Os Sinais do Apocalipse.

 

Diz a Sagrada Escritura:

 

- "Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações." (Mt. 24, 9)

- "E sereis odiados de todos por causa de meu nome." (Lc. 21,17) (Mc. 13,13)

 

No que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos, não vos deixeis facilmente perturbar o espírito e alarmar-vos, nem por alguma pretensa revelação nem por palavra ou carta tidas como procedentes de nós e que vos afirmassem estar iminente o dia do Senhor. Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus. (2Tes 2, 1-5)

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28 de junho de 2005: o bispo de Xangai, Aloysius Jin Luxian,
consagra seu auxiliar Joseph Xing Wenzhi.
A primeira ordenação episcopal ocorrida na Igreja na China sob o pontificado de Bento XVI.

 

China: candidato a ordenação episcopal legítima é detido

 

01.07.2011 - E sacerdote fiel a Pequim é ordenado bispo sem aprovação do Papa.

 

HONG KONG – A detenção de um sacerdote fiel a Roma, neste domingo, 26 de junho, impediu sua ordenação episcopal, acordada pelo Vaticano e por Pequim para o dia 29 de junho – dia em que precisamente foi ordenado um bispo fiel à Associação Católica Patriótica Chinesa, sem a aprovação da Santa Sé.

 

O sacerdote detido, que ainda se encontra em paradeiro desconhecido, Joseph Sun Jigen, se tornaria, nesta quarta-feira, bispo coadjutor de Handan (Hebei), no norte da China.

 

Mas este bispo eleito, de 43 anos, foi detido pela polícia três dias antes da sua consagração episcopal, justamente quando havia finalizado um retiro espiritual de cinco dias, segundo informou a agência AsiaNews.

 

Sua ordenação episcopal havia sido aprovada pela Santa Sé e reconhecida pelo governo chinês.

 

Nos últimos dias, representantes diocesanos haviam estado negociando com oficiais das autoridades locais e provinciais sobre a organização da ordenação episcopal, mas não conseguiram chegar a um acordo.

 

Neste difícil contexto, o bispo de Handan, que ordenaria o sacerdote detido e que já tem 89 anos, sofreu um ataque ao coração e teve de ser hospitalizado em Weixian, em Hebei.

 

Enquanto isso, no mesmo dia em que se celebraria esta cerimônia, foi realizada, na igreja de Nossa Senhora do Rosário, da cidade de Emeishan (província de Sichuan), a ordenação do bispo de Leshan, Paul Lei Shiyin.

 

A consagração episcopal foi celebrada por decisão da Associação Católica Patriótica Chinesa e sem a aprovação da Santa Sé.

 

Segundo o Vatican Insider, o bispo Lei é vice-presidente da associação chinesa de católicos patriotas e deputado da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, um importante órgão assessor do governo. Tem um filho, fruto da relação com uma mulher.

 

Na mesma quarta-feira, 29 de junho, à noite, cerca de 100 católicos, encabeçados pelo bispo emérito de Hong Kong, cardeal Joseph Zen, levaram a cabo um protesto no exterior do escritório do governo central da China na cidade.

 

Condenavam o trato inumano do regime comunista ao clero e pediam a libertação dos membros da Igreja que foram detidos.

 

Os manifestantes carregavam cartazes, faixas, uma grande cruz e cantavam hinos. Também colocaram faixas amarelas – cada uma delas com o nome de um clérigo desaparecido ou detido – e depositaram uma carta na porta do escritório.

Instaram o governo a investigar os casos de sacerdotes torturados e exigiram desculpas e compensações.

 

Um porta-voz deste grupo, Patrick Poon, declarou que os católicos de Hong Kong se viram “forçados a sair às ruas” porque “os direitos humanos, em concreto a liberdade religiosa dos católicos chineses, foram gravemente violados, chegando-se a uma situação intolerável”.

 

Poon se referiu à “triste e lamentável ordenação ilícita” realizada em Leshan e mencionou a ordenação legítima cuja celebração estava prevista em Handan, mas que teve de ser cancelada.

 

“A obstinação do governo chinês de continuar as ordenações ilícitas é uma grave mostra de falta de respeito à Igreja e cria divisão e dor”, acrescentou.

 

Os manifestantes católicos celebraram depois uma Missa presidida pelo cardeal Zen, em uma capela próxima, com a liturgia da solenidade dos santos Pedro e Paulo e orações pelos que sofrem e são perseguidos na China.

