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O Amor puro.
 

† Meu Jesus, minha única esperança, agradeço-Vos por esse livro que abristes diante dos olhos da minha alma. Esse livro é a Vossa Paixão, que assumistes porque me amastes. Aprendi nele como amar a Deus e as almas. Nele estão contidos para nós tesouros inesgotáveis. Ó Jesus, quão poucas almas Vos compreendem no Vosso martírio de amor! Oh, como é grande o fogo do amor mais puro que arde em Vosso Sacratíssimo Coração. Feliz a alma que compreendeu o amor do Coração de Jesus. (Diário de Santa Faustina N° 304)

 

Jesus, Vós me dais a conhecer e compreender em que consiste a grandeza da alma: não em grandes ações, mas em um grande amor. O amor tem valor e ele dá grandeza aos nossos atos. Embora as nossas ações sejam banais e vulgares por si mesmas, pelo amor tornam-se importantes e poderosas diante de Deus — somente graças ao amor. (Diário de Santa Faustina N° 889).

 

Deus me fez conhecer em que consiste o verdadeiro amor e concedeu-me a luz de como esse amor Lhe deve ser demonstrado na prática. O verdadeiro amor a Deus depende do cumprimento da Sua vontade. Para demonstrar amor a Deus na ação, é preciso que todos os nossos atos, mesmo os menores — decorram do amor para com Deus. E o Senhor me disse: Minha filha, é no sofrimento que mais Me agradas. Nos teus sofrimentos físicos ou morais — Minha filha — não procures a compaixão das criaturas. Quero que o aroma dos teus sofrimentos seja puro, sem qualquer mistura. Quero que te desprendas não só das criaturas, mas também de ti mesma. Minha filha, desejo deleitar-Me com o amor do teu coração — com o amor puro, virginal, imaculado e em nada obscurecido. Minha filha, quanto mais amares o sofrimento, tanto mais puro será o teu amor para Comigo. (Diário de Santa Faustina N°279)

 

"Senhor, embora me deis a conhecer, com frequência os raios da Vossa ira, sei que a Vossa indignação se desvanece diante da alma humilhada e profundamente humilde. Ó humildade, virtude mais cara, quão poucas almas possuem. Vejo em toda parte apenas a aparência dessa virtude, mas não vejo a própria virtude. Ó Senhor, reduzi- me a nada aos meus olhos, para que eu possa encontrar graça diante do Vosso Santo Olhar." (Diário N° 1436).

 

"Meu Jesus, eu bem compreendo que a minha perfeição não consiste no fato de me terdes escolhido para a realização dessa Vossa grande obra — Oh, não, não é nisso que consiste a grandeza da alma, mas num grande amor para Convosco. Ó Jesus, compreendo no fundo da minha alma que as maiores obras não podem ser comparadas com um só ato de amor puro para Convosco. Desejo Vos ser fiel e cumprir os Vossos desígnios, e aplico minhas forças e a minha mente para cumprir tudo o que me recomendais, ó Senhor, mas não tenho nem mesmo uma sombra de apego a isso. Cumpro tudo, porque tal é a Vossa vontade. Todo o meu amor mergulhou, não nas Vossas obras, mas em Vós mesmo, ó meu Criador e Senhor. "(Diário, N°984).

 

"Hoje, quando me envolveu a Majestade de Deus, a minha alma compreendeu que o Senhor, embora tão Grande, ama as almazinhas humildes. Quanto mais profundamente uma alma se humilha, tanto mais bondosamente o Senhor aproxima-se dela; unindo-se com ela estreitamente, eleva-a até o Seu próprio Trono. Feliz da alma que o próprio Senhor defende. Conheci que apenas o amor tem valor; o amor é grandioso; nada pode ser comparado com um só ato de puro Amor a Deus — nenhuma obra." (Diário, N°1092)

 

"O cerne do amor - é o sacrifício e o sofrimento. A verdade anda com uma coroa de espinhos. A oração envolve a mente, a vontade e a emoção." (Diário, N°1103)

 

"Onde há verdadeira virtude, aí deve existir também o sacrifício; toda vida deve ser um sacrifício. As almas podem ser úteis apenas pelo sacrifício. Minha convivência com o próximo pode trazer glória a Deus pelo sacrifício de mim mesma. No entanto, por esse sacrifício deve passar o amor a Deus, porque tudo se concentra e assume valor nele". (Diário N°1358)


Ensinai-me a amar.
 

