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O Sacramento do Perdão.

 

Em diversas passagens do Diário de Santa Faustina, JESUS insiste sobre do sacramento da confissão individual junto ao Sacerdote e a ação da Misericórdia de Deus. Com a recusa da confissão, hoje, muitas pessoas jogam fora a própria eternidade. Lê-se no Diário da Irmã Faustina estas palavras de JESUS:

 

“Diz às almas onde devem procurar consolos, isto é, no tribunal da misericórdia onde continuo a realizar os meus maiores prodígios que se renovam sem cessar. Para obtê-los, não é necessário empreender longas peregrinações nem realizar exteriormente grandes cerimônias, mas basta se aproximar com fé dos pés do meu representante e confessar-lhe a própria miséria. O milagre da misericórdia de Deus se manifestará em toda a plenitude. Ainda que a alma esteja em decomposição como um cadáver, e ainda que, humanamente, já não haja possibilidade de restauração, e tudo já esteja perdido, Deus não vê as coisas dessa maneira. O milagre da misericórdia de Deus fará ressurgir aquela alma para uma vida plena. Ó infelizes, que não aproveitais esse milagre de misericórdia de Deus! Clamareis em vão, pois já será tarde demais” (Diário, N° 1448)

 

Em outra passagem Jesus diz:

 

Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande Misericórdia para com as almas pecadoras. Que o pecador não tenha medo de se aproximar de Mim. Queimam-Me as chamas da Misericórdia; quero derramá-las sobre as almas. Jesus queixou-se diante de mim com estas palavras: A falta de confiança das almas dilacera-me as entranhas. Dói-Me ainda mais a desconfiança da alma escolhida. Apesar do Meu amor inesgotável não acreditam em Mim, mesmo a Minha morte não lhes é suficiente. Ai da alma que dele abusar! (Diário, N° 50)

 

Filha, quando te aproximas da Santa Confissão, dessa fonte da Minha misericórdia, sempre desce na tua alma o Meu Sangue e a Água que saíram do Meu Coração e enobrecem a tua alma. Cada vez que te aproximares da Santa Confissão, mergulha toda na Minha misericórdia com grande confiança, para que Ela possa derramar na tua alma a abundância da Minha graça. Quando te aproximas da Santa Confissão, deves saber que sou Eu mesmo quem espera por ti no confessionário; oculto-Me apenas no sacerdote, mas Eu mesmo atuo na alma. Aí, a miséria da almas se encontra com o Deus da Misericórdia. Diz às almas que dessa fonte da misericórdia as graças são colhidas apenas com o vaso da confiança. Se a confiança delas for grande a Minha generosidade não tem limites. As torrentes da Minha graça inundam as almas humildes. Os orgulhosos sempre estão na pobreza e miséria, portanto a Minha graça se afasta deles para as almas humildes. (Diário, N° 1602.)

 

Quando eu estava pedindo perdão a Nosso Senhor por um determinado ato meu, que em seguida revelou-se imperfeito, JESUS tranquilizou-me com estas palavras: Minha filha, Eu te recompenso pela pureza de intenção que tinhas no momento de agir. Alegrou- se o Meu coração, porque no momento de agir tinhas em conta o Meu amor, isso de modo muito evidente. E ainda agora tens proveito disso, que é a humilhação. Sim, Minha filha, desejo que tenhas sempre uma tão grande pureza de intenção nos teus mínimos propósitos. (Diário N° 1566)

 

"Hoje fui me confessar com o Frei An. Procedi como Jesus desejava. Depois da Santa confissão, uma profunda luz inundou a minha alma. Então ouvi uma voz: Porque és criança , ficarás sempre junto do Meu Coração. Agrada- me mais a tua simplicidade do que as mortificações." (Diário N°, 1617).