 

Fonte: www.zenit.org

 

 

> Oração a Nossa Senhora de Sheshan - Para a Igreja na China.

 

 

A China.

 

A China é o terceiro maior país do mundo e possui a maior população do planeta. Além disso, as maiores altitudes do globo encontram-se em seu território. A maior parte da população chinesa vive na região leste, concentrada principalmente em 42 grandes cidades, todas com mais de um milhão de habitantes.

População

A cada ano, nascem aproximadamente 16 milhões de pessoas na China.

Os chineses se comunicam em mais de 600 dialetos e se dividem em quase 200 grupos étnicos, dos quais 55 são oficialmente reconhecidos.

Mais de 90% da população é alfabetizada. Embora a China seja uma das economias que mais crescem no mundo, 130 milhões de chineses estão abaixo da linha de pobreza, e a renda per capita anual é inferior a US$ 500.

A população chinesa atual tem sido formada por uma geração mais jovem que não conheceu a Revolução Cultural, e também por uma população rural cada vez mais descontente.

As vítimas de exploração e abuso do poder têm se tornado mais conscientes dos seus direitos, tanto humanos como legais. Além dessas coisas, o aumento de desastres naturais e ocupacionais também preocupa o governo.

Mais da metade dos chineses dizem não ter religião. Da outra metade, 36,6% professam crenças locais e o budismo. Os cristãos são estimados em 11% aproximadamente.

História

A história da China remonta a 22 séculos antes de Cristo e o povo chinês orgulha-se de pertencer a uma das mais antigas civilizações do mundo.

O nome "China" surgiu na dinastia Qin (221-206 a.C.), quando Qin Shi Huang era imperador, e significa "Reino do Meio", pois os antigos chineses se consideravam o centro do mundo.

Uma sucessão de dinastias governou o país até 1911, quando o médico Sun Yat-sen derruba a dinastia que detinha o poder e é proclamado presidente.

Na década de 1920, Chiang Kai-shek, do Partido Nacionalista, chega ao poder. No entanto, o Partido Comunista, fundado em 1921, entra em luta contra o partido de Chiang pelo controle do país. Por um breve período, as duas facções promovem uma aliança para combater a invasão japonesa, mas retomam o conflito após a rendição do Japão na II Guerra Mundial.

Mao Tsé-tung e os comunistas alcançam a vitória em 1949, enquanto o Partido Nacionalista, de Chiang, batia em retirada para Taiwan. Ambos os partidos, porém, ainda reclamam a soberania sobre toda a China.

Governo

Embora oficialmente a China tenha um governo comunista, na prática, ela é governada por homens e não por sistemas ou leis. Aqueles no poder anseiam por estabilidade acima de tudo e esmagam impiedosamente qualquer um que julguem ser uma ameaça.

O Partido Comunista mudou de forma significativa desde os dias de Mao. Durante o mandato de Deng Xiaoping, sucessor de Mao, as portas da China se abriram novamente para o resto do mundo e, desde então, o comércio exterior com países ocidentais tem sido encorajado.

Hoje, a ideologia comunista permanece firme, porém, economicamente, o capitalismo é a ordem do dia. Depois de quase cinco anos na direção, Hu Jintao é cada vez mais considerado socialista, e não o liberal que reformaria a política, a economia e a sociedade, como o mundo esperava. No entanto, ele continua mostrando que se interessa pelas mesmas coisas que o povo. Fez isso ao declarar guerra contra a corrupção e a disparidade econômica entre os ricos nas cidades e os pobres na zona rural.

Uma forma do socialismo progressivo está sendo implementada, mas os chineses não o chamam democracia; em vez disso é chamado de "socialismo com características chinesas".

Efeito das Olimpíadas

O presidente Hu Jintao prometeu ao mundo que a liberdade dada à mídia durante os Jogos Olímpicos continuaria. Isso é verdade para a mídia internacional, não para a local.

Como os meios de comunicação estatais são vistos como ferramenta para propagar o nacionalismo, uma autocensura verifica se eles deixaram de promover uma "sociedade pacífica e harmoniosa", conforme requer a política estatal.

O acesso doméstico à internet para os 253 milhões de usuários chineses continua controlado - como durante os Jogos Olímpicos - tendo em vista a "segurança da pátria" e a "purificação do espaço virtual".

 

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A Igreja

Nestorianos, cristãos da Igreja do Oriente, vieram da Pérsia para a China, pela Rota da Seda. Eles foram os primeiros a apresentar o cristianismo à Dinastia Tang, em 635.

