O Santo do Dia.

 

16 de Março.

 

> 7° dia da Novena em honra a São José.

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São Julião de Anazarbus, Mártir.

(+ Cilícia, Ásia Menor, séc. IV)

 

De acordo com a tradição católica, Julião era filho de um senador romano, tinha 18 anos. (como era comum naquele período de perseguições) pela ordem do imperador Diocleciano. Anazarbus, fica localizada no que hoje é território da Turquia (essa cidade por vezes é chamada de Cesaria em outras línguas, como o grego, e a sua riqueza histórica e cultural é incontestável). Ele foi preso em função da sua fé em Cristo. 

 

Durante o tempo em que ficou preso, Julião foi torturado e submetido a todo o tipo de agressão para que pudesse abandonar a sua fé. Um fato curioso foi que, após longas torturas, os soldados romanos mudaram de abordagem e tentaram dissuadir Julião a abandonar sua fé em  Cristo por meios suaves e ardilosos.

 

Em certo momento, os soldados romanos mudaram mais uma vez de abordagem e dessa vez tentaram fazer com que o jovem rapaz mudasse a sua fé pela pressão social. Ele era levado para várias vilas e aldeias localizadas na Roma antiga, e era ridicularizado em massa pela população que era pagã.

 

Mesmo com um sofrimento longo, Julião manteve a sua fé em Cristo. Quando os romanos perceberam que não havia outra forma para dissuadir o jovem, eles o mataram de uma forma pouco convencional: Julião foi jogado ao mar em um saco com cobras venenosas e escorpiões.

 

Toda a sua vida é um testemunho de que a fé pode ser maior do que qualquer outra tormenta ou problema que podemos enfrentar em vida. Um jovem rapaz foi capaz de suportar todo o tipo de dor e humilhação, e assim como todos os outros mártires, ele permaneceu firme com a sua fé e com a sua adoração no Senhor.

 

Após a sua morte, pouco se sabe sobre a sua canonização. A data específica de sua morte também é um mistério. Ainda assim, ele é reconhecido por toda a tradição católica como um mártir. Seu amor em Cristo foi maior do que todas as outra coisas terrenas. 

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Santo Heriberto
970 +1021

 

O Santo Heriberto foi arcebispo de Colônia, na Alemanha, ainda muito moço, pois sua religiosidade brotara ainda na infância. Conta a história que, no dia em que nasceu, em 970, filho de descendentes dos condes de Worms, notou-se uma extraordinária luz pairando sobre a casa de seus pais. O fenômeno teria durado várias horas e marcado para sempre a vida de Heriberto, que caminhou reto para o caminho da santidade.

 

Como desde pequeno mostrava vocação para a religião e os estudos, seus pais o entregaram ao convento de Gorze. Ali, Heriberto descobriu para si e para o mundo que era extremamente talentoso, mas decidiu-se pela ordenação sacerdotal, que ocorreu em 995.

 

Com o decorrer do tempo cursou diversas escolas, chegando a ser considerado o homem mais sábio de seu tempo. E foi nesta condição que o Imperador Oton III o nomeou chanceler, seu assessor de maior confiança.

 

Sua fama e popularidade cresceram, não só devido à sabedoria, mas também pela humildade e a caridade que praticava com todos. Assim, foi eleito bispo de Colônia, em 999.
 

Quando Oton III morreu, o imperador que o sucedeu, Henrique II, também acabou tornando-se admirador de Heriberto, apesar da oposição que lhe fez no início. Uma vez que o bispo Heriberto o consagrou rei sem nenhuma contestação. E por fim o novo rei Henrique II o chamou para ser seu conselheiro.
 

Então, a obra caridosa do bispo pôde então continuar. Os registros mostraram que, depois de fundar um hospital para os pobres, Heriberto visitava os doentes todos os dias, cuidando deles pessoalmente.

 

Conta a tradição que, certa vez, houve na cidade uma grande seca, ficando sem chover por meses. O bispo comandou um jejum de três dias e, finalmente, uma procissão de penitência pedindo chuva aos céus. Como nem assim choveu, Heriberto comovido começou a chorar na frente do povo, culpando-se pela seca. Dizia que seus pecados é que impediam Deus de fazer misericórdia.  Mas, um fato prodigioso aconteceu nesse momento, imediatamente o céu escureceu e uma forte chuva caiu sobre a cidade, durando alguns dias e pondo fim à estiagem.
 

