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As formas da devoção à DIVINA MISERICÓRDIA
(Festa: 1º. Domingo após a Páscoa)

 

A devoção à Divina Misericórdia foi pedida por Jesus à Irmã Faustina Kowalska, na Polônia.

 

No seu significado original “devoção” quer dizer “dedicação”. No culto à Divina Misericórdia a palavra assume este sentido. Se tratássemos apenas de “práticas devocionais”, arriscaríamos a nos assemelhar à figueira do Evangelho (Mc 11, 21), cheias de folhas, mas sem frutos.

 

Não é, porém uma das tantas “devoções”: é antes de tudo aquela total dedicação que representa a síntese moral e ascética de todo Cristianismo, a qual fomos “consagrados” no dia do batismo. Nesse sentido, servirá para despertar em nós a consciência de devoção à Deus e ao próximo.

 

As formas dessa devoção, de extrema eficácia à salvação das almas, são:

 

> A Imagem,

 

À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguida para a bênção, e a outra tocava-lhe a túnica, sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. Em silêncio, eu contemplava o Senhor; a minha alma estava cheia de temor, mas também de grande alegria. Logo depois Jesus me disse: Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em vós. Desejo que esta imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois no mundo inteiro. (Diário, N°48)

 

"Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha própria glória". (Diário, 48)

 

"Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. O vaso é a Imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós". (Diário, 327)

 

“...Darei a conhecer aos Superiores, por meio das graças que concederei através dessa Imagem” (Diário, 51); 

 

“Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela” (Diário, 570).

 

“Hoje vi a glória de Deus que desce da Imagem” (Diário, 1789).

 

“Já há muitas almas atraídas ao Meu amor através da Imagem” (Diário, 1379).

 

“O valor da Imagem não está na beleza da tinta nem na habilidade do pintor, mas na Minha graça” (Diário, 313).

 

> A Festa (1º domingo depois da Páscoa),

 

Uma vez, quando o confessor mandou que eu perguntasse a Jesus o que significavam aqueles dois raios na imagem, respondi-lhe: "muito bem, perguntarei ao Senhor." Durante a oração ouvi estas palavras interiormente: os dois raios representam o sangue e a água: o raio pálido significa a água que justifica as almas; o raio vermelho significa o sangue que é a vida das almas... Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha Misericórdia, quando na cruz, Meu coração agonizante foi aberto pela lança. Estes raios defendem as almas da ira de Meu Pai. Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus. Desejo que o primeiro domingo depois da páscoa seja a Festa da Misericórdia. (Diário, 299)

 

Pede ao Meu servo fiel que, nesse dia, fale ao mundo inteiro desta Minha grande Misericórdia, que aquele que, nesse dia, se aproximar da fonte da vida, alcançará perdão total das culpas e penas. A humanidade não encontrará a paz enquanto não se voltar, com confiança, para a Minha Misericórdia. Oh! Como Me fere a incredulidade da alma! Essa alma confessa que Sou Santo e Justo e não crê que Sou Misericórdia, não acredita na Minha bondade. Até os demônios respeitam a Minha justiça, mas não creem na Minha bondade. Alegra-se o Meu Coração com esse titulo da Misericórdia. (Diário, 300)

 

...Estou muito admirada por me mandardes falar dessa Festa da Misericórdia, visto que uma festa assim — dizem-me — já existe. Então, por que tenho que falar disso?”. E Jesus me respondeu: Quem dos homens sabe dela? — Ninguém. E até aqueles que devem divulgar e ensinar os homens sobre a Misericórdia, eles mesmos, muitas vezes, não o sabem. Por isso desejo que esta Imagem seja solenemente abençoada no primeiro domingo depois da Páscoa e que receba veneração pública, para que toda alma possa saber disso. Faz uma novena na intenção do Santo Padre, a qual deve consistir em 33 atos, isto é, repetindo tantas vezes a oração à misericórdia que te ensinei. (Diário, 341)

 

Diz que a Misericórdia é o maior atributo de Deus. Todas as obras das Minhas mãos são coroadas pela Misericórdia. (Diário, 301)

 

> A Novena,

 

"Em cada dia da novena, conduzirás ao Meu coração um grupo diferente de almas, e as mergulharás no oceano da Minha Misericórdia. Eu conduzirei todas as almas à casa do Meu Pai... Por Minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da Minha Misericórdia. Cada dia pedirás a Meu Pai, pela Minha amarga Paixão, graças para essas almas." (Diário nº.1209)

 

> O Terço,

 

“Quem o recitar receberá grande Misericórdia na hora da morte” (687).

