O Santo do Dia.

 

8 de Novembro.

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Santa Elisabete da Trindade Catez
1880-1906

 

Elisabete Catez Rolland nasceu em Campo d'Avor, próximo de Bourges, França, no dia 18 de julho de 1880. Filha de Francisco José e Maria, foi batizada quatro dias depois. Ainda criança, distinguia-se pelo temperamento apaixonado, um tanto agressivo e colérico, mas também transparecia no seu olhar uma suave sensibilidade.

 

No início de 1887, a família transferiu-se para a cidade de Dijon, também na França. Em outubro do mesmo ano, seu pai faleceu repentinamente. E essa perda levou a uma mudança muito grande no seu caráter. A partir deste momento, dedicou a vida para a oração e a serviço de Deus.

 

A sua primeira Eucaristia foi aos dez anos, ocasião que lhe deu a oportunidade de visitar o Carmelo da cidade com outras companheiras.

 

Desde os oito anos estudava música no Conservatório de Dijon. Muito talentosa, em 1893 recebeu o primeiro prêmio de piano do conservatório.

 

Ao completar quatorze anos, resolveu entrar para o Carmelo. Sua mãe foi contrária dizia que a escolha só seria definida na sua maioridade. Mesmo assim, Elisabete fez voto de virgindade e ofereceu a Deus seus dotes musicais para a salvação da França. Voltou sua vida para as orações, as leituras religiosas e a vida espiritual da paróquia, mantendo, sempre, sua obediência à mãe.

 

Foi a partir dos dezenove anos que Elisabete começou a receber as primeiras graças místicas, que anotava nos diários de orações.

 

Quando completou a maioridade, em 1901, ingressou no Convento do Carmelo Descalço de Dijon, com aprovação de sua mãe. Quatro meses depois, vestiu o hábito e adotou o nome de irmã Elisabete da Trindade, entregando-se ao mistério da Santíssima Trindade. Em janeiro de 1903, emitiu os votos definitivos e nos próximos cinco anos entregou-se completamente a Deus na Santíssima Trindade. E o Senhor purificou ainda mais sua alma pelo sofrimento da doença de Addison, que a levou à morte no dia 9 de novembro de 1906.

 

O papa João Paulo II beatificou-a em 1984 e designou o dia de sua morte para a celebração de sua memória. Foi canonizada pelo Papa Francisco em 16 de outubro de 2016.

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BEM-AVENTURADO JOÃO DUNS SCOTUS

(1265-1308)

 

Sacerdote, doutor sutil e Mariano

 

O Beato João Duns Scotus, nasceu em Maxton, condado de Roxburgh na Escócia (ou Ulster) em 1266, viveu muitos anos em Paris, em cuja universidade lecionou, e morreu em Colônia no ano de 1308. Membro da Ordem Franciscana, filósofo e teólogo da tradição escolástica, chamado o Doutor Sutil, foi mentor de outro grande nome da filosofia medieval: William de Ockham. Formado no ambiente acadêmico da Universidade de Oxford, onde ainda pairava a aura de Robert Grosseteste e Roger Bacon, posicionou-se contrário a São Tomás de Aquino no enfoque da relação entre a razão e a fé.

 

Verdadeiro filho do Porevello de Assis, investigou com grande sutileza a divina Revelação, produzindo muitas obras filosóficas e teológicas. Com vigor ardente anunciou o mistério do Verbo Encarnado e foi incansável defensor da Imaculada Conceição da Virgem Maria e da autoridade do Romano Pontífice.

 

A Igreja Católica vive a proclamação do dogma da Imaculada Conceição de Maria. Os dogmas da Igreja são as verdades da fé consideradas doutrinas da igreja, nas quais os fiéis devem crer. O da Imaculada Conceição foi defnido em 1854 pelo Papa Pio IX, através da Bula “Ineffabilis Deus” (inefábilis Deus).

 

A discussão sobre o nascimento Imaculado de Maria existia desde a Idade Média, mas foi o Beato franciscano Duns Scoto (scôto) que deu as bases teológicas para o dogma. Ele afirmou que o Filho de Deus não poderia ter nascido de alguém marcado pelo pecado. Assim, a mãe de Jesus foi desde sempre livre de qualquer mancha de pecado. Nas aparições de Lourdes o dogma foi confirmado. De fato, Maria dirigiu-se a Bernardete dizendo: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

 

Em 23 de junho de 1303, por se ter recusado a subscrever o libelo de Filipe IV, o belo, Rei da França, contra o Papa Bonifácio VIII, foi expulso de Paris, indo para Colônia, onde a 8 de Novembro de 1308 morreu, em morte prematura, no auge de sua atividade magisterial. 

 

Foi beatificado em 20 de Março de 1993, durante o pontificado do Papa João Paulo II.

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Cinco Santos Escultores Mártires

( Panônia, 306)

 

Na Panônia, atual Hungria, cinco escultores cristãos foram decapitados porque se recusaram a esculpir estátuas de ídolos. Seus corpos foram lançados ao rio Danúbio. Os chamados "Santi Quatro Incoronato".


Os quatros santos coroados são: Castório, Cláudio, Nicóstrato e Sinfrônio e foram torturados e depois martirizados em Pannonia (hoje Hungria) visto que eram escultores em Sirmium (antiga Iugoslávia) e se recusaram a esculpir uma estatua pagã para o Imperador Diocleciano (243-305). Um quinto mártir chamado Simplício também morreu com eles.


