O Santo do Dia.
05 de Maio.
Santo Hilário de Arles,
Bispo e Confessor
(+ França, 449)
Embora nascido na Gália (França atual), sua família era de origem grega. Sucedeu a seu parente Santo Honorato no Bispado de Ardes.
Hilário de Arles foi um nobre e de origem pagã, nascido por volta do ano de 401 no norte da Gália. Foi um alto funcionário do governo e, tempos depois, foi convertido ao cristianismo pelo bispo Honorato de Arles (426-430), com quem tinha laços de parentesco. Tomou o hábito de monge e tornou-se recluso no Abadia de Lérins. Após a morte de Honorato, tornou-se bispo de Arles (430-449).
Fora ele o presidente do I Concílio de Orange, em 441, reunido para tratar do semipelagianismo, doutrina que se estendia pelas Gálias, entre outros assuntos. Como escritor, deixou a belíssima hagiografia de São Honorato.
Foi ele incumbido, juntamente com Germano de Auxerre, de coibir os abusos do clero em algumas províncias da Gália. O bispo Celidônio de Viena, acusado processualmente por ele de violação e homicídio, recorre à Roma e obtém o apoio de Leão I. Estando Hilário em Roma, apresenta as provas contra Celidônio ao papa, este as recusa e manda encarcerar Hilário de modo a fazê-lo justificar-se perante um concílio convocado para aquele fim. Hilário, consegue voltar à Gália e é excomungado pelo concílio.
Valentiniano III, levado pela decisão dos eclesiásticos, ordena então que o patrício Aécio, em campanha nas Gálias, levasse Hilário à prisão, acusado de trair os princípios pastorais da Igreja, expressos no concílio.
Pouco tempo depois os bispo provinciais de Viena, através de uma carta, reportam ao papa a eleição do Bispo de Ravênio de Arles (449-456 ou 461?), em substituição a Hilário. Logo após esse facto deu-se sua morte.
Santo Ângelo
1185-1220
Uma tradição muito antiga nos trás a luz sobre a vida de Ângelo.
Os registros indicam que ele nasceu em 1185, na cidade de Jerusalém, de pais judeus pela religião, chamados José e Maria, nomes muito comuns na região. E que eles se converteram após Nossa Senhora ter avisado Ângelo, durante as orações, que ele teria um irmão, o que lhes parecia impossível, porque seus pais eram idosos. Mas isso aconteceu. Emocionados, receberam o batismo junto com a criança, à qual deram o nome de João. Mais tarde, ele também vestiu o hábito carmelita.
Ângelo viveu em muitos conventos da Palestina e da Ásia Menor. Recebeu muitas graças do Senhor, sobretudo o dom da profecia e dos milagres, depois de viver cinco anos no monte Carmelo, mesmo lugar onde viveu o profeta Elias.
Entrou para a Ordem do Carmo quando tinha apenas dezoito anos e, em 1213, foi ordenado sacerdote.
Ainda segundo a tradição, Ângelo saiu do monte Carmelo com os primeiros carmelitas que foram para Roma a fim de obter do papa Honório III a aprovação da Regra do Carmelo, e depois imigraram para a Sicília.
Lá, ao visitar a basílica de São João, se encontrou com os sacerdotes, que se tornaram santos, Domingos de Gusmão e Francisco de Assis, instante em que previu e anunciou a sua morte como mártir de Jesus Cristo.
Dentre seus grandes feitos, o que mais se destaca é o trabalho de evangelização que manteve entre os hereges cátaros daquela cidade. A história narra que ele conseguiu converter até uma mulher que, antes disso, mantinha uma vida de pecados, até mesmo uma relação incestuosa com um rico senhor do lugar.
No dia 5 de maio de 1220, Ângelo fez sua última pregação na igreja de São Tiago de Licata, na Sicília. Nesse dia foi morto, vítima daquele rico homem, que não se conformou com o abandono e a conversão de sua amante, encomendando o assassinato.
Venerado pela população, logo uma igreja foi erguida no lugar de seu martírio, onde foi sepultado o seu corpo.
A Igreja canonizou o mártir santo Ângelo em 1498.
Somente em 1662 as suas relíquias foram transladadas para a igreja dos carmelitas. O seu culto se difundiu amplamente no meio dos fiéis e na Ordem do Carmo.
Santo Ângelo foi nomeado padroeiro de muitas localidades, inicialmente na Itália, depois em outras regiões da Europa. Sua veneração se mantém até os nossos dias, sendo invocado pelo povo e devotos nas situações de suas dificuldades.
Os primeiros padres carmelitas da América difundiram a sua devoção, construindo igrejas, nomeando as aldeias que se formavam, e expandiram o seu culto, que também chegou ao Brasil.