 

Hoje, novamente instruiu-me o Senhor como devo aproximar-me do sacramento da penitência: - Minha filha, da mesma forma que te preparas na Minha presença, assim também te confessas diante de Mim; apenas me oculto atrás do sacerdote. Nunca investigues como é o sacerdote atrás do qual Me ocultei, e te desvenda na confissão, como diante de Mim, e encherei a tua alma da Minha luz. (Diário de Santa Faustina nº 1725)

 

Escreve, Minha filha, que Sou a própria Misericórdia para a alma contrita. A maior miséria da alma não Me inflama de ira, mas o Meu Coração se comove por ela com grande Misericórdia. (Diário de Santa Faustina nº 1739)

 

Uma forte tentação. O Senhor me deu a conhecer como Lhe é agradável o coração puro, e com isso foi-me concedido um conhecimento mais profundo da minha miséria. Mas, quando comecei a me preparar para a santa confissão, fui acometida por fortes tentações contra os confessores. Eu não via o demônio, mas sentia-o, e a sua terrível ira. - "Sim, trata-se de um simples homem". - "Mas não é um simples homem, porque tem o poder de Deus". - "Sim, confessar os pecados não é difícil, mas desvendar os mais secretos recônditos do coração, prestar contas da ação da graça de Deus, falar de tudo quanto Deus exige, tudo isso que ocorre entre mim e Deus  - falar isso a um homem, isso supera as forças da gente". E sentia que estava lutando com poderes, e exclamei : " Ó Cristo, Vós e o sacerdote sois o mesmo; eu me aproximarei do confessor como de Vós, não como de um homem". Quando me aproximei do confessionário, primeiramente desvendei as minhas dificuldades. O sacerdote disse que eu não podia ter feito melhor do que confessar em primeiro lugar essas difíceis tentações. Depois da confissão todas elas sumiram, e a minha alma sentia-se em paz." (Diário de Santa Faustina nº 1715)

 

E novamente quero recomendar três coisas à alma que deseje decididamente buscar a santidade e dar fruto, ou seja, tirar proveito da confissão. Em primeiro lugar, total sinceridade e abertura. O mais santo e mais sábio confessor não consegue à força derramar na alma aquilo que deseja, se a alma não for sincera e aberta. A alma insincera, reticente, expõe-se a grandes perigos na vida espiritual e o próprio Senhor não se comunica a essa alma num nível mais elevado, porque sabe que ela não tiraria proveito dessas graças especiais. Segundo: humildade. A alma não tira o devido proveito do sacramento da confissão se não é humilde. O orgulho mantém a alma nas trevas. Ela não sabe e não quer descer devidamente ao profundo da sua miséria; esconde-se atrás de uma máscara evitando tudo que a possa curar. Terceiro: obediência. A alma desobediente não obterá nenhuma vitória, ainda que o próprio Nosso Senhor a ouvisse diretamente em confissão. O mais experiente confessor em nada poderá ajudar a uma alma de tal natureza. A alma desobediente se expõe a grandes desgraças; não progredirá na perfeição, nem na vida espiritual. Deus cumula generosamente a alma de graças, mas somente se ela for obediente. (Diário de Santa Faustina Nº 113)

 

† Alguns dos meus pensamentos.

 

No que diz respeito à santa confissão — escolherei o que mais me humilha e o que mais me custa. Muitas vezes uma pequena coisa custa mais do que algo de grande. Antes de cada confissão, vou me lembrar da Paixão de Nosso Senhor e, com isso, despertarei o arrependimento do coração. Tanto quanto me for possível, com a graça de Deus, vou me exercitar sempre na contrição perfeita. A esse arrependimento dedicarei um pouco mais de tempo. Antes de me aproximar do confessionário, entrarei primeiro no aberto e misericordiosíssimo Coração do Salvador. Quando me afastar do confessionário, despertarei na minha alma uma grande gratidão para com a Santíssima Trindade, por esse maravilhoso e incompreensível milagre de misericórdia que se realiza na minha alma. E, quanto mais miserável me reconheço, sinto que tanto mais o oceano da misericórdia de Deus me envolve e me dá uma grande força e vigor. (Diário de Santa Faustina N° 225)