Uma basílica foi erigida em Roma em honra desses mártires. Na Colina de Caelian em Roma existe uma linda igreja chamada "Santi Quatro Incoronato. Ela foi feita provavelmente no século sexto e muito se tem escrito sobre os quarto mártires coroados . Mas a Igreja comemora não 4, mas 5 mártires .


A explicação mais convincente é que os 5 homens que foram martirizados em Pannonia um dos quais era Simplicio e este teria sido foi omitido na contagem. Alguns tempo depois as relíquias de quatro foram trazida para Roma e enterradas na Via Labicana e de Simplicio teria ficado lá. A tradição diz que eles foram torturado por não quererem fazer um escultura do deus Aesculapius, o deus grego da medicina. Mais tarde o Papa Miltiades indicou os nomes dos cinco com sendo os mártires coroados.


Eles eram grandes escultores em pedra e trabalhavam juntos. O seu trabalho exibia um perfeito equilíbrio entre a pedra e o espaço, e o Imperador Diocleciano havia adquirido um certo número de trabalhos deles e admirava os mesmos. Outros escultores menos talentosos, com inveja, persuadiram a Diocleciano a ordenar uma escultura de Aesculapius sabendo que eles, sendo cristãos, iriam recusar. Realmente os escultores educadamente recusaram a esculpir a referida estátua.


Eles foram então ordenados a fazerem sacrifícios ao deus Sol. Isto era ainda menos aceitável para eles. Quando o oficial de Diocleciano de nome Lampadius, que estava tentando convecer os escultores a oferecer os sacrificios, morreu repentimanemte, os seus parentes culparam os escultores pela sua morte. Para aplacar os parentes, Diocleciano ordenou que eles fossem amarrados vivos dentro de caixas de chumbo e jogados no rio.


Esses dados do século quarto tem um especial interesse porque conta onde era o quartel imperial, onde ficava a montanha onde os deuses eram adorados (na montanha perto de Sirmium) e apresenta uma visão das intrigas palacianas e dá a Diocleciano uma personalidade mais humana do que a de um simples e sanguinário tirano, representado por quase todos os demais martírios de sua época.


Os corpos foram enterrados mais tarde a três quilômetros de Roma e mais tarde o Papa Gregório magno ( um estudioso dos mártires) mencionou pela primeira vez na Igreja os "quatro mártires coroados" e o Papa Leão IV em 841 trasladou as relíquias para a igreja da Via Lavican. Quando a igreja foi quase destruída pelo fogo o Papa Paschoal II a reconstruiu e no curso da reconstrução duas ricas urnas–uma em mármore e outra em porcelana foram descobertas embaixo do altar. As urnas foram depositadas em um cofre de pedra debaixo do altar mor, quando foram de novo encontradas pelo Papa Paulo V.


São padroeiros dos escultores e dos cortadores de pedras e os trabalhadores em mármore. Sua festa é celebrada no dia 8 de novembro.

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São Godofredo
1066-1115

 

Os pais de Godofredo rezaram muito para que Deus lhes desse um herdeiro.

 

Em 1066, ele nasceu no castelo da família em Soissons, onde foi batizado com um nome que já apontava a direção que seguiria. Godofredo quer dizer paz de Deus, e foi o que este francês espalhou por onde passou durante toda a vida.

 

Com cinco anos, foi entregue para ser educado pelos monges beneditinos e do convívio com a religiosidade nunca mais se afastou. Quando a educação se completou, foi para o Convento de São Quintino e ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos de idade.

 

Em sua integridade de caráter e profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé, logo chamaram a atenção dos superiores. Tanto que foi nomeado abade do Convento de Nogent, com a delicada missão de restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do ideal da vida cristã. Em poucos anos a comunidade mudou completamente, tornando-se um centro que atraía religiosos de outras localidades que ali passaram a buscar orientação e conselhos de Godofredo.

 

Só desejava viver no seguimento de Cristo, dedicando-se à caridade e trabalhando no amparo e proteção aos pobres e doentes, e não o poder ou a ostentação. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas. Suas virtudes levaram o povo e o clero a eleger Godofredo bispo de Amiens, mas ele só aceitou a diocese depois de receber ordem escrita do próprio papa.

 

Nesta diocese encontrou, ricos e poderosos que preferiam uma vida de muitos vícios, prazeres e luxos, sem nenhuma virtude e ligação com os ensinamentos cristãos. Empregou toda a força e eloqüência de sua pregação contra esses abusos denunciando-os do próprio púlpito. O que quase lhe causou um atentado encomendado. Colocaram veneno em seu vinho, mas o plano foi descoberto antes.

 

Considerando-se inapto, renunciou ao cargo e retirou-se para um local isolado. Nem os superiores, nem o povo aceitaram sua demissão e Godofredo foi reconduzido ao cargo. Pouco tempo depois, durante uma peregrinação à igreja de São Crispim e São Crispiniano, situada em Soissons, sua cidade natal, acabou adoecendo e morreu no dia 8 de novembro de 1115, no convento dedicada aos dois santos padroeiros dos sapateiros, onde foi enterrado.