O Santo do Dia.

 

09 de Março. 

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São Domingos Sávio

 

(Riva de Chieri, Itália, 1842-1857)

 

Aluno e filho espiritual de São João Bosco, morreu com apenas 15 anos de idade. Seu lema de vida era "antes morrer que pecar". É um dos patronos da juventude ca­tólica.

 

Domingos nasceu no dia 2 de abril de 1842, na província de Turim, no norte da Itália, em uma família humilde mas, ao mesmo tempo, muito fervorosa. Já desde a mais tenra idade, decidiu imitar fielmente Jesus Cristo, aproximando-se dele tanto quanto podia. Com sete anos de idade, fez a primeira conunhão e, com doze, entrou no Oratório de São João Bosco. Sob a direção pessoal do grande santo salesiano, transformou-se em tabernáculo do Senhor e em modelo e exemplo de amor a Deus e ao próximo. Foi um verdadeiro apóstolo e missionário de Jesus, com a simples presença da sua vida.

 

Quem o conheceu durante a sua vida disse que não era pequeno de estatura, mas magro, quase frágil. Preferia mais ouvir do que falar. Era humilde e respeitoso diante de todos e tinha a habilidade natural de apaziguar as discussões e as desavenças, que naquela época surgiam quase naturalmente entre os seus companheiros.

 

Seu único interesse era Deus e o modo como fazer com que os outros concentrassem as suas energias para servi-Lo melhor. Aquilo que lhe faltava a nível de força física, ele recuperava em excelência moral, em fortaleza de coração e em aceitação da vontade de Deus, qualquer que esta fosse.

 

A primeira biografía da vida de Domingos foi escrita pelo seu mestre, São João Bosco, e destas páginas nasceram muitas vocações, inclusive a do futuro Papa Bento XVI que, com tanta ternura, admirava a Obra da Infância Missionária.

 

Domingos faleceu com apenas quinze anos de idade, no dia 9 de março de 1857. Sua Santidade o Papa Pio XII canonizou-o no ano de 1954. Exatamente há 50 anos.

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Santa Francisca Romana
1384-1440

Fundou a Ordem das Irmãs Oblatas

 

> A Visão do Inferno.

 

Santa Francisca Romana tem uma importância muito grande na história da Igreja, por ser considerada exemplo de mulher cristã a ser seguido por jovens, noivas, esposas, mães, viúvas e religiosas, pelo modelo que foi.
 

Francisca Bussa de Buxis de Leoni nasceu em 1384, em uma nobre e tradicional família romana cristã e, desde jovem, manifestou a vocação para uma vida de piedade e penitência. Queria ser uma religiosa, mas seu pai prometeu-a em casamento ao jovem Lourenço Ponciano, também cortejado por ser nobre e muito rico.

 

 Contudo, era um bom cristão e os dois se completaram, social e espiritualmente. Tiveram filhos, cumpriam suas obrigações matrimoniais com sobriedade e serenidade, respeitando todos os preceitos católicos de caridade e benevolência. Dedicavam tanto tempo aos pobres e doentes que sua rica casa acabou se transformando em asilo, ambulatório, hospital e albergue, para os necessitados e abandonados.
 

O casal teve seis filhos que deveriam ser apenas fontes de felicidade para os pais, porém acabaram por se tornar a origem de muita dor e sacrifício. Numa sucessão de acontecimentos Francisca viu morrer três de seus filhos. Roma, naquela época, atravessou períodos terríveis de sua história, sendo flagelada por duas guerras, revoluções, epidemias, fome e miséria.

 

Francisca ainda assistiu outro dos filhos ser feito refém, enquanto o marido se tornava prisioneiro, depois de ferido na guerra. Mesmo assim, continuou sua obra de caridade junto aos necessitados, vendendo quase tudo que tinha para mantê-la. Foi justamente nesse período que recebeu o título de "Mãe de Roma".
 

Freqüentava a igreja de padres beneditinos de Santa Maria Nova e ali reuniu as ricas amigas da corte romana para trabalharem em benefício da sociedade. Mesmo sem vestirem hábito algum, sem emitirem votos e sem formarem uma família religiosa, pois, viviam uma vida normal de mães e donas de casa, mas encontrando tempo para se dedicarem à comunidade carente.