 

Vejam o que a graça e a meditação fizeram do maior criminoso. Esse moribundo tem muito amor: “Lembra-te de mim quando estiveres no paraíso”. A contrição sincera imediatamente transforma a alma. A vida espiritual deve ser levada a sério e com sinceridade. (Diário da Irmã Faustina, N° 388)

 

Quem sabe perdoar, prepara para si muitas graças da parte de Deus. Todas as vezes que olhar o crucifixo, perdoarei sinceramente. (Diário da Irmã Faustina, N° 390)

 

À noite, no último dia da minha permanência em Vilnius, uma irmã, já idosa, desvendou-me o estado da sua alma. Disse que já havia alguns anos sofria interiormente, que lhe parecia que todas as suas confissões eram mal feitas e que tinha dúvidas sobre o perdão de Nosso Senhor. Perguntei-lhe se, alguma vez, tinha falado disso ao confessor. Respondeu-me: “Já, várias vezes tenho falado disso aos confessores — e eles sempre me dizem que eu fique tranquila e, no entanto, sofro muito e nada me traz alívio e sempre me parece que Deus não me perdoou”. — Respondi a ela: “A irmã deve ser obediente ao confessor e ficar inteiramente tranquila, porque com certeza se trata de tentação”. Ela, no entanto, suplicava-me com lágrimas nos olhos que eu perguntasse a Nosso Senhor se lhe havia perdoado e se suas confissões eram boas ou não. Respondi-lhe energicamente: “A irmã mesma pergunte, se não confia nos confessores”. Mas ela pegou-me pela mão e não queria soltar. Pedia que eu rezasse por ela e transmitisse para ela o que a seu respeito Nosso Senhor me dissesse. Chorando amargamente, retinha-me, dizendo: “Eu sei que Jesus fala com a irmã”. Não podendo desprender-me dela, porque me segurava pela mão, prometi-lhe que rezaria por ela. À noite, durante a bênção, ouvi na alma estas palavras: Diz-lhe que mais fere o Meu Coração a sua incredulidade do que os pecados que cometeu. — Quando lhe falei disso, chorou como uma criança e uma grande alegria encheu a sua alma. Compreendi que Deus desejava consolar essa alma por meu intermédio e, embora isso me custasse muito, cumpri o desejo de Deus. (Diário de Santa Faustina N° 628)

 

13.12.[1936]. Confissão diante de Jesus. Quando comecei a refletir que já não me confessava há três semanas — chorei vendo os pecados da minha alma e certas dificuldades. Não me tinha confessado, porque as circunstâncias não o permitiram. Quando houve confissão, eu estava de cama nesse dia. Na semana seguinte, a confissão era pela manhã, e eu fui antes do meio-dia ao hospital. Porém, esta tarde, frei Andrasz entrou no meu quarto e sentou-se, para me ouvir em confissão. Antes disso não trocamos nem mesmo uma palavra. Fiquei imensamente feliz, porque eu desejava muito me confessar. Desvendei toda a minha alma como de costume. O padre respondeu-me a cada um dos pormenores. Eu me sentia estranhamente feliz por poder dizer tudo. Como penitência mandou que eu rezasse a ladainha ao Nome de Jesus. Quando eu queria apresentar a dificuldade que teria para rezar essa ladainha, levantou-se e concedeu-me a absolvição. De repente, uma grande claridade começou a envolver a sua figura, e vi que não era frei Andrasz, mas Jesus. Suas vestes eram brancas como a neve. Desapareceu imediatamente. De início, fiquei um pouco perturbada, mas, em seguida, uma espécie de paz invadiu a minha alma. Percebi que Jesus ouvia em confissão como os confessores, mas durante essa confissão uma coisa estranha tomava conta do meu coração, e eu não podia compreender, de início, o que isso significava. (Diário de Santa Faustina N° 817)