 

"Por ele [o Terço da Divina Misericórdia] conseguirás tudo, se o que pedires estiver de acordo com a Minha vontade" (Diário, 1731).

 

> A Hora da Misericórdia Divina (às três horas da tarde).

 

"Meu Coração está repleto de grande misericórdia para com as almas, e especialmente para com os pobres pecadores. Oh! se pudessem compreender que Eu Sou para eles o melhor Pai, que por eles jorrou do Meu Coração o Sangue e a Água como de uma fonte transbordante de Misericórdia”. (Diário, 367)

 

 

OS ELEMENTOS ESSENCIAIS DA DEVOÇÃO.

 

1. A CONFIANÇA.

 

“Desejo conceder graças inimagináveis às almas que confiam em minha misericórdia. Que se aproximem deste mar de misericórdia com grande confiança. Os pecadores obterão a justificação e os justos serão fortalecidos no bem. A quem depositar sua confiança em minha Misericórdia, Eu encherei sua alma com minha paz” (Diário de Santa Faustina N° 687).

 

"... As graças da Minha Misericórdia colhem-se com um único vaso — que é a confiança. Quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá. Grande consolo Me dão as almas de ilimitada confiança, porque em almas assim derramo todos os tesouros das Minhas graças..." (Diário de Santa Faustina N° 1578).

 

"... Eu mesmo faço-Me dependente da tua confiança;... (Diário de Santa Faustina N° 548).

 

"... Quanta dor Me causa a falta de confiança em Minha bondade. Os pecados que Me ferem mais dolorosamente são os de desconfiança. (Diário de Santa Faustina N° 1076).

 

2. AS OBRAS DE MISERICÓRDIA.

 

Minha filha, se por teu intermédio peço aos homens devoção à Minha misericórdia, deves ser a primeira a distinguir-te pela tua confiança nela. Exijo de ti atos de misericórdia que devem decorrer do amor para Comigo. Deves mostrar-te misericordiosa com os outros sempre e em qualquer lugar. Tu não podes te omitir, desculpar-te ou justificar-te.

 

Eu te indico três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo: a primeira — a ação, a segunda — a palavra e a terceira — a oração. Nesses três graus repousa a plenitude da misericórdia, pois constituem uma prova irrefutável do amor por Mim. É desse modo que a alma glorifica e honra a Minha misericórdia.

 

Sim, o primeiro domingo depois da Páscoa é a Festa da Misericórdia, mas deve haver também a ação, e estou exigindo o culto à Minha misericórdia pela solene celebração dessa Festa e pela veneração da Imagem que foi pintada. Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas. Ela deve lembrar as exigências da Minha misericórdia, porque mesmo a fé mais forte de nada serve sem as obras. Ó meu Jesus, Vós mesmo me ajudai em tudo, porque vedes como sou pequenina. Conto unicamente com a Vossa bondade, ó Deus. (Diário de Santa Faustina N° 1076).

 

Jesus: Sei, Minha filha, que as compreendes e fazes tudo que está ao teu alcance, mas escreve-o para muitas almas que por vezes se preocupam por não possuírem bens materiais, para com eles praticar a misericórdia. A misericórdia do espírito, porém, tem um mérito muito maior, e para ela não é preciso ter nem autorização nem depósito, porque é acessível a todos. Se a alma não praticar a misericórdia de um ou de outro modo, não alcançará a Minha misericórdia no dia do Juízo. Oh, se as almas soubessem armazenar os tesouros eternos, não seriam julgadas — prevenindo o Meu julgamento com obras de misericórdia. (Diário de Santa Faustina N° 1317).