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Minha Preparação para a Santa Comunhão

 

"O momento mais solene da minha vida é aquele em que recebo a Sagrada Comunhão. Anseio por cada um desses momentos da Sagrada Comunhão e por cada uma delas dou graças à Santíssima Trindade". Ao anjos, se pudessem invejar, nos invejariam por duas coisas: A primeira é a recepção da Santa Comunhão; a Segunda é o Sofrimento. (Diário de Santa Faustina Nº 1804)

 

Em determinado momento, tive dúvidas sobre se aquilo que me sucedera não teria ofendido gravemente à Nosso Senhor. Como não poderia discernir isso, decidi não comungar antes de me confessar, embora imediatamente tenha despertado a contrição, porque tenho o costume de me exercitar na contrição após a mínima falta. Nos dias em que não recebia a santa Comunhão, não sentia a presença de Deus. Sofria indizivelmente por esse motivo, mas suportava-o como castigo pelo pecado. Contudo, na confissão, fui censurada; podia ter recebido a santa Comunhão, pois o que me sucedera não era impedimento. Depois da confissão fui comungar e subitamente vi o Senhor, que me disse estas palavras: Fica sabendo Minha filha, que por não te unires a Mim na santa Comunhão Me causaste maior pesar do que por essa pequena falta. (Diário de Santa Faustina N° 612)

 

Hoje estou me preparando para a Vossa vinda como uma esposa para a vinda de seu esposo. É um grande Senhor, esse Meu Esposo. Os Céus não podem compreendê-lo. Os Serafins, que são os mais próximos a Ele, velando o rosto, repetem sem cessar: “Santo, Santo, Santo”. Esse grande Senhor é o meu Esposo. A Ele cantam os Coros, diante d’Ele se ajoelham os Tronos, diante do Seu esplendor o sol se apaga. E, no entanto, esse grande Senhor é meu Esposo. Mas, coração meu, sai dessa profunda meditação de como O adoram os outros, porque não tens tempo para isso, visto que se aproxima e já está a tua porta. (Diário de Santa Faustina Nº 1805)

 

Hoje a minha preparação para a vinda de jesus é breve, mas repleta de imenso amor. A presença de Deus me transpassa e inflama de amor para com Ele. Não há nenhuma palavra apenas intima compreensão. Mergulho toda em Deus pelo amor. Eis que o Senhor se aproxima da morada do meu coração. Após ter recebido a Santa Comunhão, tenho suficiente consciência para voltar ao meu próprio genuflexório. Nesse instante minha alma mergulha inteiramente em Deus e já nem sei o que se passa a minha volta. Deus me dá o conhecimento interior da Sua Essência divina. Esses momentos são breves, mas intensos. Saio da capela com a alma em profundo recolhimento e não é fácil distraí-la. Então toco a terra como se fosse com um só dos pés. Nenhum sacrifício durante o dia se torna difícil, nem pesado, e qualquer circunstância provoca um novo ato de amor. (Diário de Santa Faustina Nº 1807)

 

Hoje convido Jesus ao meu coração, como amor. Sois o próprio amor. Todo o céu se inflama de Vós e se enche de amor. E, assim, a minha alma Vos deseja, como a flor do sol. Jesus, vinde depressa ao meu coração, porque vedes que, como a flor anseia pelo sol, assim o meu coração anseia por Vós. Abro o cálice do meu coração para receber o Vosso amor. (Diário de Santa Faustina Nº 1808)

 

Quando Jesus veio ao meu coração, tudo estremeceu de vida e calor na minha alma. Jesus, tirai o meu amor do coração e derramai nele o Vosso. Amor ardente e radiante, capaz de suportar o sacrifício e que sabe esquecer-se inteiramente de si. Hoje o meu dia foi marcado pelo sacrifício... (Diário de Santa Faustina Nº 1809)

 

"Hoje estou me preparando para a vinda do Rei. O que sou eu, e quem sois Vós, Senhor, Rei da glória- glória imortal? Ó meu coração, estás consciente e quem hoje vem te visitar? Sim, sei disso, mas estranhamente não posso compreendê-lo. Oh! se fosse ainda apenas um rei, mas é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores. Diante d'Ele treme todo o poder e dominação. E é Ele que vem hoje ao meu coração! No entanto, ouço que se aproxima, saio ao Seu encontro e o convido a entrar. Quando entrou na morada do meu coração, a minha alma foi tomada de tamanha reverência que se desfaleceu de temor caindo a seus pés. Então, Jesus lhe dá a Sua mão e permite bondosamente que se assente a Seu lado. Tranquiliza-a: Estás vendo, abandonei o trono do céu para Me unir a ti. O que estás vendo é apenas uma pequena parcela e a tua alma já desfalece de amor. Como, então, se espantará o teu coração quando Me vires em toda a glória! Quero te dizer que essa vida eterna deve iniciar-se já aqui na terra pela santa comunhão. Cada santa Comunhão te torna mais capaz de conviver com Deus por toda a eternidade.” (Diário de Santa Faustina Nº 1810)

 

Assim, pois, meu Rei, nada Vos peço, embora saiba que podeis me dar tudo. Peço-Vos apenas uma coisa: sede, pelos séculos, o Rei do meu coração; isso me basta. (Diário de Santa Faustina Nº 1811)

 

