Papa Bento XVI 203.PNG

A Catequese do Papa Bento XVI

 

17.02.2010: A conversão não deve ser entendida como um simples ajustamento na nossa vida, mas como uma autêntica inversão de marcha.

 

«Conversão é caminhar contra-corrente», entendendo «corrente» como um “estilo de vida superficial, incoerente e ilusório, que muitas vezes nos arrasta, nos domina e nos torna escravos do mal, ou, em todo o caso, prisioneiros da mediocridade moral”. Palavras de Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, inteiramente dedicada à Quaresma, que agora inicia com o rito da imposição das Cinzas.

 

“A conversão a que somos chamados não deve ser entendida como um simples ajustamento na nossa vida, mas como uma autêntica inversão de marcha. Converter-se significa precisamente ir em contra-corrente. Converter-se significa mudar direção no caminho da vida : não um pequeno ajustamento, mas uma autêntica inversão de marcha.”


Comentando o rito da imposição das cinzas, Bento XVI observou que a primeira fórmulas prevista pela liturgia – «Convertei-vos e acreditai no Evangelho» exprime uma única atitude fundamental : «converter-se e acreditar no Evangelho não são realidades distintas» entre si. A outra fórmula «Lembra-te, homem, que és pó e em pó te hás-de tornar» recorda-nos as nossas fragilidades, incluindo a maior de todas, a morte. Mas se é verdade que não somos mais do que pó – acrescentou o Papa – é também verdade que este nosso pó é precioso aos olhos de Deus, que fez da nossa morte, partilhada por Jesus Cristo, o caminho da ressurreição gloriosa».


Não faltou, também nesta audiência, uma breve intervenção do Papa em língua portuguesa com uma saudação a um grupo de fiéis do Patriarcado de Lisboa:


“Queridos irmãos e irmãs,


Hoje tem início o caminho da quaresma que nos conduzirá à alegria da Páscoa do Senhor. Recebendo as cinzas sobre a cabeça, renovamos o nosso compromisso de seguir Jesus, de nos deixarmos transformar pelo seu mistério pascal para vencer o mal e fazer o bem, para morrer para o nosso «homem velho» ligado ao pecado e fazer nascer o «homem novo» transformado pela graça de Deus.

 

Fonte: Radio Vaticana.