 

Quando o marido morreu, Francisca entregou-se de maneira definitiva à vida religiosa, fundando com algumas dessas companheiras, também viúvas, a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova.
 

Tinha cinqüenta e seis anos quando morreu, no dia 09 de março de 1440, depois de ser eleita superiora pelas companheiras de convento.

 

Sua biografia oficial registra ainda várias manifestações da graça do Senhor em sua vida, como a presença constante e real de um anjo da guarda.
 

Foi proclamada Santa Francisca Romana em 1608 e considerada mística, pela Igreja.

 

Narram os registros que, quando morreu, foram necessários três dias para que toda a população de Roma pudesse visitar seu caixão, de tanto que era admirada e querida pelo povo, devotos e fiéis.

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Santo Gregório de Nissa
Século IV

 

Os relatos da tradição trazem poucos dados sobre a vida de Gregório de Nissa, antes dele se tornar sacerdote.

 

Mas, existe a literatura teológica que nos dá luz sobre seus pensamentos e seu modo de agir em relação ao cristianismo, que ele mesmo escreveu e nos deixou.

 

São Gregório nasceu na Cesarea da Capadócia, Turquia entre os anos 330 a 335. Seus pais Basílio, apelidado de "o velho", e Amélia, tiveram dez filhos dos quais: Gregório, Pedro, Basílio e Macrina, se tornaram santos. Sem contar o avô, que morreu mártir e a avó, da qual a irmã herdou o nome, e que a Igreja também venera.
 

Gregório estudou em Atenas, e se interessou especialmente pelos principais autores clássicos da razão, como Platão e Aristóteles, mas também os da fé, como Orígenes e Metódio de Olimpo. Mais tarde se casou e foi lecionar.

 

Ao se tornar viúvo abandonou o cargo de professor, para se dedicar só ao Cristianismo. Sob a orientação e influência de Gregório Nazianzeno, que também é celebrado e com quem ele convivera, foi motivado a seguir a vida religiosa à exemplo dos seus irmãos.

Optando pela monástica, se isolou num mosteiro do qual saiu somente quando, em 371, foi nomeado bispo de Nissa, na Capadócia.
 

Tornou-se um teólogo conhecido e respeitado através de seus famosos trabalhos dogmáticos, dos quais "Grande Catequese" é considerado o principal. Dentre suas obras importantes, encontramos também o "Livro sobre a Virgindade", referente a Maria, Mãe de Deus. Todas escritas durante o tempo vivido na solidão das margens do rio Íris, onde se isolara com seu irmão Basílio, que depois se tornou bispo da Cesarea.
 

Amante da solidão e do estudo, foi a contragosto que assumiu a diocese de Nissa. Sua bondade e falta de senso prático eram tão notórias, que muitos a consideravam ingenuidade. Tanto que, nesse cargo, Gregório viu-se acusado de desperdiçar bens da Igreja, sendo, de repente, deposto e mandado ao exílio, no ano 376, período em que faleceu seu irmão Basílio.

 

Entretanto, dois anos depois, provou que tudo não passou de uma trama dos hereges arianos, porque as acusações não foram fundamentadas e Gregório teve sua inocência reconhecida. Aclamado pelos fiéis e pelo povo, reassumiu a diocese.
 

Depois desse episódio do exílio, o conceito de Gregório de Nissa subiu muito no mundo cristão e ele resolveu inúmeras divergências entre as igrejas orientais, sendo o mediador de questões doutrinárias ou mesmo administrativas. Cumpriu também missões determinadas pelo próprio imperador. Ele teve participações decisivas nos concílios: de Antioquia e o de Constantinopla, em 394, onde se definiu a "coluna da ortodoxia". Colocou a paz entre as Igrejas da Arábia e da Palestina.

 

Há muitos pontos em comum entre Gregório de Nissa e Tomás d'Aquino se compararmos, no trabalho de ambos, o cuidado em dar aos problemas enfrentados, cada um à sua época, uma resposta em sintonia com os dados da fé e as exigências da razão.

