O Santo do Dia.

 

16 de Dezembro.

 

Inicio da Novena de Natal - 1° Dia.

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SANTA ADELAIDE, IMPERATRIZ E VIÚVA

(+ Sehl, Alemanha, 999)

 

Amiga e dirigida espiritualmente por San­to Odilon, abade de Cluny, cola­borou ativamente com ele na ex­pansão da reforma cluniacense pelo mundo germânico.

 

Quem revela sua vida é santo Odilo, abade, que conviveu com ela; a vida de santa Adelaide aflora nossos sentimentos pelos sofrimentos que passou. De rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus-tratos e passou por diversas privações para, depois, finalmente, assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes.

 

Nasceu em 931. Adelaide era uma princesa, filha do rei da Borgonha, atual França, casado com uma princesa da Suécia. Ficou órfã de pai aos seis anos de idade. A Corte acertou seu matrimônio com o rei Lotário, da Itália, do qual enviuvou três anos depois, pois o marido morreu defendendo o trono, que acabou usurpado pelo inimigo vizinho, rei Berenjário.

 

Na ausência do marido, a rainha Adelaide foi mandada para a prisão. Contudo, ajudada por amigos leais, conseguiu a liberdade. Viajou para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oto, que, além de devolver-lhe a Corte, casou-se com ela tornando-se a imperatriz Adelaide, caridosa, piedosa e amada por seus súditos.

 

Durante anos tudo corria bem, mas o infortúnio atingiu-a novamente. O imperador morreu e Adelaide tornou-se outra vez viúva. Assumiu o trono seu filho Oto II, que aceitava seus conselhos, governando com ponderação.

 

Os problemas reiniciaram quando Oto II se casou com a princesa grega Teofânia que não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu fazê-lo intrigar-se com a mãe por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso exigiu que Adelaide deixasse a casa real.

 

Escorraçada do reino, procurou abrigo em Roma, junto ao papa. Após, passou um período na França, na Corte de seu irmão, rei da Borgonha. Mas a dor da ingratidão filial a perseguia, Viu, também, que ele reinava com injustiça, dentro do luxo, da discórdia e da leviandade, devido à má influência de Teofânia.

 

Neste tempo, seu diretor espiritual foi o abade Odilo, de Cluny. O mesmo abade passou a orientar também Oto II. Após dois anos de separação, arrependido, convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou. Entretanto o imperador morreu logo depois.

 

Como o neto de Adelaide, Oto III, tinha menoridade, a mãe rainha assumiu o trono. Novamente a vida de Adelaide parecia encaminhar-se para o martírio. Teofânia, agora regente, pensava matar a sogra, que só não aconteceu porque Teofânia foi assassinada antes apenas quatro semanas depois de assumir o governo. Assim Adelaide tornou-se a imperatriz regente da Alemanha, por direito.

 

Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Trouxe para a Corte as duas filhas de sua maior inimiga e as educou com carinho e proteção. O seu reinado foram de obrigações administrativas e religiosas muito equilibradas, levando felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação.

 

Nos últimos anos de vida, Adelaide viveu no Convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela mesma fundara, em Strasburg.

Deixou este mundo com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999.

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Santa Adélia

(931-999)

 

Santa Adélia foi Imperatriz da Alemanha. Era filha do filha do rei de Borgonha e de Arles, Rodolfo II (937) e da rainha de Berta. Nasceu por volta do ano 931, no Castelo de Orbe. Casou-se com o príncipe Lotário na cidade de Pavia, na Itália, no ano de 947. Teve uma filha, chamada Emma e ficou viúva no ano de 950, aos 19 anos.

 

Berengário II, rival de seu marido, foi coroado rei da Itália e queria que Adélia se casasse com seu filho Adalberto. Não conseguindo, aprisionou Adélia por alguns anos. Mais tarde, o rei da Alemanha, que se proclamou rei da Itália em 951, Ottone I, pediu a mão de Adélia em casamento e tiveram quatro filhos. A filha Matilde tornou-se abadessa de Quedlimburg e o filho Ottone II sucedeu o pai.

 

Em 952, o casal retornou à Alemanha. Dez anos depois, o Papa coroou Ottone e Adélia imperadores. Seguindo o exemplo da sogra (Santa Matilde), Adélia multiplicava as esmolas em favor dos doentes, das viúvas e dos órfãos. Abriu mão das roupas luxuosas e jóias. Com o dinheiro que o marido lhe dava, ornamentava as igrejas, libertava prisioneiros, vestia os sem roupas e alimentava os famintos.

