O Santo do Dia.
20 de Fevereiro.
Santos Jacinta de Jesus Marto e Francisco Marto
1910-1920
Francisco de Jesus Marto e Jacinta de Jesus Marto eram irmãos: Francisco, nascido dia 11 de junho de 1908; e Jacinta, nascida em 5 de março de 1910. São naturais de Aljustrel, Fátima (Portugal), eles são os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus.
Francisco, com 8 anos, e Jacinta, com 6, já pastoreavam o rebanho de ovelhas da família, juntamente com Lúcia, sua prima.
As duas crianças eram de família simples, porém, muito piedosa e atuante na fé católica. Prova disso é que ambos foram batizados com menos de 2 semanas após o nascimento, o que mostrava o quanto a família valorizava a tradição cristã.
Em 1916, os três pequenos pastores testemunharam três aparições do “Anjo de Portugal” ou “Anjo da Paz”. Provavelmente tais aparições os preparariam para as aparições que testemunhariam no ano seguinte.
No dia 13 de maio de 1917, Lúcia (10 anos), Francisco (9 anos) e Jacinta (7 anos), afirmaram terem visto ‘… uma senhora mais brilhante do que o Sol’ sobre uma azinheira de um metro ou pouco mais de altura, quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, perto de Aljustrel. Lúcia viu, ouviu e falou com a aparição, Jacinta viu e ouviu e Francisco apenas viu, mas não a ouvia.
A aparição mariana repetiu-se nos cinco meses seguintes, sempre no dia 13 de cada mês e seria portadora de uma importante mensagem ao mundo.
A vida da pequena Jacinta foi caracterizada por esse extremo espírito de sacrifício, o amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Sempre levada pela preocupação da salvação dos pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo oferecia um sacrifício a Deus, dizendo sempre a oração que Nossa Senhora lhes ensinara: "Ò Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".
Na última aparição, dia 13 de outubro de 1917, a Ssma. Virgem Maria apresentou-se como “Nossa Senhora do Rosário”. Neste dia cerca de 50 mil pessoas presentes ao local observaram o chamado “Milagre do Sol”. O Sol começou a girar vertiginosamente sobre si mesmo como uma roda de fogo. O fenômeno durou cerca de dez minutos. Tal fenômeno foi testemunhado até mesmo por outras pessoas que estavam a quilômetros do local. O relato foi publicado na imprensa por diversos jornalistas que para lá se deslocaram e que foram também eles, testemunhas do acontecimento.
Após as aparições, Francisco e Jacinta ficaram impressionados por terem visto o inferno, durante a terceira aparição (em julho de 1917). Desolados com a triste sorte dos pecadores, na sua simplicidade, Jacinta decidiu responder ao apelo da Virgem Maria e fazer penitência e sacrifício pela conversão dos pecadores e Francisco passou a preferir rezar sozinho. Marcado pelas palavras de Nossa Senhora para “que não ofendam mais a Deus”, ele retirava-se na solidão “para consolar Jesus pelos pecados do mundo”. Jacinta e Francisco praticaram tantas mortificações e penitências que Nossa Senhora, numa das suas aparições, pediu moderação, pois Francisco deixara de ir à escola e escondia-se para fazer reparação pelos pecadores.
É possível que prolongados jejuns os tenham enfraquecido ao ponto de terem sucumbido à epidemia de gripe espanhola que varreu a Europa, em 1918, em consequência da Primeira Guerra Mundial. Francisco acabou por falecer em casa, no ano de 1919. Jacinta, que foi acometida por uma pleurisia, não pôde ser anestesiada devido à fraqueza de seu coração. Foi assistida em vários hospitais, esteve acolhida temporariamente no Orfanato de Nossa Senhora dos Milagres, em Lisboa, acabando por falecer no dia 20 de fevereiro de 1920, no Hospital de Dona Estefânia, situado também na mesma cidade.
Francisco e Jacinta Marto foram beatificados pelo Papa João Paulo II no dia 13 de maio de 2000, tornando-se Jacinta a mais nova cristã, não mártir, a ser beatificada.
A canonização dos dois irmãos foi realizada pelo Papa Francisco, por ocasião das celebrações do Centenário das aparições, no dia 13 de maio de 1917.
Santo Euquério
(+ Hasbain, 738)
O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus bens, que tanto atraíam os poderosos.
Destacou-se desde jovem pela sabedoria, pela santidade e pela devoção a Maria Santíssima.
Nascido em Orléans, na França, e recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete anos de atuação ali foram marcados pela auto-penitência que, de tão severa, chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente.
Esse período fez dele o candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo em geral, que acabou aceitando.
Seu bispado foi marcado pelo respeito às tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário.
O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção. Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida cidade de Órleans.
Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom.
