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Ângelus do Papa Bento XVI

 

EU SOU o Pão da vida.
(Jo 6,48)

 

12.08.2012 - Castel Gandolfo: Como habitualmente aos domingos (também neste período de Verão em Castelo Gandolfo), Bento XVI assomou, ao meio dia, à varanda da sua residência estiva, para rezar juntamente com os fieis ali congregados, a oração mariana do Angelus. O Papa teceu algumas reflexões sobre o sexto capítulo do Evangelho de São João que se tem vindo a apresentar na liturgia dominical e que nos coloca perante a questão do pão que sacia a fome física e o que sacia a fome espiritual.


Depois do milagre dos pães e dos peixes, Jesus dirigiu-se à multidão que tinha saciado, procurando fazer-lhe compreender o significado profundo desse milagre, predispondo-os ao anuncio de que Ele é o pão descido dos céus que sacia a fome de forma definitiva, mantendo-nos em vida para sempre.

 

“Ele é a comida que dá a vida eterna, porque é o Filho unigênito de Deu, que está no seio do Pai, vindo para dar ao homem a vida em abundância, para o introduzir na própria vida de Deus.”


Mas os israelitas não perceberam isso. Não conseguiram ir para além da origem terrena de Cristo e recusaram-se a acolhê-Lo como a Palavra de Deus feito carne. Comentando isto - disse o Papa – Santo Agostinho dizia que não sentiam a fome porque tinha a boca do coração doente, eram incapazes de sentir a fome de Deus.

 

E acrescentou Bento XVI: Somente quem é atraído por Deus Pai, quem o escuta e se deixa instruir por Ele, pode acreditar em Jesus, encontrá-Lo e nutrir-se d’Ele para ter a vida em plenitude, a vida eterna”


O Senhor - continuou o Papa citando Santo Agostinho - disse que era o Pão descido dos Céus e nos exortou a acreditar n’Ele. Com efeito, comer o Pão vivo, significa acreditar n’Ele.


Quem acredita come; de forma invisível é saciado, assim como de forma invisível renasce. Renasce interiormente, no seu intimo torna-se um homem novo”


O Papa concluiu invocando Nossa Senhora para que nos guie ao encontro com Jesus, para que a nossa amizade com Ele seja cada vez mais intensa, e nos introduza na plena comunhão de amor com o seu Filho, pão vivo descido dos céus, por forma a sermos renovados interiormente por Ele.


Depois da oração do Angelus, o Papa elevou o pensamento às populações asiáticas, pedindo orações e solidariedade para com eles. Ouçamos as suas palavras:


“O meu pensamento vai, neste momento, às populações asiáticas, de modo particular das Filipinas e da República Popular Chinesa, duramente atingidas por chuvas violentas, assim como também àquelas do Noroeste do Irã, atingidas por um violento terremoto. Estes eventos provocaram numerosas vítimas e feridos, milhares de deslocados e ingentes prejuízos. Convido-vos a unir-vos à minha oração para quantos perderam a vida e para todas as pessoas afetadas por tão devastadoras calamidades. Que não falte a esses irmãos a nossa solidariedade e o nosso apoio.”

 

Fonte: Rádio Vaticano.

 

        Veja também:

 

        > O Milagre Eucarístico de Lanciano.