Quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá.
“Que as almas que buscam a perfeição glorifiquem de maneira especial a Minha Misericórdia, porque a liberalidade das graças que lhes concedo decorre da Minha Misericórdia. Desejo que essas almas se distingam por uma ilimitada confiança na Minha misericórdia. Eu mesmo Me ocupo com a santificação dessas almas: Eu lhes fornecerei tudo o que for necessário para a sua santidade. As graças da Minha Misericórdia colhem-se com um único vaso, - que é a confiança. Quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá. Grande consolo Me dão as almas de ilimitada confiança, porque, em almas assim derramo todos os tesouros das Minhas graças. Alegro-Me por pedirem muito, porque o Meu desejo é dar muito, muito mesmo. Fico triste, entretanto, quando as almas pedem pouco, quando estreitam os seus corações.” (Diário de Santa Faustina, 1578).
Ó Jesus dulcíssimo, que Vos dignastes permitir a mim, miserável, o conhecimento dessa Vossa insondável misericórdia; ó Jesus dulcíssimo, que tão amavelmente me pedistes que eu falasse ao mundo inteiro dessa Vossa inconcebível misericórdia, eis que tomo hoje nas minhas mãos os dois raios que jorraram do Vosso misericordioso Coração — isto é, o Sangue e a Água — e espalho-os por todo o globo terrestre, para que cada alma alcance a Vossa misericórdia e, recebendo-a, Vos glorifique por todos os séculos. Ó Jesus dulcíssimo, que Vos dignastes em Vossa inconcebível bondade unir o meu miserável coração com o Vosso misericordiosíssimo Coração, eis que glorifico a Deus nosso Pai com o Vosso próprio Coração, de tal maneira como nenhuma alma ainda O glorificou. (Diário de Santa Faustina N° 836)
Oh, como desejo ardentemente que toda alma glorifique a Vossa Misericórdia! Feliz a alma que clama pela Misericórdia do Senhor, pois experimentará o que disse o Senhor, que a defenderá como Sua glória, e quem ousará lutar contra Deus? Que todas as almas glorifiquem a misericórdia do Senhor pela confiança na Sua misericórdia, por toda a vida e especialmente na hora da morte. Nada temas, querida alma, quem quer que sejas. Quanto maior o pecador, tanto mais direito tem à Vossa misericórdia, ó Senhor. Ó Bondade inconcebível, Deus desce primeiro até o pecador. Ó Jesus, desejo glorificar a Vossa misericórdia por milhares de almas. Bem sei, meu Jesus, que é meu dever falar às almas sobre a Vossa bondade, sobre a Vossa inconcebível misericórdia. (Diário de Santa Faustina N°598)
† Quinta-feira. Quando comecei a hora santa, queria me concentrar na agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras. Então, ouvi na minha alma a voz: Medita sobre os mistérios da Encarnação. E, de repente, surgiu diante de mim o Menino Jesus, radiante de beleza. — Disse-me quanto agrada a Deus a simplicidade da alma. Embora a Minha grandeza seja inconcebível, convivo somente com os pequeninos — exijo de ti a infância espiritual. (Diário de Santa Faustina, 332).
Em determinado momento, quando vi Jesus em forma de uma criancinha, perguntei: “Jesus, por que agora conviveis comigo assumindo a forma de uma criancinha? Afinal, assim mesmo, eu reconheço em Vós o Deus inconcebível, meu Criador e Senhor”. — Jesus me respondeu que, enquanto eu não aprender a simplicidade e a humildade, conviverá comigo como uma criancinha. (Diário de Santa Faustina, 335).
Vejo agora claramente como Deus age através do confessor e como é fiel nas Suas promessas. Há duas semanas que o confessor manda que eu reflita sobre essa infância espiritual. No começo eu sentia uma certa dificuldade, mas o confessor, não levando em conta a minha dificuldade, ordenou que eu continuasse a meditar sobre essa infância espiritual. “Na prática, essa infância se manifesta da seguinte maneira: A criança não se preocupa com o passado nem com o futuro, mas aproveita o momento presente. Quero estimular na irmã essa infância espiritual e faço muita questão disso”. (Diário de Santa Faustina, 333).
O que mais me faz sofrer é quando me encontro com a falsidade. Agora Vos compreendo, Salvador meu, por terdes repreendido tão severamente os fariseus pela hipocrisia. Procedestes mais bondosamente com pecadores empedernidos, quando recorriam a Vós com contrição. (Diário de Santa Faustina, 1579).