Com fama de santidade ainda em vida, o bispo Heriberto morreu no dia 16 de março de 1021, numa viagem de visita pastoral à cidade de Deutz, onde contraiu uma febre maligna que assolava a população.

 

Suas relíquias estão na catedral dessa cidade, na Colônia, Alemanha. Na igreja que ele mesmo fundou junto com o mosteiro ao lado, que foi entregue aos beneditinos.

 

Amado pelos fiéis a peregrinação à sua sepultura difundiu seu culto que se tornou vigoroso em toda a Europa, especialmente na Itália e na Alemanha, país de sua origem.

 

Foi canonizado em 1227, pelo Papa Gregório IX que autorizou o culto à Santo Heriberto, já tradicionalmente festejado pelos devotos no dia 16 de março.

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Santo Abraão Kidunaia
296-366

 

O Santo Abraão nasceu na Mesopotâmia, atual Síria, em 296, era filho de pais religiosos que lhe deram educação cristã. Quando estava em idade de se casar, seu pai escolheu para ele um bom partido, mas o rapaz recusou.

 

A vontade de Abraão era outra, queria ser eremita e dedicar-se somente à Deus, pela oração, contemplação e penitência.
 

Porém, a pressão da família foi tão grande que o jovem não teve como escapar. Mas no dia do casamento abandonou tudo. Foi encontrado, dezessete dias depois, pela família, numa cela isolada, que construíra numa caverna do deserto, próximo da cidade de Edessa. Por mais que seus pais pedissem que voltasse, não conseguiram fazê-lo mudar de idéia. Viveu naquele mesmo lugar por uma década, até receber a notícia da morte dos pais.
 

O outro lado da notícia seria bom para qualquer um, menos para Abraão: herdara uma grande fortuna. Contudo, ele não se abalou com isso, pediu ao bispo de Edessa, seu amigo pessoal, que repartisse toda a sua parte da herança entre os pobres, pois não queria nem ter contato com os bens materiais.

 

Entretanto, aquele episódio serviu ao menos para fazê-lo sair do seu isolamento. O bispo, que precisava de um bom sacerdote para uma missão muito especial, aproveitou para efetuar a ordenação de Abraão. E o enviou como padre missionário para a vila de Beth-Kiduna, onde todos os habitantes eram pagãos e praticavam a idolatria.
 

O trabalho de evangelização foi duro. Depois de um ano construiu uma igreja com a ajuda dos habitantes, todos já haviam se convertido ao cristianismo e destruído as imagens dos falsos deuses.

 

Certo do dever cumprido, Abraão rezou muito à Deus, para que fosse enviado outro padre, melhor do que ele, para atender esse rebanho. Isso ocorreu logo, e ele voltou para a solidão de sua cela no deserto de Edessa. Foi devido ao sucesso de sua missão em Kiduna, que se tornou conhecido como Abraão Kidunaia.
 

Deixou sua cela só mais duas vezes. Certa vez, uma sobrinha muito jovem chamada Maria, que ficou órfã de pai, um dos irmãos de Abraão, precisava de acolhida. Ele a recebeu e a educou, ensinando-lhe tudo que sabia sobre a Palavra de Cristo e também sobre as ciências.

 

Mas, a jovem preferiu experimentar as alegrias do mundo, fugindo para uma cidade próxima, onde levava uma vida desregrada. Abraão, então, se disfarçou de soldado e foi até onde ela se instalara, alí conversaram e ele a converteu definitivamente.

 

Maria viveu, os próximos quinze anos, reclusa, fazendo caridade. Passou a ser chamada de Maria de Edessa, sendo canonizada, mais tarde.

 

A tradição conta que ela operou várias graças em vida.

 

Muitos peregrinos cristãos iam ao deserto para ver, conversar e aprender sobre os mistérios de Cristo, com aquele padre que norteara sua vida para a santidade.

 

Abraão morreu, aos setenta anos de idade, no ano 366, cinco anos após a discípula Maria. E foi essa a última vez que deixou sua cela.

 

O lugar do seu túmulo se tornou local de peregrinação, de prodígios e de graças. Esses dados foram extraídos dos escritos deixados por Santo Efrém, que escreveu a biografia de Santo Abraão Kidunaia, celebrado no dia 16 de março.