Hoje, a minha preparação é curta. Uma fé forte e viva, quase que rasga o véu do amor. A presença de Deus penetra o meu coração, como o raio de sol penetra o cristal. No momento em que recebo a Deus, todo o meu ser submerge n'Ele. O espanto e a admiração tomam conta de mim ao ver a grande majestade de Deus, que desce até mim, que sou a miséria mesma. Eleva-se então da minha alma a gratidão para com Ele, por todas as graças que me concede, especialmente pela graça da vocação para o Seu exclusivo e santo serviço. (Diário de Santa Faustina Nº 1814)

 

 “Quando O recebi no meu coração, rasgou-se o véu da fé. Vi Jesus, que me disse: Minha Filha, o teu amor Me desagrava pela frieza de muitas almas. Após estas palavras, fiquei sozinha, mas vivi o dia todo como de um ato de reparação”. (Diário de Santa Faustina Nº 1816)

 

Hoje, a minha alma tem a disposição de uma criança. Uno-me com Deus como uma criança com o Pai. Sinto-me plenamente, filha de Deus. (Diário de Santa Faustina Nº 1818)

 

"Hoje desejo transformar-me toda no amor de Jesus e oferecer-me juntamente com Ele ao Pai celestial. Durante a Santa Missa vi, no cálice, o Menino Jesus, que me disse: Habito no teu coração, tal como me vês neste cálice." (Diário de Santa Faustina Nº 1820)

“Depois da Santa Comunhão senti em meu próprio coração as batidas do Coração de Jesus. Embora há muito eu tenha a consciência de que a Santa Comunhão dura em mim até a comunhão seguinte, hoje o dia todo estou adorando a Jesus em Meu coração e pedindo-lhe que com a Sua graça defenda as criancinhas do mal que as ameaça. A viva presença de Deus, sensível até fisicamente, dura o dia todo, e não me perturba em nada no cumprimento das minhas tarefas.” (Diário de Santa Faustina Nº 1821)

 

“Quando recebi a Jesus na Santa Comunhão, o meu coração exclamou com toda a força: Jesus, transformai-me numa outra hóstia. Quero ser uma hóstia viva para Vós. Vós, Senhor, sois grande e poderoso, Vós podeis conceder-me essa graça. E respondeu-me o Senhor: “és uma hóstia viva, agradável ao Pai Celestial, mas medita – o que é uma hóstia? Uma vitima. Por quê?... Ó meu Jesus, compreendo o significado da hóstia, compreendo o significado de vitima. Quero ser diante da Vossa Majestade uma hóstia viva, isto é, um sacrifício vivo, que arde diariamente em Vossa honra. Quando minhas forças começarem a enfraquecer, eis que a Santa Comunhão me sustentará e me dará forças. Realmente, tenho medo do dia que tiver que passar sem a Santa Comunhão. A minha alma tira uma força admirável da Santa Comunhão. Hóstia viva, luz da minha alma!”.  (Diário de Santa Faustina Nº 1826)

 

“Hoje a minha alma está se preparando para a Santa Comunhão como para um banquete nupcial, em que todos os participantes desse banquete resplandecem de beleza indizível. Também eu fui convidada para esse banquete, porém não vejo em mim essa beleza, mas sim um abismo de miséria. E embora não me sinta digna de sentar-me à mesa, no entanto eu me introduzirei debaixo da mesa e aos pés de Jesus mendigarei ao menos as migalhas que caem debaixo da mesa...” (Diário de Santa Faustina Nº 1827)

 

+ Hoje, a majestade de Deus me envolve. Não consigo, de maneira nenhuma, me preparar melhor. Estou inteiramente envolvida por Deus. A minha alma se inflama com Seu amor. Sei apenas que amo e sou amada e isso me basta. Durante o dia procuro ser fiel ao Espírito Santo e satisfazer as Suas exigências. Procuro o silêncio interior para poder ouvir a Sua voz... (Diário de Santa Faustina Nº 1828)

 

Hoje de manhã tive uma desventura: o meu relógio parou e eu não sabia quando devia me levantar. Tinha pena de deixar de comungar. Continuava escuro, de modo que não me podia orientar sobre a hora de me levantar. Vesti-me, fiz a meditação e fui à capela, mas ainda estava tudo fechado e o silêncio reinava em toda parte. Mergulhei na oração, especialmente pelos doentes. Reconheço agora o quanto os doentes necessitam de oração. Finalmente a capelinha foi aberta. Mas tinha dificuldade de rezar, porque me sentia exausta e, logo depois da santa Comunhão, voltei ao meu quarto. Então vi o Senhor, que me disse: Fica sabendo, Minha filha, que Me agrada o fervor do teu coração e, como tu desejas ardentemente te unir a Mim na santa Comunhão, assim também Eu desejo entregar-Me todo a ti. Como recompensa pelo teu zelo, descansa junto ao Meu Coração. Nesse momento o meu espírito mergulhou no Seu Ser, como uma gota de água no oceano profundo; mergulho Nele como em meu único tesouro. Assim reconheci que o Senhor permite certas dificuldades para a Sua maior glória. (Diário de Santa Faustina N° 826)

 

23.12.[1936]. Estou vivendo este tempo com a Mãe de Deus, preparando-me para a solene vinda do Senhor. E a Mãe de Deus me instrui sobre a vida interior da alma com Jesus, especialmente na santa Comunhão. Que grande mistério realiza em nós a santa Comunhão — conheceremos só na eternidade. Ó momentos mais preciosos da vida! (Diário de Santa Faustina N° 840)