A década de 1950 viu o advento do Movimento Patriótico das Três Autonomias (MPTA), a fim de controlar a Igreja. Os missionários estrangeiros continuaram a sofrer perseguição até saírem completamente da China em 1952. Muitos líderes cristãos chineses foram enviados a prisão ou campos de trabalho, destinados a executar tarefas humilhantes e degradantes.

A Igreja chinesa é uma das que crescem mais rapidamente no mundo. Hoje, aproximadamente 80 milhões de protestantes e católicos formam a Igreja deste país de 1,3 bilhões de habitantes. Enquanto não há dados quanto ao crescimento das igrejas não-registradas, o número de congregações de igrejas protestantes registradas aumenta entre 500 a 600 mil a cada ano. O número de reuniões dos fieis ultrapassa a marca dos 15 milhões, e eles se reúnem em mais de 50 mil igrejas e outros lugares de culto.

A vida da Igreja é marcada por um paradoxo: embora seja rica, vibrante, permeada de renovação e cresça em ritmo acelerado, ao mesmo tempo é perseguida e extremamente carente de recursos e treinamento.

Estima-se que 50 milhões de cristãos chineses ainda esperam por sua primeira Bíblia e, sem a posse de sua própria cópia das Escrituras, muitos são presas fáceis de heresias e falsos ensinamentos. Não falta entusiasmo aos evangelistas, mas a maioria é mal treinada e pouco equipada. Além disso, há conflitos entre os líderes cristãos. Acredita-se que atualmente a pior tentação enfrentada pela Igreja chinesa seja o materialismo, particularmente dentro do contexto da explosão econômica do país.

 

 

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Fiéis em oração do lado de fora da igreja católica Xishiku, em Pequim.


A perseguição.

Teoricamente, os cristãos chineses têm direito à liberdade religiosa, mas o espaço para evangelização é limitado. Os cristãos não podem se reunir em templos não-registrados e tampouco evangelizar publicamente.

Os cristãos não são os únicos a ser perseguidos. Em alguns casos, muçulmanos e budistas têm recebido o mesmo tratamento rigoroso dado aos cristãos e é comum que muitas seitas ou grupos religiosos de menor expressão sejam extintos.

O objetivo principal do governo é manter a estabilidade e o poder. Esta é a principal motivação que está por trás do controle populacional, da reforma econômica e da política religiosa chinesa, que consiste em domínio e opressão.

O Movimento Patriótico das Três Autonomias (MPTA), também conhecido como Igreja dos Três Poderes, é a Igreja oficial, controlada pelo Partido Comunista. As igrejas não-registradas recebem ataques esporádicos do governo. A perseguição depende principalmente do grau de perigo que o governo enxerga em cada grupo religioso.

A perseguição ao cristianismo abrange desde multas e confisco de Bíblias até destruição de templos. Evangelistas são detidos, interrogados, aprisionados e torturados. Além da perseguição governamental, as tentativas de evangelizar muçulmanos no extremo noroeste do território chinês têm enfrentado resistência e alguns ataques.

As leis religiosas que entraram em vigor em 1º de março de 2005 aumentaram a pressão sobre grupos não-registrados, exigindo que se legalizassem ou se preparassem para sofrer as consequências. Além disso, em vez de facilitar o registro, novas emendas dificultaram o processo.

As Olimpíadas 2008 afetaram, de certo modo, o modo de o governo lidar com a Igreja. As medidas de segurança introduzidas nessa época foram tão bem-sucedidas que o governo pode decidir-se por continuar a utilizá-las por tempo indeterminado.

Nesse período, a repressão a reuniões de igreja não-oficiais e aos seus líderes aumentou em muitas províncias, bem como o número de relatos de estrangeiros sendo detidos ou deportados.

O ano de 2008 foi marcado por detenções em massa de membros de igreja e processos contra pastores.

Shi  Weihan , comerciante cristão preso em maio, ainda aguarda seu julgamento. Enquanto isso, Weihan está preso.

Dois cristãos da etnia uigur foram presos e estão sendo julgados sob falsa acusação de trair o país.

O pastor Zhang  Mingxuan foi preso diversas vezes por forças do Comitê de Segurança Pública em ocasiões antes e depois dos Jogos Olímpicos, a fim de impedi-lo de ter contato com a imprensa estrangeira. Sua família também foi oprimida: seu filho foi brutalmente agredido e, enquanto o pastor estava ausente de casa, sua esposa foi despejada.