Durante a Santa Missa, vi Jesus pregado na cruz. Ele disse: - Minha discípula, demonstra grande amor para com aqueles que te infligem sofrimentos, faz o bem àqueles que te odeiam. – Respondi: “O meu Mestre, estais vendo que não tenho sentimento de amor para com eles, e isso me preocupa.” - Jesus me respondeu: O sentimento nem sempre está em teu poder. Conhecerás que tens amor, se, depois de experimentar dissabores e contrariedades, não perderes a calma, mas rezares por aqueles que te fizeram sofrer e se lhes desejares o bem. (Diário de Santa Faustina, 1628).
Quando antes do retiro de oito dias fui falar com meu diretor espiritual e lhe pedi autorização para certas mortificações durante esse período — não recebi autorização para tudo o que pedi, mas apenas para algumas. Recebi autorização para uma hora de meditação sobre a Paixão de Nosso Senhor e para uma certa humilhação. Fiquei um pouco insatisfeita por não ter obtido licença para tudo o que tinha pedido. Quando voltamos para casa, entrei por um momento na capela, e então ouvi na alma a voz: Uma hora de reflexão sobre a Minha dolorosa Paixão tem maior mérito do que um ano inteiro de flagelação até o sangue; a reflexão sobre as Minhas dolorosas Chagas é muito proveitosa para ti, e a Mim causa uma grande alegria. Estou admirado que não renunciaste ainda plenamente à vontade própria, mas alegro-Me muito porque tal mudança se dará no retiro. (Diário de Santa Faustina, N° 369)
† Em determinado momento o Senhor me disse: Procede como um mendigo, que, quando recebe uma esmola maior, não a recusa, mas antes a agradece efusivamente; também tu, se te concedo graças maiores, não te escuses dizendo que és indigna delas. Eu sei disso; mas antes, fica feliz e alegra-te e tira tantos tesouros do Meu Coração, quantos puderes carregar, porque então Me agradas mais. E digo-te ainda uma coisa — extrai essas graças não apenas para ti, mas também para o próximo, isto é, encoraja as almas com as quais convives à confiança na Minha infinita misericórdia. Oh, quanto amo as almas que têm plena confiança em Mim — tudo farei por elas. (Diário de Santa Faustina, N°294)
Deves saber, filha Minha, que entre Mim e ti existe um abismo insondável, que separa o Criador da criatura, mas esse abismo será preenchido pela Minha Misericórdia. Elevo-te até Mim, não porque necessite de ti, mas, unicamente por misericórdia, concedo-te a graça da união. (Diário de Santa Faustina, 1576)
Diz às almas que não impeçam a entrada da Minha Misericórdia nos seus corações, pois Ela deseja tanto agir neles. A Minha misericórdia trabalha em todos os corações que lhe abrem as suas portas. E tanto o pecador como o justo necessitam da Minha misericórdia. A conversão e a perseverança são uma graça da Minha misericórdia". (Diário de Santa Faustina, 1577)
"Ó inconcebível bondade de Deus, que nos protegeis a cada passo, seja dada glória incessante à Vossa Misericórdia por não Vos terdes tornado irmãos dos anjos, mas dos homens; é um milagre do insondável mistério da Vossa Misericórdia. Toda a nossa confiança está em vós, Nosso irmão primogênito, Jesus cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. O meu coração estremece de alegria ao ver como Deus é bom para nós homens, tão miseráveis e ingratos; e, como prova do Seu amor, oferece-nos uma dádiva inconcebível, isto é, a Si mesmo, na Pessoa de Seu Filho. Esse mistério de amor nós não aprofundaremos pela eternidade Toda. Ó humanidade, por que pensas tão pouco, no fato de Deus se encontrar verdadeiramente entre nós? Ó Cordeiro de Deus, não sei o que primeiro admirar em Vós: se a Vossa mansidão, vida oculta, e aniquilamento pelo homem, ou se esse incessante milagre da Vossa Misericórdia que transforma as almas e as ressuscita para a vida eterna. Embora estejais tão escondido, a Vossa onipotência se revela aí mais que na criação do homem. E, embora o poder da Vossa Misericórdia, atue na justificação do pecador, a Vossa atuação é tão silenciosa, oculta." (Diário de Santa Faustina, 1584).