Um grande amor consegue transformar coisas pequenas em coisas grandes e só ele dá valor às nossas ações; quanto mais puro se tornar o nosso amor, tanto menos o fogo dos sofrimentos terá o que purificar em nós, e o sofrimento deixará de ser sofrimento para nós. — Tornar-se-á para nós um prazer. Pela graça de Deus agora recebi uma tal disposição de coração que nunca sou tão feliz como quando sofro por Jesus, a Quem amo com cada pulsar do coração. Um dia, ao passar por um grande sofrimento, deixei o meu trabalho e fui ter com Jesus, pedindo que me concedesse a Sua força. Depois de uma breve oração, voltei ao trabalho cheia de entusiasmo e alegria. Então, disse-me uma das irmãs: “Decerto, a irmã tem hoje muitos consolos, porque está tão radiante. Deus certamente não está dando à irmã nenhum sofrimento — mas apenas consolo”. — Respondi: “A irmã está muito enganada, porque justamente quando sofro muito, também a minha alegria é maior e quando sofro menos, também a minha alegria é menor”. Mas essa alma me fez entender que não me compreendia nesse particular. Procurava explicar-lhe que, quando sofremos muito, temos uma grande oportunidade de demonstrar a Deus que O amamos, enquanto que quando sofremos pouco, então temos pouca possibilidade para demonstrar a Deus o nosso amor, e quando não sofremos nada — então o nosso amor não é grande nem puro. Com a graça de Deus podemos chegar [ao ponto] de o nosso sofrimento transformar-se em deleite, porque o amor sabe fazer tais coisas nas almas puras. (Diário de Santa Faustina N° 303)

 

Ó Chaga da Misericórdia, Coração de Jesus, escondei-me em Vossas profundezas, como uma pequena gota do Vosso próprio Sangue, e não me deixeis sair dele por toda a eternidade. Recolhei-me em Vossas profundezas e me ensinai Vós mesmo a Vos amar. Amor eterno, plasmai Vós mesmo a minha alma, para que seja capaz de corresponder ao Vosso amor. Ó Amor Vivo, tornai-me capaz de Vos amar eternamente; quero corresponder eternamente ao Vosso amor. Ó Cristo, um só olhar Vosso me é mais caro do que mil mundos, do que todo o céu. Vós podeis, Senhor, fazer com que a minha alma saiba compreender, em toda a plenitude, quem sois Vós. Sei e creio que Vós tudo podeis. Se Vos dignastes doar-Vos tão generosamente a mim, sei que podeis ser mais generoso ainda. Levai-me à intimidade Convosco tanto quanto a natureza humana possa ser levada… (Diário N°1631).

 

"Neste mês, vou me exercitar naquelas três virtudes que me foram recomendadas pela mãe de Deus: humildade, castidade, e amor a Deus, aceitando com profunda submissão tudo o que a vontade de Deus me enviar." (Diário de Santa Faustina, 1624).

 

Deus concede as graças de duas maneiras: pelas inspirações e pelas iluminações. Se pedimos uma graça, Deus a dará, mas queiramos aceitá-la; todavia, para aceitá-la, é necessária a renúncia de si mesmo. O amor não consiste em palavras nem em sentimentos, mas em atos. É um ato da vontade, é um dom, isto é, uma doação; a razão, a vontade, o coração — temos que exercitar essas três faculdades durante a oração. Ressuscitarei em Jesus, mas primeiro tenho que viver Nele. Se não me separar da cruz, então se manifestará em mim o Evangelho. Tudo o que me falta, Jesus completa em mim — é a Sua graça que age sem cessar. A Santíssima Trindade me comunica Sua vida em abundância, pelo dom do Espírito Santo. As Três Pessoas Divinas residem em mim. Deus, quando ama, ama com todo o Seu Ser, com todo o poder da Sua Essência. Se Deus me amou assim, como corresponderei eu — Sua esposa? (Diário da Irmã Faustina, N° 392)