O Santo do Dia.

 

8 de Dezembro.

Imaculada Conceição de Maria.jpg

Solenidade da Imaculada Conceição de Maria

(Festa e dia santo de guarda)

 

> Aparição da Imaculada Conceição em Montichiari -1947 - Itália.

 

Em 1854, com a convicção da pureza completa da Mãe de Deus, e atendendo aos anseios mais profundos de toda a Igreja, o Papa Pio IX proclamou como dogma de fé a Imaculada Conceição de Maria através da bula "Ineffabilis Deus".

 

Quase desde o seu nascimento, o Brasil vive sob o manto e o patrocínio de Maria Imaculada. Nossa Pátria, filha e de certa forma obra prima de Portugal, desde 1646 estava consagrada à Imaculada Conceição, pois naquele ano o Rei D. João IV, reunido com as Cortes gerais do Reino, consagrou Portugal e todos os seus domínios a Nossa Senhora da Conceição.

 

À mesma Padroeira Imaculada – sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida – o Brasil se quis devotar desde seus primórdios de nação plenamente emancipada. Em 1904, a Imagem da Aparecida foi solenemente coroada, por mandado do Papa São Pio X, com uma coroa de ouro cravejada de 40 brilhantes que lhe fora oferecida pela Princesa Isabel.

 

E em 1930, atendendo a uma solicitação do Episcopado Brasileiro, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora da Conceição Aparecida Padroeira Principal do Brasil.

 

O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não devemos renunciar sob nenhuma hipótese.

 

A festa da Imaculada Conceição não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem esclareceu sobre o tema foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.

 

Transcorrido mais um longo período, a festa foi incluída no calendário romano em 1476. No concílio de Trento em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa São Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.

 

Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".

 

Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus misericordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse puríssima.

 

Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.

 

Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.

virgem Maria.jpg

Nossa Senhora Da Lapa

 

Naquela data o general mouro Almançor, em uma de suas campanhas militares atacou o Convento de Sisimiro, situado na localidade de Quintela, Sernancelhe.


O cruel mouro martirizou parte das religiosas que ali se encontravam.As religiosas que conseguiram escapar do general se abrigaram numa lapa (gruta), levando consigo uma imagem de Nossa Senhora.A imagem ficou ali por cerca de quinhentos anos e foi sendo esquecida.

 

Em 1498, uma jovem pastora chamada Joana, menina ainda e muda de nascença, ao pastorear as ovelhas pelos arredores da gruta, penetrou na gruta e ali encontrou a imagem, pequena e formosa.

 

Porém, inocentemente,  a menina interpretou o achado como uma boneca e a colocou na cesta onde guardava seus pertences e seu lanche.

 

Durante o pastoreio, a menina enfeitava a cesta como podia, procurando as mais lindas flores para orná-la.

 

Embora as ovelhas se encontrassem sempre no mesmo lugar, estavam sempre alimentadas e tranquilas, o que despertou comentários de algumas pessoas.

 

Estes comentários chegaram aos ouvidos da mãe de Joana, que, já enervada com as teimosias da menina, num momento de irritação, pegou a santa imagem e atirou-a ao fogo.

 

Ao ver isso, a menina soltou um grito: “Não! Minha mãe! É Nossa Senhora! O que fez?”.

 

Gruta onde apareceu a imagem de Nossa Senhora da Lapa

 

Sua língua desprendeu-se instantaneamente de forma irreversível e sua mãe, neste momento, ficou com o braço paralisado.

 

Ainda muito emocionadas, a menina e a mãe oraram e o braço paralisado ficou curado.

 

As pessoas do povoado reconhecendo então  o valor da santa e milagrosa imagem, construíram, sob a orientação da menina Joana, uma capela para abrigá-la.

 

E a imagem ali ficou, mesmo após as diversas tentativas do clero de levá-la para a igreja paroquial, de onde sempre desaparecia de modo misterioso.

 

A devoção à Nossa Senhora da Lapa acabou por difundir-se em Portugal e trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses, onde é venerada em muitas igrejas.

Luís (Alojzy) Liguda e companheiros.jpg

Luís (Alojzy) Liguda e companheiros

 

O ódio racial disseminado pelo nazismo provocou mais de cinco milhões de vitimas na população civil polonesa, dos quais muitos eram religiosos, sacerdotes, bispos e leigos atuantes católicos.

Entre todos foi possível relacionar cento e oito religiosos, com base nas noticias recolhidas e nas testemunhas vivas. Somente em 1992 começou o processo para canonizá-los como mártires do holocausto. Como resultado, o papa João Paulo II beatificou quatro deles quando de sua viagem à Polônia em 1999. Todos sacerdotes verbitas, vítimas do ódio contra a religião. Um deles foi Luis (Alojzy) Liguda.

Luís era polonês, de maneira que nesse idioma seu nome é Alojzy. Nasceu no dia 23 de janeiro de 1898. Entrou para a Sociedade do Verbo Divino, Congregação dos padres verbitas, destinados às missões evangelizadoras estrangeiras, em 1920. Foi ordenado sacerdote em 1927. Formado em literatura polonesa e história, publicou vários livros sobre homilética. Desejava muito ser missionário na China ou na Nova Guiné, mas foi destinado a servir no seu país de origem.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Polônia foi invadida em 1939. Na época, padre Luís era reitor do Seminário Menor de Gorna Grupa, na Polônia. Em 1940, o seminário foi transformado em campo de confinamento dos religiosos presos pelos alemães. Ele era um desses prisioneiros. Antes de chegar ao destino final, o campo de concentração de Dachau, na Baviera, passou por duas horrendas prisões.

Em Dachau, foi conduzido ao terrível "bloco 29", resevado aos prisioneiros com tuberculose. Como todos os companheiros, foi condenado à morte. Mas não como eles, nas câmaras de gás: foi afogado num tanque de água do campo entre os dias 8 e 9 de dezembro de 1942.

Firme e amoroso é o testamento espiritual que padre Luís transmitiu daquele depósito de torturas e morte aos seus queridos irmãos verbitas e a toda a humanidade: "Os seres humanos podem tratar-me como algo insignificante, mas não conseguem fazer de mim uma pessoa vil. Dachau pode privar-me de todos os meus direitos e títulos, mas o privilégio de ser filho de Deus ninguém mo pode tirar. Repetirei sem cessar: 'Deus sempre será e permanecerá meu Pai'". Uma das mais eloqüentes declarações da dignidade de cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus.

Padre Luís Liguda morreu num dia de grande festa para os católicos, que nele festejam a Imaculada Conceição de Maria. Essa data também foi destinada para as homenagens de sua memória.