Hoje ouvi as palavras: No Antigo Testamento, Eu enviava Profetas ao Meu povo com ameaças. Hoje estou enviando-te a toda a humanidade com Minha Misericórdia. Não quero castigar a sofrida humanidade, mas desejo curá-la estreitando-a ao Meu Misericordioso Coração. Utilizo o castigo apenas quando eles mesmos Me obrigam a isso, e é com relutância que a Minha mão empunha a espada da justiça. Antes do dia da justiça estou enviando o dia da Misericórdia. Eu respondi: “Ó meu Jesus, falai Vós mesmo às almas, porque as minhas palavras são insignificantes”. (Diário de Santa Faustina, 1588).
... Mas Deus prometeu uma grande graça — especialmente a ti e a todos que proclamarem esta Minha grande Misericórdia. Eu mesmo os defenderei na hora da morte como a Minha glória. E ainda que os pecados da alma fossem negros como a noite, quando o pecador recorre à Minha Misericórdia, presta-Me a maior glória e é a honra da Minha Paixão. Quando a alma glorifica a Minha bondade, então satanás treme diante dela e foge até o fundo do inferno. (Diário da Irmã Faustina, N° 378)
Durante uma adoração Jesus me prometeu: As almas que recorrerem à Minha Misericórdia e aquelas que glorificarem e anunciarem aos outros a Minha grande Misericórdia, na hora da morte, Eu as tratarei de acordo com a Minha infinita Misericórdia. O Meu Coração sofre — disse Jesus — porque até as almas eleitas não compreendem como é grande a Minha Misericórdia. A convivência delas está imbuída de uma certa desconfiança. Oh, como isso fere Meu Coração! Lembrai-vos da Minha Paixão e, se não credes nas Minhas palavras, crede ao menos nas Minhas Chagas. (Diário da Irmã Faustina, N° 379)
Por tudo, a minha alma louva ao Senhor e glorifica a Sua misericórdia, porque Sua bondade não tem fim. Tudo passará, mas a Sua misericórdia é sem limites e sem fim e, embora a maldade chegue ao seu limite, na Misericórdia não há medida. Ó meu Deus, até nos castigos que infligis à terra eu reconheço o abismo da Vossa misericórdia, porque, castigando-nos aqui na terra, Vós nos livrais do castigo eterno. Alegrai-vos, todas as criaturas, porque estais mais próximas de Deus na Sua infinita misericórdia do que o bebê junto ao coração de sua mãe. Ó Deus, sois a própria compaixão, mesmo para os maiores pecadores, quando sinceramente fazem penitência! E, quanto maior o pecador, tanto maior direito tem à misericórdia de Deus. (Diário de Santa Faustina N° 423)
Em determinado momento, após a Comunhão ouvi estas palavras: Tu és Nossa morada. Nesse instante, senti na alma a presença da Santíssima Trindade — do Pai, do Filho e do Espírito Santo; sentia-me um santuário de Deus. Senti que sou filha do Pai; não sei explicar tudo, embora o espírito o compreenda bem. Ó Bondade infinita, como Vos rebaixais até à miserável criatura! (Diário de Santa Faustina N° 451)
Uma vez, o Senhor me disse: Minha filha, toma as graças que os homens desprezam, toma quantas conseguires carregar. Nesse momento minha alma foi inundada pelo amor de Deus. Senti que estava tão intimamente ligada ao Senhor que não posso encontrar palavras para definir bem essa união; além disso, senti que tudo que Deus tem, todos os bens e tesouros são meus, embora não me ocupe muito com eles, pois Ele me basta. Nele vejo tudo, fora Dele — nada. Não busco a felicidade fora do meu interior, no qual Deus habita. Alegro-me com Deus no meu próprio interior onde permaneço com Ele continuamente; onde está o meu convívio mais íntimo com Ele; onde permaneço com Ele em segurança; onde não me atinge o olhar humano. E a Virgem Santíssima me estimula a uma tal convivência com Deus. (Diário de Santa Faustina N° 454)
Ó meu Jesus, a Vossa bondade ultrapassa todo o entendimento e ninguém esgotará a Vossa Misericórdia. Só existe a perdição para a alma que quer se perder — porque a que deseja a salvação, para esta existe o mar inesgotável da Misericórdia do Senhor. E como pode um pequeno vaso conter em si o mar profundo? (Diário de Santa Faustina N° 631)