O bispo Euquério morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti.
O seu culto se perpetua pela devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo cristão.
Sua festa litúrgica se dá no dia de sua morte.
Santo Ulrico
Ano 1154
Ulrico Nasceu em Bristol, Inglaterra. Sabemos muito pouco a respeito de sua vida. No inicio Ulrico estava entregue aos vícios da nobreza inglesa. Muitos sacerdotes não observavam as normas da Igreja. Certa vez, Ulrico foi abordado por um mendigo. Este o advertiu a respeito de seus atos e da decadência dos costumes daquela época. Ulrico reconheceu envergonhado a verdade nas palavras daquele mendigo.
Resolveu juntar-se a um grupo de sacerdotes que viviam disciplinadamente, trabalhando na agricultura e na indústria de lã. Eles trabalhavam, estudavam e pregavam o evangelho, distanciando-se da vida mundana. Ulrico desaparece das festas e penitencia seu corpo, vestindo uma malha de ferro sobre a pele nua. Passa a celebrar missas, pregar apaixonadamente, trabalhar pela Igreja e copiar livros. Enfim, ele havia reencontrado o caminho que o levaria de volta a Deus.
O padre Ulrico ficou muito conhecido entre os pobres e humildes, tornando-se um dos poucos que os escutavam. Tornou-se a voz dos pobres, pregando a esperança. Alguns diziam que ele tinha o dom da profecia e o próprio rei Henrique II fora visitá-lo a fim de ouvir seus conselhos.
O sacerdote Ulrico nos últimos anos de sua vida viveu numa pequena cela na Igreja de Haselbury. Tinha conquistado a fama de um homem santo e gente de todo o país vinha em peregrinação para vê-lo e ouví-lo.
Quando a morte se apresentou, em 20 de fevereiro de 1154, uma grande comoção tomou conta do povo humilde que o amava.
Sua cela tornou-se sacristia da Igreja de Haselbury.
Santo Eleutério
456-531
Eleutério nasceu em 456 na cidade de Tournai, França.
São Gregório de Tours, que foi um dos primeiros historiadores da Igreja da França, narrou que na infância enquanto Eleutério brincava com os amiguinhos, um deles lhe disse que iria chegar a ser um bispo. Certamente foi um gracejo maldoso, pois na sua época, as responsabilidades desta função geralmente incluíam ameaças de morte.
Ele viveu num período conturbado da história da França, que ainda estava sendo evangelizada, e sentia o domínio dos povos do norte europeu. Foi alvo de sucessivas invasões, ora dos visigodos ora dos burgundis, ainda não pagãos, que só obedeciam à força militar, identificada na pessoa do rei ou dos generais. Assim, tornou-se, em parte, um território dos Francos, cujo rei era Clodoveo, ainda pagão.
Eleutério seguiu a carreira eclesiástica, desenvolvendo sua ação pastoral neste campo. Chegou a ser eleito bispo, o primeiro da diocese de Tournai, da qual foi o desbravador, que com imenso sacrifício, mas vencendo as dificuldades, fixou as bases para a futura grandeza daquela diocese.
Somou-se ao incessante esforço da Igreja da França pela conversão dos povos recém-migrados, começando com o rei Clodoveo e a rainha Clotilde, que ele conseguiu converter com ajuda do amigo, também santo, bispo Remígio, de Reims.
Naquela época, era muito difícil organizar uma diocese com estruturas mínimas de clero, igrejas, centro de evangelização. O trabalho mais árduo era criar o espírito pacífico entre os habitantes da região, que viveram grande parte do tempo em confrontos por um pedaço de terra onde sobreviver.
Além disto, existia a complicada questão das conversões em massa, que se desencadeava a partir da conversão do rei. Confundindo nação com religião, a maioria da população queria se converter também. Deste modo, as conversões não eram bem feitas, a maioria era puramente exterior, ou apenas uma questão de política, não modificavam o interior das pessoas.
Mas, o bispo Eleutério conseguiu com poucos padres e monges, fazer uma evangelização sólida e bem feita, durante os dez anos que dirigiu aquela Igreja. Foi um verdadeiro operário de Cristo, tenaz, zeloso, enérgico, vigilante contra as heresias e bondoso na tarefa de conversão dos pagãos.
Mesmo assim, Eleutério foi vítima de uma conspiração, morrendo como mártir em 531, na sua querida Tournai.
Os restos mortais deste humilde bispo, foram guardados numa urna na Catedral de Tournai e o local se tornou meta de peregrinação. A cidade de Tournai esta situada hoje na Bélgica e se destaca como uma das maiores dioceses do mundo.
A igreja canonizou Santo Eleutério designando o dia 20 de fevereiro para a sua festa, data em que a Catedral foi dedicada à ele.