 

Adélia rezava varias vezes ao dia, participava das missas e buscava a confissão, procurando agradar a Deus. Ottone I, marido de Adélia, morreu em 973 e seu filho, Ottone II, assumiu o império. Ottone II era um político ambicioso, casado com uma princesa grega (chamada Teofane). Devido à incompatibilidade dos gênios da nora e da sogra, Adélia passou a morar no castelo onde havia nascido.Ottone morreu em 983 e Teofane, no ano 991. A partir de então, a imperatriz volta a aparecer na política imperial.

 

Adélia morreu no dia 16/12/999. O Papa Urbano II canonizou Santa Adélia em 1097.

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São José Manyanet y Vives

(1833-1901)

 

José Manyanet y Vives nasceu, em 7 de janeiro de 1833, no seio de uma família numerosa e cristã, em Tremp, Lleida, Espanha. Inteligente, mas pobre, para completar os seus estudos secundários teve de trabalhar na Escola Pia de Barbastro, e os eclesiásticos completou nos seminários diocesanos de Lleida e Urgell. Foi ordenado sacerdote em 1859.

A preocupação com a formação moral e cristã das famílias era, sem dúvida, sua motivação maior. Sua grande aspiração era que "todas as famílias imitassem e bendizessem a Sagrada Família de Nazaré"; por isso queria formar "uma Nazaré em cada lar", fazer de cada família uma "Santa Família". Após anos de intenso trabalho na diocese de Urgell, a serviço do bispo, quando já ocupava o cargo de secretário de visita pastoral, sentiu-se chamado por Deus para fundar duas congregações religiosas.

Contando com o apoio do bispo, em 1864 fundou a Congregação dos Filhos da Sagrada Família Jesus, Maria e José, e, dez anos depois, a Congregação das Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré, cuja missão era imitar, honrar e propagar o culto à Sagrada Família de Nazaré e procurar a formação cristã das famílias, principalmente por meio da educação e instrução católica da infância e juventude e do ministério sacerdotal.

Promoveu a construção do Templo Expiatório da Sagrada Família, em Barcelona, destinado a perpetuar as virtudes e exemplos da Família de Nazaré e a ser o lar universal das famílias. A obra é do arquiteto servo de Deus Antônio Gaudí. Impulsionado por este carisma, escreveu várias obras; fundou a revista "A Sagrada Família"; as associações laicas dos Camareiros e Camareiras da Sagrada Família, hoje Associações da Sagrada Família, vinculadas aos seus institutos para se tornarem discípulos, testemunhas e apóstolos do mistério de Nazaré.

Peregrinou em Lourdes, Roma e em Loreto para aprofundar-se no carisma da Família de Nazaré. De tal modo que o próprio carisma lhe penetra por toda a vida, pautada no mistério de uma vocação evangélica expressa nos exemplos de Jesus, Maria e José no silêncio de Nazaré.

Padre José Manyanet pregou, abundantemente, a Palavra de Deus e suas obras foram crescendo apesar das grandes dificuldades. Teve uma vida de dolorosos sofrimentos por causa das doenças corporais que o atingiram e o atormentaram ao longo dos anos. Os últimos dezesseis anos ele conviveu com o que chamava de "as misericórdias do Senhor": chagas abertas espalhadas pelo corpo. No dia 17 de dezembro de 1901, o fundador foi, serenamente, para a casa do Pai. Seus restos mortais descansam na capela-panteão do Colégio Jesus, Maria e José, onde morreu, em Barcelona.

Continuamente acompanhados pela oração e agradecimento de seus filhos e filhas espirituais e de inumeráveis jovens, crianças e famílias que se aproximaram de Deus atraídos por seu exemplo e seus ensinamentos. Atualmente, os dois institutos estão em vários países da Europa, nas duas Américas e África.

A fama de santidade que o acompanhou em vida se estendeu por todos esses lugares. Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1984. A sua festa foi fixada pela Congregação para o Culto dos Santos em 16 de dezembro. O novo calendário litúrgico, entretanto, coloca esta festa em 17 de dezembro. O mesmo pontífice declarou santo José Manyanet y Vieves em 2004.