Na província de Zhejiang, mais de 400 universitários cristãos foram detidos e interrogados em uma única operação policial. Nas províncias de Shandong e Henan, cem cristãos foram presos, sem acusações.

Outro caso ainda em andamento é o do pastor Zhang Rongliang, da Igreja não-oficial. O veredicto foi dado no dia 29 de junho de 2005. Rongliang é um líder chave do "China para Cristo".

Ele foi detido pela polícia de Henan, sem acusações, no dia 1º de dezembro de 2004.  Apenas um mês depois ele foi acusado de "obter passaporte através de fraude" e de "travessia ilegal de fronteira". As autoridades chinesas sempre negam passaportes a líderes famosos de igrejas não-registradas.

Rongliang já foi detido cinco vezes e passou um total de 12 anos na prisão por suas atividades religiosas. Ele também foi o co-autor de uma "Confissão de Fé" da Igreja não-oficial, escrita em 1999, para pedir clemência a uma ampla opressão do governo a movimentos de "seitas". Depois de sua prisão, as autoridades confiscaram DVDs cristãos e outros materiais em sua casa que estariam ligados a cristãos estrangeiros. Ter contato com religiosos estrangeiros pode ser uma atividade ilegal na China.

O Pastor Rongliang sofre de cinco doenças crônicas, incluindo pressão alta e diabetes, confirmadas em um diagnóstico oficial em 2005. Após ter sido transferido diversas vezes de várias prisões, por causa de suas enfermidades, ele está na prisão em Kaifeng.

Em 2006, ele sofreu um derrame e o supervisor da prisão, que gostava muito dele, o enviou imediatamente para o hospital para que fosse submetido a tratamento. Ele melhorou, mas ainda sente dormência nos dedos de uma das mãos e em um pé. Sua esposa pode visitá-lo duas vezes por mês. Ele tem pregado o evangelho na prisão e batizado novos convertidos, além de ministrar a Santa Ceia dentro da prisão.

Criminosos perigosos estão entre seus companheiros. Um deles, que fora um assassino, foi completamente transformado depois de receber as boas-novas. O homem escreveu à mãe para dizer: "Mãe, quando eu morrer no pelotão de fuzilamento, irei à sua frente e a esperarei no céu. Você precisa aceitar a Jesus como seu Salvador, da mesma maneira que eu aceitei; então poderemos nos encontrar de novo".

Motivos de Oração.

1. Louve a Deus pelo assombroso crescimento da Igreja. Ore para que a perseguição seja atenuada, para que materiais de treinamento sejam desenvolvidos e para que as Bíblias tornem-se cada vez mais acessíveis, impedindo assim o avanço de heresias.

2. Os líderes cristãos chineses sofrem muito pelo evangelho. Ore pelos milhares de evangelistas e pastores chineses que enfrentam noites de insônia, separação de suas famílias, reuniões secretas e risco de prisão a fim de pastorear seus rebanhos. Muitos têm treinamento insuficiente e poucos recursos, mas ainda assim viajam constantemente para compartilhar o que sabem.

3. O crescimento econômico chinês é visto como um grande desafio para a Igreja. Os cristãos chineses julgam que a perseguição é uma bênção. A principal preocupação dos pastores é o efeito que o materialismo decorrente da crescente economia chinesa pode provocar nos cristãos.

4. Muitos pastores têm sido enviados a campos de trabalho. A comida é ruim e o trabalho é muito pesado, porém muitos são capazes de pregar e formar igrejas dentro dos campos. Alguns o fazem de forma tão eficiente que são até confinados na solitária para evitar que preguem o evangelho.

5. A Igreja sofre com a grande falta de unidade. Muitos líderes das igrejas registradas e das não-registradas têm medo e desconfiança entre si. Alguns acusam o Movimento Patriótico das Três Autonomias de traição, enquanto seus líderes acreditam que as igrejas não-registradas estão em pecado por agir contra o governo. Ore para que estas divisões entre os líderes sejam eliminadas e haja reconciliação entre eles.

6. A China sofre com a falta de recursos para a evangelização. Louve a Deus pelas muitas ferramentas de evangelismo que são levadas ao país todos os anos. Materiais impressos e vídeos resultam em inúmeros novos convertidos por cópia distribuída. Ore para que a quantidade de materiais levados ao país aumente

Fontes:

- Report on International Religious Freedom

- Portas Abertas Internacional

 

> Oração a Nossa Senhora de Sheshan - Para a Igreja na China.