O Santo do Dia.

 

10 de Junho

 

> Novena ao Sagrado Coração de Jesus - 4° dia.

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Santa Olívia

Virgem e Mártir

(+ séc. IX)

 

Natural da Sicília, aos 13 anos de idade foi capturada pelos bárbaros vândalos, e por eles conduzida a Tunis, no norte da África. Amira, governador da cidade, fez tudo para seduzir a jovem, mas esta não quis renunciar à virgindade que oferecera a Nosso Senhor. Açoitada com crueldade, foi abandonada no deserto, para que as feras a devorassem.

 

Deus, porém, a preservou da morte. Sete anos ela passou isolada, em oração e recolhimento, até que alguns caçadores a encontraram. Convertidos por ela à Fé católica, foram martirizados em Tunis.

 

Outros seguiram o mesmo caminho e o governador Amira, conhecendo o fato, mandou prender Santa Olívia, que recebeu com alguns discípulos a gloriosa palma do martírio.

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Eduardo Poppe

Bem-aventurado
1890-1924

 

Eduardo João Maria Poppe nasceu na cidade de Temsche, na Bélgica, no dia 18 de dezembro de 1890. Era o terceiro dos onze filhos de uma modesta família de trabalhadores.
 

Sua educação religiosa começou no seio da própria família, muito cristã. Depois foi estudar no colégio dos Irmãos da Caridade, onde completou o ensino básico.
 

Aos quinze anos, entrou para o seminário de São Nicolau, na diocese de Gand, destacando-se como exemplo de caridade e piedade. Foi durante o serviço militar, prestado em 1910, que Eduardo percebeu sua vocação religiosa.

 

Aos vinte e dois anos, ele ingressou no Seminário Filosófico Leão XIII, de Louvain. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi convocado a servir o exército, servindo junto à Cruz Vermelha como enfermeiro, atendendo as ambulâncias que chegavam com os feridos.
 

Em 1915, foi transferido para Gand e, no ano seguinte, era ordenado sacerdote. Logo foi nomeado vigário da paróquia de Santa Colete, naquela diocese, iniciando seu ministério entre a população mais pobre, difundindo a devoção à eucaristia e à Virgem Maria.
 

Preocupado em preparar as crianças para a primeira comunhão, formou um grupo de jovens catequistas para dar ênfase à devoção eucarística. Logo esse trabalho tornou-se conhecido e instituído em outras paróquias da diocese. Assim, padre Eduardo elaborou e escreveu "O manual do catequista eucarístico", em 1917, idealizado segundo os decretos do papa são Pio X. Mas não criou apenas o "manual", ele instituiu a "Liga da Comunhão Freqüente", estendida aos operários também.
 

O seu apostolado foi interrompido em 1918, quando foi nomeado diretor do Convento das Irmãs de São Vicente de Paulo, em Moerzeke-lez-Termonde. Lá, continuou com sua preocupação em manter acesa a chama da fé cristã nos jovens catequistas, todos filhos de famílias socialistas e anti-clericais. Por isso publicou um semanário intitulado "Zonneland", que significa "País do Sol", direcionado à "Cruzada Eucarística Pio X" de toda a Bélgica.
 

Mais tarde, os problemas de saúde agravaram-se. Padre Eduardo convivia desde a infância com uma doença congênita no coração. Por tal motivo foi obrigado a viver numa poltrona. E foi nesse período que ele escreveu sua extensa e notável bibliografia catequética com ênfase na eucaristia. Dela se destacaram as obras: "Direção espiritual dos jovens", de 1920; "Salvemos os operários", de 1923; "Apostolado eucarístico paroquial", de 1923; "O amigo dos jovens" e "O método educativo eucarístico", ambas de 1924. Há outras publicadas depois de sua morte também.
 

Em 1921, o cardeal nomeou-o diretor espiritual do CIBI de Leopoldsburgo, reservado aos noviços que se destinavam ao serviço do altar. Lá também seu ministério floresceu.

 

Porém, aos trinta e quatro anos de idade, padre Eduardo Poppe morreu repentinamente, no dia 10 de junho de 1924, no Convento de Moerzeke-lez-Termonde, durante o período das férias.

 

A sua morte causou forte comoção popular e no meio do clero, sendo imediatamente venerado por sua santidade.

 

Ele foi beatificado, em 1999, pelo papa João Paulo II, que o nomeou "Pedagogo da Eucaristia".

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João Dominici

Bem-aventurado
1376-1419

 

João Dominici nasceu no ano 1355, em Florença, na Itália. De origem muito humilde, ele teve sérias dificuldades para estudar, além disso gaguejava.

 

Com forte vocação religiosa, tentou ingressar no convento dos dominicanos, mas foi recusado pela falta de qualificação intelectual e o fato de ser gago também pesou.
 

Apesar dessas desvantagens, João não desistiu: na segunda tentativa, aos dezessete anos, ingressou na Ordem Dominicana, no Convento de Santa Maria Novella. Surpreendeu a todos pelo caráter afável e generoso, pela inteligência e dedicação nos estudos, pelo destacado zelo às regras, às orações e pela austeridade de vida e duras penitências.
 

A única coisa que o entristecia era a dificuldade encontrada na pregação dos vigorosos sermões que escrevia, mas que, ao serem pronunciados, pareciam ridículos.

Em 1381, sua cura aconteceu, quando, prostrado e chorando, orou a santa Catarina de Siena, para que intercedesse por ele. E a santa de sua devoção o atendeu. Foi completar os estudos em Pisa e Paris, tornando-se um excelente teólogo e um eloqüente pregador.
 

Ao destacado ministério da Palavra uniu sua talentosa eficácia de escritor, cujas obras alcançaram um alto valor catequético e pedagógico. Tornou-se estreito colaborador de Raimundo da Cápua, agora bem-aventurado, provincial daquela região, que à época se dedicava a restaurar as regras da estrita observância, tanto assim que foi considerado um segundo fundador da Ordem Dominicana.

 

Esse provincial enviou João a Veneza, em 1394, para promover a reforma em todos os conventos e mosteiros.
 

Lá foi eleito prior do Convento de Santa Maria Novella e em seguida começou a obra da restauração da estrita observância, pelo Convento de São Domingos de Veneza. Depois, foi de convento em convento preparando o grande reflorescimento da santidade e do apostolado, como o fundador da Ordem dos Pregadores, são Domingos, havia projetado.
 

Fundou um convento feminino, chamado de Corpus Christi, e o Convento masculino de São Domingos de Fiesole, que foi celeiro de santos e de apóstolos, entre os quais se destacaram Antonino e Frà Angélico, ambos discípulos de João Dominici. Em 1406, ele foi nomeado, pelo papa Gregório XII, seu embaixador em Florença, que, dois anos depois, animado pelas virtudes de João, o consagrou arcebispo de Ragusa e cardeal do título de São Xisto.
 

Participou, entre 1414 e 1418, do Concílio de Constança, conseguindo, com sua influência e autoridade de confessor particular e conselheiro pessoal do papa Gregório XII, que este renunciasse, colocando um fim no cisma que iniciara na Igreja do Ocidente.
 

O novo papa, Martinho V, em 1418, nomeou-o delegado do seu governo para a Boêmia, Polônia e Hungria, onde novas heresias começavam a proliferar. Porém seu zeloso trabalho apostólico foi interrompido quando uma febre fulminante tolheu-lhe a vida, em 10 de junho de 1419, na cidade de Budapeste, na Hungria.
 

O papa Gregório XVI beatificou João Dominici em 1832, confirmando para o dia de sua morte o culto litúrgico.