O Último dia do carnaval.
Nos últimos dias do carnaval, quando fazia a Hora Santa, vi Nosso Senhor no momento da flagelação. Oh, que suplício inconcebível! Como Jesus sofreu terrivelmente quando foi flagelado! Ó pobres pecadores, como será o vosso encontro no dia do Juízo com esse Jesus a quem agora assim tão cruelmente martirizais? O Seu Sangue corria pelo chão e, em alguns lugares, o Corpo começou a descarnar-se. E vi nas costas alguns dos Seus ossos despidos de carne... Jesus, silencioso, gemia e suspirava. (Diário de Santa Faustina N°188.)
09.02.1937. Último dia do carnaval. Nestes dois últimos dias de carnaval tive a experiência da enorme torrente de castigos e pecados. O Senhor me fez conhecer, num instante, os pecados do mundo inteiro cometidos nesse dia. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia de Deus, admiro-me que Deus permita que a humanidade exista. E o Senhor me fez conhecer quem sustenta a existência da humanidade: são as almas escolhidas. Quando se completar o número dos escolhidos, o mundo cessará. (Diário de Santa Faustina, N° 926.)
Nesses dois dias recebi a santa Comunhão como ato de reparação e disse ao Senhor: “Jesus, hoje ofereço tudo pelos pecadores, que os golpes da Vossa justiça caiam sobre mim, e o mar da misericórdia envolva os pobres pecadores”. — E o Senhor atendeu ao meu pedido; muitas almas voltaram ao Senhor, mas eu agonizava sob o peso da justiça de Deus; sentia que era objeto da ira de Deus Altíssimo. À noite, o meu sofrimento atingiu tão grande abandono interior que gemidos saíam do meu peito, mesmo contra a minha vontade. Fechei-me à chave em meu quarto e comecei a adoração, ou seja, a Hora Santa. A desolação interior e aquela experiência da justiça de Deus — eram a minha oração. Os gemidos e a dor que saíam da minha alma ocuparam o lugar do doce diálogo com o Senhor. (Diário de Santa Faustina, N° 927.)