O Santo do Dia.
12 de Abril.
São Júlio I Papa
Século IV
O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Hoje, celebramos Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, e que dirigiu a Igreja de 337 a 352.
O Papa Júlio I é de origem romana, filho de um certo cidadão chamado Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa liberdade oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão da religião.
Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo, puritanismo na moral, e o arianismo, negando a divindade de Cristo.
Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja, batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do semi-arianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.
O papa Júlio I construiu várias igrejas em Roma: a dos Santos Apóstolos, a da Santíssima Maria de Trastévere, e três mandou construir nos cemitérios das vias Flavínia, Aurélia e Portuense, respectivamente as igrejas de São Valentim, de São Calisto e de São Félix. Cuidou da organização eclesiástica e da catequese catecumenal, ou seja, dos adultos e mais velhos.
Morreu em 352, após quinze anos de pontificado.
Foi sepultado no cemitério de Calepódio, na via Aurélia, numa igreja que ele também havia mandado edificar.
Sua veneração começou entre os fiéis a partir do século VII.
Suas relíquias, segundo a tradição, foram transladadas para a basílica de São Praxedes a pedido do papa Pascoal I.
O seu culto, que já fora autorizado, refloresceu em 1505, quando do seu translado para a basílica da Santíssima Maria de Trastévere, em Roma.
São José Moscati
1880-1927
José Moscati fazia parte de uma família ilustre e muito nobre. Seu pai, Francisco, era presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe, Rosa de Luca, pertencia à nobreza. Nasceu na cidade de Benevento, Itália, no dia 25 de julho de 1880, e foi batizado em casa num dia de festa, a de santo Inácio de Loyola.
Em 1884, seu pai foi promovido e mudou-se para Nápolis com a família. Lá, o pequeno José fez seu primeiro encontro com Jesus eucarístico, aos oito anos.
Naquele dia, foram lançadas as bases de sua vida eucarística, um dos segredos da sua santidade. Devoto de Maria Santíssima e da EUCARISTIA, com apenas dezessete anos obrigou-se ao voto de castidade perpétua. Ativo participante da vida paroquiana, assistia a missa e comungava diariamente. Sua generosidade e caridade eram dedicadas aos pobres e doentes, especialmente os incuráveis.
Quando seu irmão Alberto passou a sofrer de epilepsia, José passava várias horas cuidando dele. Foi então que decidiu seguir os estudos de medicina.
No ambiente universitário, Moscati destacou-se pelo cuidado e empenho e, em 1903, recebeu seu doutorado de medicina com uma tese brilhante. Desde então, a universidade, o hospital e a Igreja se tornaram um único campo para suas atividade.
Naquele ano, tornou-se médico do Hospital dos Incuráveis, onde logo ganhou admiração e o prestígio no domínio científico. Mas o luto atingiu Moscati, quando, em 1904, seu irmão Alberto morreu.
A reputação e a fama de Moscati como mestre e médico era indiscutível. Por isso foi nomeado, oficialmente, médico responsável da terceira ala masculina do Hospital dos Incuráveis pela administração do Hospital, justamente a ala daqueles doentes pelos quais ele se empenhava e trabalhava com afinco.
No dia 12 de abril de 1927, como de hábito, depois de ter assistido a missa e recebido Cristo na EUCARISTIA, foi para o hospital. Voltou para casa à tarde e, enquanto atendia os pacientes, sentiu-se mal e pouco depois morreu serenamente.
A notícia de sua morte espalhou-se imediatamente e a dor cobriu a cidade.
No dia 16 de novembro de 1975, o papa Paulo VI proclama José Moscati beato A devoção a Moscati vai aumentando cada dia mais. As graças obtidas por sua intercessão são muitas.
De 1° a 30 de outubro de 1987, em Roma, houve a VII Assembléia do Sínodo dos Bispos, cujo tema era: "Vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo, vinte anos após o Concílio Vaticano II".
José Moscati foi um leigo que cumpriu sua missão na Igreja e no mundo. No Sínodo, após longos exames, a Igreja comunicou que ele seria canonizado, como um homem de fé e caridade, que assistia e aliviava os sofrimentos dos incuráveis.
No dia 25 de outubro de 1987, na praça de São Pedro, em Roma, o papa João Paulo II colocou, oficialmente, José Moscati entre os santos da Igreja.
Sua festa litúrgica foi indicada para o dia 12 de abril.
Seu corpo repousa na igreja do Menino Jesus, em Nápolis, Itália
São Vítor de Braga, Mártir.
(+ Braga, Portugal, séc. IV)
Era jovem catecúmeno e ainda não recebera o batismo quando sofreu o martírio, porque se recusou a cultuar deuses pagãos. Foi açoitado, teve o corpo rasgado por lâminas em brasa e afinal foi decapitado, proclamando sempre, com ardor, sua fé em Jesus Cristo.