O Santo do Dia.

 

2 de Setembro.

 

> Quaresma de São Miguel.

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Ingrid

Bem-aventurada
séc. XIII

 

Ingrid nasceu perto da metade do século XIII, na nobre família Elovsdotter, na Suécia. Cristãos fervorosos, os pais deram a ela e aos outros filhos uma educação digna dos fidalgos e no rigoroso seguimento de Cristo. A menina, desde os primeiros anos de vida, mostrou-se muito virtuosa, amável, caridosa e pia, surpreendendo a todos com seu cândido ideal religioso.
 

No início da adolescência, como era costume da época, teve de contrair um riquíssimo casamento. Mesmo contrariando sua vocação, ela aceitou tudo com humilde resignação, mas não deixou que o mundo de luxo, futilidades e poder contaminassem sua alma, apesar de ter de conviver nele. Continuou, serenamente, a cuidar das obras de caridade que fundara para os pobres e doentes abandonados, os quais atendia pessoalmente. Possuindo dons especiais de profecia e cura, gozava, entre a população, da fama de santidade.
 

Ingrid enviuvou pouco tempo depois. Assim, decidiu fazer uma longa peregrinação para a Terra Santa, acompanhada por sua irmã mais velha e algumas damas da corte. Ali seu amor ao Senhor Jesus aumentou ainda mais, alimentando o seu desejo de consagrar-se à vida religiosa. Da Palestina viajou para Roma, onde visitou os túmulos dos apóstolos e dos primeiros mártires e de lá foi para Santiago de Compostela, na Espanha, rezar junto às relíquias do apóstolo Tiago.
 

Só então Ingrid retornou para a Suécia. Logo depois, em 1281, seguindo seu confessor e orientador espiritual, padre dominicano Pedro de Dacia, e com a autorização do bispo e do rei, ela fez seus votos perpétuos e fundou um mosteiro, sob as Regras de são Domingos, em Skanninge, Suécia. Nele, junto com um grande número de jovens da corte, dedicou-se, totalmente, às orações contemplativas e à vida de rigorosa austeridade.
 

Morreu como priora, com fama de santidade, no dia 2 de setembro de 1282, no seu convento em Skanninge. Seu culto se espalhou depressa entre as populações vizinhas e difundiu-se entre os devotos.

 

O papa Alexandre VI confirmou o culto à bem-aventurada Ingrid e o dia de sua morte para sua celebração.

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São Guilherme

Bispo e Confessor

(+ Dinamarca, 1070)

 

Sensibilizado pela situação de abandono em que viviam os pagãos dinamarqueses, dedicou-se a evangelizá-los. Foi bispo de Roskilde.

 

Inglês, capelão do rei Canuto (994-1035), dinamarquês que conquistara o trono da Inglaterra, o santo fez com ele uma viagem à Dinamarca. Nessa viagem o monarca levou de seu país de origem muitos missionários. Entretanto Guilherme, impressionado com o lastimável estado de abandono em que estavam os pagãos locais, decidiu evangelizá-los, e lá permaneceu. Foi então eleito bispo de Roskilde, na Zeelândia, em 1044.

 

Numa véspera do Ano Novo, alguns nobres, tendo se embebedado, fizeram críticas ao rei Sweyn Estridsen, após o que se retiraram para uma igreja para assistir matinas. Os nobres, quando passou-lhes a bebedeira, não se deram conta de que, naqueles tempos ainda bárbaros, o que tinham feito teria sérias consequências. E foram tranquilamente assistir aos atos religiosos na igreja. Entretanto o rei, tendo sido informado do que se passara, enfureceu-se, e mandou seus guardas procurarem os nobres no templo, e assassinarem-nos sem piedade.

 

Na manhã seguinte Sweyn foi à mesma igreja para assistir missa. Foi então foi barrado pelo Santo, vestido com todos seus paramentos episcopais, que lhe vedou a entrada do templo sagrado, dizendo-lhe: “Afastai-vos, assassino!”.

 

Os cortesãos que acompanhavam o monarca imediatamente tiraram suas espadas para atingir o bispo. Mas este enfrentou-os declarando que estava pronto a morrer em defesa da Igreja. Entretanto o rei, envergonhado pela justa repreensão, retirou-se do templo. Mais tarde ele voltou, descalço e despido de suas vestes reais, para expressar sua profunda contrição, sendo então paternalmente recebido por São Guilherme. O rei fez então pública penitência por seu pecado, doando algumas terras à Igreja para ser de novo reconciliado com ela.

 

São Guilherme faleceu quando participava do funeral do rei, e foi canonizado em 21 de janeiro de 1224 pelo papa Honório III.