 

Gregório de Nissa é considerado um dos padres orientais mais expressivos do século IV.

 

Morreu entre os anos 395 a 400 e sua festa se comemora no dia 09 de março.

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Santa Catarina (Vegri) da Bolonha
1413-1463

 

Santa Catarina Vegri nasceu no dia 08 de setembro de 1413, na cidade de Bolonha, Itália. Seu pai era o estimado juiz João de Vegri e trabalhava para a corte local, bem situado socialmente, dispunha de razoável conforto para a família.

 

Quando a menina completou nove anos de idade, a família se transferiu para Ferrara, porque seu pai tinha sido convocado pelo duque Nicolau III, que estava construindo seu ducado, composto pelas cidades de Ferrara, Modena e Reggio. E ela foi nomeada dama de companhia de Margarida, filha de Nicolau.
 

Dessa forma Catarina vivia na florescente corte, cercada pela nata de artistas e intelectuais. Aprendia música, pintura, dança e as tradicionais matérias acadêmicas, com os renomados da época, mas demonstrava vontade e determinação de se tornar religiosa. E foi o que fez quando toda essa opulência terminou, com a morte prematura de seu pai.

 

Catarina tinha então treze anos e teve de voltar para Bolonha, com sua mãe Benvinda Manolini, que se casara outra vez.
 

Passado um ano de luto ela ingressou na Ordem terceira de São Francisco, em Bolonha, onde permaneceu por cinco anos, vividos sob intensos conflitos interiores e angustias pessoais.

 

Amadurecendo a idéia de se tornar uma clarissa, em 1432, retornou para Ferrara para ingressar na Ordem de Santa Clara, onde trabalhou incessantemente fiel às Regras fazendo todos os tipos de trabalhos. Lavou pratos, cuidou da horta, da portaria, ensinou catecismo, escreveu novas orações e compôs novos cantos, até finalmente ser eleita abadessa, para administrar o convento que se tornou famoso e muito procurado.

 

Tudo indicava que era necessário fundar mais um, e Catarina, como abadessa que era, o construiu em Bolonha, inaugurando-o em 1456. Nele ela viu ingressar sua mãe, que de novo se encontrava viúva.

 

Contam os registros e a tradição que Catarina possuía vários dons especiais. Enriquecidos pelo trabalho árduo e sofrimento pessoal, traduziram-se através de visões contemplativas e fatos prodigiosos, inclusive por graças, que operou em vida.

 

De suas contemplações, a mais conhecida foi a primeira, que lhe possibilitou presenciar o juízo final e que a marcou por toda a vida.

 

Outra bastante divulgada foi a que ocorreu na noite de Natal de 1456. Catarina ficou orando a noite toda e, no fim da madrugada, lhe apareceu Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo, que depois passou para os seus braços.
 

Quanto aos prodígios, um foi presenciado por todo o convento. Certo dia uma noviça feriu-se trabalhando na horta, decepando um dedo do próprio pé com a pá que manuseava. Então, Catarina apanhou o dedo amputado, colocou no lugar, rezou com a noviça e o dedo voltou a se unir à pele. São célebres também as graças pelas conversões que ela conseguiu.
 

A fama de sua santidade se propagou ainda em vida entre os fiéis. Mas logo depois de sua morte no dia 09 de março de 1463, passou a ser chamada de santa por todos, pelos prodígios e graças que logo ocorreram no local de sua sepultura.

 

Tanto que dezoito dias depois, seu corpo foi exumado, para ser transladado e aí se constatou que ele estava incorrupto, maleável e exalando um doce perfume.
 

Desde então, ela não foi mais sepultada, foi colocada sentada numa cadeira, na capela ao lado do altar mor da igreja do convento Corpus Domini, em Bolonha.

 

E assim permanece até nossos dias, sem se deteriorar, apesar dos vários séculos transcorridos. O culto à Santa Catarina Vegri ou da Bolonha foi autorizado em 1712 pelo papa Clemente XI e o dia de sua morte escolhido para sua veneração litúrgica.