos com certeza a respeito de são Zeferino. Trata-se de detalhe tanto mais interessante, porque os tempos nos quais são Zeferino exerceu o sumo pontificado não eram certamente tempos muito tranquilos. Foi de fato durante o seu pontificado que se desencadeou a perseguição de Setímio Severo.

 

Este, que se tornara imperador no ano 193, durante os primeiros anos, embora sem abolir o regime de perseguição, não incentivou a sua aplicação, tanto que foram anos de paz para a comunidade cristã. Melhor dizendo, segundo o testemunho de Tertuliano, o próprio Setímio Severo um dia se opôs a uma manifestação popular contra os cristãos. O mesmo Tertuliano, todavia, atesta com o seu desprezo polêmico que particularmente na África não era praticada a mesma tolerância. De qualquer modo essa tolerância terminou em todo o império no ano 200-202, aproximadamente, e foi um edito de Setímio Severo que “proibiu sob pena grave, toda propaganda judaica, e tomou a mesma decisão a respeito dos cristãos”, conforme a História Augusta.

 

Era uma reviravolta, pois pela primeira vez era emanado um edito explicitamente contra aqueles que pensavam em se converter. Entre os mártires ilustres desta perseguição estavam Perpétua e Felicidade, martirizadas em Cartago juntamente com Saturnino, Secúndulo, Revogado, Saturo. Talvez tenha morrido mártir também santo Ireneu; mártir com toda a certeza e até mesmo na presença de Setímio Severo, foi santo Andeolo. A paz voltou em 211 com a subida ao trono de Caracalla e continuou praticamente também sob os sucessores Macrino, Heliogábalo e Alexandre Severo.

 

Por isso só impropriamente são Zeferino pode ser considerado mártir, como o fez o cardeal Barônio (e depois dele o Martirológio Romano), “de seu arbítrio e contra a tradição que sempre venerou Zeferino como confessor”. Não obstante a ausência de perseguições, são Zeferino não teve pontificado fácil.

 

Foi sepultado nas catacumbas de são Calisto, num edifício onde foi sepultado depois também são Tarcísio.